Convivendo Veganismo

Veganismo – Vestimentas de Origem Animal

Veganismo
Escrito por Luciana Pessutti
Por conta da frenética corrida do mundo atual, muitas vezes não paramos para analisar certas atitudes de consumo.

Você já parou para pensar no material utilizado em suas bolsas, cintos, casacos, e vestimentas em geral?

Muitas dessas matérias-primas são oriundas de origem animal, entre elas: couro, lã, seda, peles, penas e plumas. A seguir, explicaremos resumidamente alguns dos processos de extração:

**_Penas/plumas_*: Recentemente, presenciamos lindas fantasias em desfiles de carnavais compostas por penas e plumas, esses materiais nobres podem ser provenientes de aves como: faisão, pavão, gansos e avestruz, os mesmos não caem naturalmente. Uma das técnicas utilizadas para retirada, é a do zíper: onde essas aves são levantadas pelo pescoço, as pernas amarradas e suas penas arrancadas, esse processo, além de provocar muita dor e sofrimento, as deixam expostas ao sol e às infecções graves, a luta desses animais neste processo chega a provocar fraturas, o mesmo acontecendo na produção de travesseiros de penas de ganso e afins.

**_Extração da lã_*: Para aumentar o lucro, os cientistas têm criado espécies de ovelhas que têm lã em demasia, isto faz com que muitas ovelhas morram de calor no verão e outras morram de frio no inverno depois de ter sua lã extraída. Durante o processo de extração, as suas peles são esfoladas, com isso, podendo adquirir infecções e muitas chegando até a morte. Os produtores, para obterem lucro, as vendem para utilizarem a sua carne e os subprodutos para as indústrias de cosméticos e afins.

**_Peles_*: A extração de peles oriundas de coelhos e chinchilas são arrancadas com os animais ainda vivos, os produtores alegam que esta forma de extração possui melhor qualidade das mesmas. As peles podem ser provenientes da caça às focas, raposas, ursos, entre outros, que muitas vezes ficam agonizando em armadilhas até a chegada dos caçadores. Alguns animais ficam presos em minúsculas gaiolas aguardando a retirada de suas peles. Esse é um pequeno resumo dos bastidores dessa indústria.

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**_Couro_*: O couro não é somente extraído dos animais de corte, muitos produtores se dedicam exclusivamente a esta criação para que suas peles não tenham nenhuma lesão, que são causadas na indústria de corte, alegando assim uma melhor qualidade. A retirada do chifre é feita para que ele não machuque ou arranhe outro animal, depois que seus couros são arrancados, o que restou desses animais são vendidos para a indústria da carne e subprodutos.

No caso do gado de corte, que também terão os seus couros vendidos, a marca de fogo com o ferrete é feita no rosto para não danificar a qualidade do “material”, seus chifres também são arrancados, como no caso anterior.

* *_Seda_*: A matéria-prima da seda vem do casulo feito por uma lagarta. No fim do processo, a lagarta é morta por desidratação e depois escaldada para o casulo ser desfeito. O primeiro passo para a produção da seda é a reprodução das mariposas, elas botarão os ovos de onde sairão as larvas que tecem os casulos.

Os casulos são aquecidos em temperaturas de até 105° C, o que mata o bicho-da-seda, larvas são abatidas dentro dos casulos antes que se desenvolvam o suficiente para danificar os fios de seda. Aqueles que apresentam defeitos e manchas são utilizados para a produção de seda de menor qualidade. Antes de serem usados para a obtenção da seda, eles são cozidos na água para se reidratarem, os casulos de bichos-da-seda que são danificados durante o cozimento são separados e usados para a produção de fios de seda de menor qualidade. Depois de desfeitos os casulos para a obtenção do fio de seda, os insetos passam por uma triagem e são exportados para a fabricação de ração para peixes.

Muitos pensam que insetos não são capazes de sentir dor, porém, como comprovado cientificamente que são seres sencientes, os mesmos possuem a sensibilidade da dor.

“O menino que sofre e se indigne diante dos maus tratos infligidos aos animais, será bom e generoso com os homens.” – Benjamin Franklin.

“Antes de ter amado um animal, parte da nossa alma permanece desacordada.” – Anatole France.

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Sobre o autor

Luciana Pessutti

Oi, meu nome é Luciana Pessutti, sou vegana desde abril de 2011.

Desde criança não achava correto ter os “bichinhos” no meu prato, porém somente depois de adulta fui conhecer o veganismo e, desde então, divulgo por meio da internet informações dos bastidores da indústria de laticínios, ovos, mel e demais explorações

que acontecem com os animais, visando conscientizar para o fato de podermos ter uma vida ética e saudável sem precisar explorar ou matar animais.

Uma das minhas frases preferidas é:

“Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles.”

– Philip Ochoa

Contato: lluzinha39@gmail.com
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