Convivendo

ALMA GÊMEA

Escrito por Mônica Porto
Algumas pessoas passam a vida à procura da alma gêmea, alguém que seja como ela, que seja perfeita para ela.

Que a complete e a leve pela estrada da felicidade eterna!

Mas será que existe? Assim prontinha?

Quão dolorosa pode ser esta procura por alguém idealizado!

Quão decepcionante pode ser entregar a sua felicidade nas mãos de outra pessoa!

Gêmeo nem sempre é igual… Pode até ser em aparência, mas em essência se difere.

Creio que alma parceira, alma inteira e alma companheira são conceitos mais críveis para buscar e encontrar.

Alguém que esteja ali com você, sem muitas vezes não estar.

Alguém que te complete, mas sem te sufocar.

Alguém que seja absolutamente diferente, mas igual no Amor.

Estabelecer um grau de afinidade e compatibilidade em vários momentos e comportamentos pode ser construído ao longo de um relacionamento e te tornar verdadeiro, realista.

Relacionamento perfeito e gêmeo não é aquele em que os parceiros nunca brigam, em que pensam exatamente iguais ou quase se vestem iguais;

isto é um vasilha com água estagnada, que perde seu oxigênio, apodrece e perde a vida!

Almas gêmeas são diferentes, mas se completam.

Esta parceria pode envolver crenças diferentes, idades diferentes, graus socioeconômico e cultural díspares, porque cada um cresceu de forma individual.

É uma via de mão dupla.

Os opostos não se repelem; ao contrário, se atraem, se completam e se integram.

Almas companheiras sentem vontade de crescer e de compartilhar. É uma troca estimulante, em que um se alegra e vibra com as conquistas do outro.

Um relacionamento harmonioso é generoso e grato, o que não significa falta de conflitos ou opiniões divergentes. Cada um precisa manter sua personalidade e sua individualidade preservadas.

Almas parceiras se respeitam e têm uma grande dose de humor juntos, o que faz com que a vida fique mais leve.

Alma gêmea muitas vezes é confundida com paixão, aquela faísca, aquela química que acontece no primeiro encontro e que na maioria das vezes é física e corporal, mas que, sem construção, se apaga e acaba.

Alma inteira e companheira vem com o tempo, preenche os espaços de mansinho e não deixa nada vazio. Tudo fica cheio e verdadeiro.

Porém, se assim quiser, continue a buscar sua chama gêmea, mas siga o conselho de Vinicius de Moraes:

“Que não seja imortal, posto que é chama,

Mas infinito enquanto dure…”


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Sobre o autor

Mônica Porto

Fisioterapeuta há quase 40 anos. Mestre e doutora em neuropediatria. Ex-docente de três Universidades no Estado de São Paulo na disciplina de Neuropediatria, com cursos e estágios nos EUA e Europa. Terapeuta complementar e integrativa, com formação em ayurveda, ginecologia natural, aromaterapia, fitoterapia, florais de Bach e da Lua, pós-graduação em uroginecologia e em saúde da mulher, mestre reiki. Facilitadora de Roda de Mulheres. Ministro cursos, palestras e workshops em espaços holísticos e empresas. Foco de trabalho saúde da mulher.

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