Autoconhecimento Comportamento Convivendo Filosofia

A eliminação do ídolo do próprio narcisismo dado a luz da eterna essência

Uma mulher segura um fragmento de um espelho, o qual reflete uma parte do seu rosto.
Bastian Riccardi / Pexels / Canva

Aqui o filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha, fundador da filosofia da imparcialidade participativa, trata sobre o ego, sobre o narcisismo em diversos aspectos da vida humana. Uma reflexão instigante que pode transformar sua forma de se ver no mundo — leia e descubra!

“Quando o ego desaparece, o mestre aparece, logo a vida vivencia sua real natureza.”

Estampa o rosto, levanta a voz e impõe um lugar ao palco do ser visto, aplaudido.
Vivemos em pleno centro da vida pública, onde todos querem aparecer, serem vistos e aplaudidos, em uma geração cada vez mais narcisista e, por vezes, demagoga nas devidas proporções, em uma velocidade avassaladora onde o outro não pode ter espaço ao meu lugar no palco das atenções. Não é uma crítica e sim uma crença de que alguma coisa está errada na formação de nossa sociedade moderna e isso é um tema muito importante e profundo.

A não discussão sobre o tema pode gerar ou continuar gerando adultos infantilizados e imbecis, cheios de ideias erradas sobre seu espaço e importância no mundo coletivo.

Olá, amigo leitor do Portal Eu Sem Fronteiras! Neste trabalho, eu irei oferecer uma reflexão extremamente importante para seu reposicionamento no mundo externo, no tocante ao seu papel coletivo. O narcisismo é um desvio de conduta e de interpretação da realidade, um pouco de psicológico também, logo, em uma medida dada ao discernimento, é preciso alertar o ego para ele se aquietar porque ninguém é tão importante no mundo que não possa ser apenas humano. Domine, portanto, todas as técnicas e teorias possíveis existentes até aqui no mundo, mas quando tu encontrardes um coração humano, seja tu, também, um simples coração humano.

Sabemos que muitos não sabem como abandonar ou destruir o ídolo dentro de si, mas é preciso destruir o excesso de admiração da própria imagem e voltar a realidade sem estrelismo, portando somente a identidade de sua essência, isto é, da sua verdadeira consciência que nada mais é do que o verdadeiro mestre que habita dentro de cada um em um espaço silencioso. Observe sua mente tagarela, seus pensamentos múltiplos e tente silenciar. Claro, você dirá ser impossível, contudo, nada mais triste do que a própria perdição no ego. Quem pode controlar seus pensamentos e suas emoções é o mestre, sua própria essência na dimensão fora do seu mundo condicionado, porque se o iceberg derreter, passará a fazer parte do oceano e quando o mestre aparece, o ego desaparece. O silêncio está na essência da alma pura, sem afã algum, apenas sente e com compaixão, o mestre em silêncio acolhe seu ego e o põe no tempo presente real para observar tudo que se passa sem ter que aparecer.

Uma mulher aparentemente reflexiva está olhando pelo vidro de uma janela o ambiente exterior, uma cidade.
Alvarostock / Canva

O narcisista quer aplausos e busca só o poder, a validação dos outros, tendo como principal característica a autoadoração da própria imagem, mas se isso fosse de uma forma ponderada e sem aparições em excesso, poderíamos dizer ser um simples trabalho de divulgar um dado tipo de trabalho artístico ou de competência profissional sob um segmento específico. Mas não é o que se vê na maioria da sociedade atual, onde tudo precisa ser mostrado a todo tempo e isso é muito prejudicial à própria imagem por não ter descanso nem tempo de amadurecer o espaço entre um ponto e outro nas estratégias de se divulgar.

Existem, hoje em dia, muitos mentores que ajudam nas etapas de construção da imagem profissional de uma pessoa, até na contratação de profissionais do marketing digital para montar estratégias de atrair seguidores ou clientes. Nada de mais até aqui; contudo, o problema do narcisista é quando ele não sabe ter o discernimento entre os interstícios, quiçá sobre o que de verdade as pessoas esperam dele.

Profissionais da psicologia e da neurociência estudam desde 2007 os fenômenos do narcisismo na era do mundo digital que avançou muito com a chegada das redes sociais no início do século XXI, principalmente após 2007 onde uma onda de narcisistas foram sendo revelados a cada nova rede social e a adoração da própria imagem não é mais o único responsável e sim, agora eles querem mostrar ao mundo que seus pensamentos são os verdadeiros e deveriam segundo eles, ser o pensamento universal. Isso é um problema antigo, desde os textos bíblicos, onde se via o narcisismo em personagens como Moisés, Davi, Salomão, Herodes, Josué, Paulo e outros. A literatura também foi marcada por narcisismo em diversos momentos da história, inclusive Machado de Assis, após ter sido exposto como uma figura importante de sua época, deixou alguns textos interessantes em seu narcisismo discreto.

