Autoconhecimento Psicologia

De mulher para mulher!

Two women looking at New York skyline - Multiethnic girl leaning on a railing and watching at cityscape
Escrito por Tatiane Mosso

Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração.

– Clarice Lispector

O estereótipo de ser mulher vêm sofrendo nas últimas décadas grandes mudanças, haja visto que muitas tarefas que eram antes desempenhadas somente por mulheres, como cuidar dos filhos e administrar o lar, vêm sendo repensadas e muitas vezes reorganizadas, na busca por atender a uma nova geração de mulheres que se reinventam e se transformam a cada momento.

Ser mulher é transbordar emoções e sentimentos que muitas vezes estão abaixo da linha do visível e cuja busca incessante é dar conta da complexa experiência de ser mulher neste momento onde o mundo ensaia transformações, mas ainda sustenta suas raízes na tradição.

Quero dizer com isso que a chamada mulher moderna ainda sofre demasiadamente as pressões de uma sociedade muito exigente, que cobra o tempo todo por uma adequação de comportamentos a padrões tradicionais e principalmente deterministas que nem sempre vão ao encontro do que a mulher intimamente deseja ser e fazer.

Esta pressão faz com que muitas mulheres façam escolhas de vida inautênticas que não estão afinadas com seus desejos, simplesmente pela tensão de estar “ajustada” ao que é socialmente esperado.

Parece que o medo e a fragilidade dão espaço à busca por êxito e conquistas, e isso é bom, muito bom, mas nem tudo o que é bom para uma é o desejo de todas. Então, não se sinta obrigada a nada, afinal, a liberdade de ser o que se é impera na essência de todos nós, homens e mulheres. Não faz sentido o engessamento em um possível novo estereótipo.

Two girls having fun while drinking coffee

Precisamos olhar o espaço que deixamos essas pressões ocuparem em nossas vidas para que não chegue ao ponto de que todos esses “alertas sociais” silenciem algo tão fundamental que é o tempo conosco mesmas, com o que aquele algo dentro de nós tem a dizer, nossos desejos e nossos limites.

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Não posso concordar que continuemos a utilizar os velhos chamados sexo frágil e sexo forte quando nos referimos a homens e mulheres na contemporaneidade. O que existe no mundo contemporâneo são homens e mulheres muito potentes e cheios de vontades e sonhos. Certamente, uns com mais habilidades para a realização de determinadas tarefas e outros com maior potencial para a realização de outras, ou seja, cada um com suas potencialidades e limitações, que são inerentes a todos, independente do gênero.

Sobre o autor

Tatiane Mosso

Psicóloga (CRP 06/117983), com aprimoramento clínico em Fenomenologia-Existencial pela PUC-SP e especialização em psicologia clínica na perspectiva Fenomenológico-Existencial pelo Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro – IFEN. Atua na área clinica, em seu consultório particular em São Paulo.

Uma breve elucidação...

A psicologia é uma ciência da área da saúde e minha sustentação dessa clínica se faz na perspectiva Fenomenológico-Existencial, que é uma área do conhecimento inspirada na filosofia e que busca uma compreensão ampla do ser humano, considerando sua história de vida e respeitando sua singularidade. A psicoterapia existencial é apenas um dos caminhos da psicologia para acompanhar a experiência do outro, que se dá a partir da articulação de sentido que se faz e que não é estática, afinal, vida é movimento!

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