Doutrina Espírita Espiritualidade

Dupla vista. Terceiro olho.

Pessoa em um parque tocando o centro da testa com os dedos
Myshkovsky / Getty Images Signature / Canva
Escrito por Nilton C. Moreira

A dupla vista é uma realidade, o que para muitas pessoas menos esclarecidas pode parecer algo espetaculoso e que pode levar pessoas de boa fé a serem enganadas e até exploradas por charlatões.

Para quem conhece as propriedades da matéria e como são manipulados os fluidos com o auxílio dos benfeitores espirituais, nada tem de anormal, e quem já leu sobre dupla vista sabe do que estamos falando, pois se trata de um estado avançado de percepção que muitos de nós temos e às vezes nem percebemos, portanto não se tratando de mágica ou milagre, já que é uma característica da percepção.

A dupla vista é algo que detectamos não pelos olhos do corpo físico, e sim pela visão do perispírito ou do corpo astral, como queiram denominar. É também conhecida como a visão da alma, e alguns dizem se tratar do terceiro olho.

Uns têm essa capacidade e outros não tem, mas não há nada de sobrenatural nela. Usando Lucas 5:1 a 7 como referência, estando Jesus à margem do lago de Genesaré, como a multidão de povo se comprimisse para ouvi-lo, viu ele duas barcas atracadas à borda do lago, das quais os pescadores haviam desembarcado e lavavam suas redes. Entrou numa dessas barcas, que era de Simão, e lhe pediu que a afastasse um pouco da margem. Tendo se sentado, ensinava ao povo de dentro da barca. Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para o mar e lança as tuas redes de pescar”. Respondeu-lhe Simão: “Mestre, trabalhamos a noite toda e nada apanhamos; contudo, pois que mandas lançarei a rede”. Tendo-a lançado, apanharam tão grande quantidade de peixes que a rede se rompeu.

Nada apresenta de surpreendente esse fato, desde que se conheça o poder da dupla vista. Jesus a possuía em grau elevado; pode se dizer que ela constituía o seu estado normal, conforme o atesta grande número de atos da sua vida, os quais, hoje, tentam explicar os fenômenos magnéticos e as religiões. Jesus não produziu espontaneamente peixes onde não os havia; ele viu, com a vista da alma, como teria podido fazê-lo um lúcido vígil, e disse com segurança aos pescadores que lançassem aí suas redes.

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Quem possui essa capacidade hoje em dia tem consigo uma atividade mediúnica e não pode ser tachado de estar com perturbação mental. Várias manifestações mediúnicas acontecem diariamente e, em razão do não conhecimento, deixamos de levar a sério o que é normal e agimos como se estivéssemos diante de um transtornado.

Foi Jesus que nos disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”, e a maneira que temos para conhecer alguma coisa é estudando, debatendo os acontecimentos, e hoje Kardec nos possibilitou esclarecimento a respeito de acontecimentos que eram tidos como espetaculares, misteriosos ou milagrosos.

Sobre o autor

Nilton C. Moreira

Policial Civil, natural de Pelotas, nascido em 20 de maio de 1952, com formação em Eletrônica, residente em Garibaldi-RS, religião Espírita, casado.
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