É possível não ter um pouco de narcisismo? A vaidade é narcisismo?

Reforme suas crenças ao refletir sobre seu comportamento no mundo externo, colocando temas em sua pesquisa sobre si mesmo. O que viria a ser o ídolo senão seu narcisismo? Seja por sua própria imagem ou por uma crença extremista, pois em ambos os casos, existe excesso e isso não é sobre ser o centro das atenções, mas sim sobre eliminar para evitar guerras e conflitos internos e externos. Quem tem percepção macro das circunstâncias saberá discernir o mal que o narcisismo causa para a própria pessoa e consequentemente para quem está próximo dele. Não se glorie o forte na sua força nem o sábio em sua sabedoria, mas se tens de se gloriar de alguma coisa, glorie-se em conhecer a ti mesmo e a Deus; pois você não é tão importante quanto pensa e Deus não é tão santo quanto te ensinaram, portanto, Deus é o infinito universo inexplicável e você é uma poeira cósmica, um cadáver adiado.

Uma mulher está sentada em uma pedra de frente para o mar e olhando reflexiva para o pôr do sol.
SandraKavas / Getty Images Signature / Canva

Quem tem as chaves das portas ocultas da sabedoria sabe o que digo; quem tiver os códigos do universo oculto sabe o que quero dizer, pois não se trata de ego e sim, do poder da mente, aliás, muito, muito poder que a mente tem ao ponto de interferir no mundo material e físico. Se o ser humano voltasse para dentro de si mesmo, talvez, poderia alcançar níveis de consciência muito elevados ao ponto de descobrir códigos de prosperidade, de curas, de magia, de encanto, de amor e muito mais. Nós, seres humanos, não temos, sequer, explorado nem 5% de 100% do que nossa consciência possui de poder, portanto, são poucos os que podem acessar códigos poderosos de vivência na terra, por terem uma consciência elevada, uma mente pronta para partir ou para ficar.

O ego é um problema, não se pode ser interessante sendo interesseiro, não se pode ser admirado se autoadorando, não se pode ser convidado se convidando. A humildade precede a honra e o reino dos céus pertence aos humildes de espírito.
O que seriam os céus? Óbvio, camadas de dimensões que são mundos que transcendem essa nossa dimensão de vida humana e céus, não tem nada a ver com paraíso ou inferno conforme narra a mitologia cristã, mas vai muito além e se torna inexplicável por ser peculiar, por ter códigos que a sensualidade individual no ponto certo de atenção da consciência compreende no fundo de seu ser, que ao fim desta vida ele será recolhido para evolução em outra dimensão que não se pode descrever com palavras nem com crenças. Por ser algo tão profundo, os segredos da humanidade são revelados aos espíritos excepcionais, isto é, aos que são livres do ego e de bons costumes e que ajudam o próximo sem querer aparecer.

O que é ser um espírito excepcional?

É ser simples como a pomba e áspide como as serpentes, tendo equilíbrio e discernimento, sendo prudente e justo, sabendo que, se o direito estiver em conflito com a justiça, deverá defender a justiça conforme sua consciência plena do saber julgar. Na vida, podemos escolher ser narcisistas ou ser um simples ser humano justo. Em uma das escolhas, isso implica nos resultados em tudo no turno enquanto vida, até em relacionamentos e vida profissional. Seria importante a sociedade refletir sobre o destino dela, para onde ela está levando a vida dela, de como ela tem se tornado o ser humano que ela é hoje. O que precisa mudar em você? Quem de verdade é você? Reflita sua infância, sua adolescência. Procure, veja se o que sua mente propõe tem sido a exposição da sua imagem em excesso. Confira se você tem reduzido sua exposição para proteger sua imagem ou se você tem aparecido de mais. Tente detectar em você um narcisismo fora do normal e elimine os ídolos, elimine os medos de rejeição para viver quem de verdade você é, com simplicidade e competência naquilo que se propôs a fazer.

“A luz do espírito é o brilho que atrai admiração e essa luz nada tem a ver com religião e sim, com conhecimento e somente através de se conhecer e ter os códigos do conhecimento da vida que você poderá viver em estado de ataraxia.” – Filósofo Nilo Deyson Monteiro.

Por fim, não se prenda ao mundo dos sentimentos, tudo passa e o que importa é contemplar, é viver a curta vida, se divertindo, nada além de se divertir com as lágrimas e as gargalhadas que de tempo em tempo visitam nosso ego adormecido.

Sobre o autor

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou filósofo, escritor, poeta, colunista e palestrante.
Meus trabalhos culturais estão publicados em diversas plataformas. Tenho obras e livros publicados.

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Sou uma incógnita que deve ser lida com atenção e talvez somente outras gerações decifrem meu espírito artístico. Sou muitos em mim e todos se assentam à mesa comigo. Posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

Contato:
Email: dyson.11.monteiro@hotmail.com
Site: rota-om.com.br/
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