Autoconhecimento

A força sensibilidade a de uma real natural segundo filósofo Nilo Deyson

Mulher branca sorrindo balançando a cabeça.
Gabrielle Henderson / Unsplash

Cenários, euforias, alarde do afã empregado. São algumas características de um ser humano cheio do vazio existencial. Os animais, por vezes, são mais inteligentes que os seres humanos, pois eles sabem na medida suas necessidades, enquanto o homem nunca sabe o que de verdade precisa. Os homens vivem com medo de perder. Como filósofo, entretanto, eu penso e vivo isso, aliás, eu vivo exatamente da forma que escrevo; e sinto que nenhuma coisa boa torna seu possuidor feliz, a menos que sua mente esteja habituada com a possibilidade de perda. Muitos não compreendem o que escrevo por não saberem interpretar texto e proposta do texto, ainda assim continuarei a tentar libertar minha geração contemporânea ou seguidores, leitores, sim; continuarei tentando libertá-los do vazio existencial por meio do que escrevo.

A força da sensibilidade está exatamente na imparcialidade, pois se temos o entendimento de que a felicidade é um estado de espírito e que essa real felicidade mora na alma, então sabemos que é uma questão de atenção da consciência dentro do subconsciente que tudo observa sem barulhos, sem tagarelar porquanto que fora da linguagem tudo é silêncio. A alma, quando entende sua função de participação sem aflorar ao mundo externo nenhuma inclinação de desejo, ela aceita a vida como ela é. Nesse sentido, a felicidade se torna um tipo de sentir-se realizado em estar vivendo, vendo sem clamor, sem paixões, apenas observando em paz e brincando com os fenômenos que aparecem em forma de proposta de problemas e coisas a se buscar ou se sentir. Seja em sentir tristeza ou alegria, tudo é parte desse universo interior que observa e sabe sentir sem vitimização, sem se comportar como criança que busca atenção ou comiseração, quiçá proteção.

A pessoa superdesenvolvida no intelecto e na espiritualidade entende que não precisa de cenários, se vier a ter cenários favoráveis, deixe vir, pois é a cereja do bolo, entretanto, diante dos infortúnios do mundo agressor, o homem de nível desenvolvido sabe bem brincar com todos os tipos de sensações, afinal tudo passa com o tempo e o tempo tudo deixa ir embora.

Não está acontecendo nada, temos apenas noção da mundo, porém onde está a realidade?

Será que suas convicções e verdades absolutas e últimas não passam de histórias?

Mulher branca com as mãos segurando cabelos.
freestocks / Unsplash

Você se conhece?

Talvez sua inquietação, sua ansiedade, sua crise existencial tenha a ver em você ter a necessidade de buscar uma fuga na religião, nas drogas, nas festas, nos amigos, nos amores, porém tudo isso não passa de propostas que nunca te farão saber de verdade quem é você. Acredite, você não é nem o seu nome nem sua identidade. Existe condicionamento em tudo, até nos objetos e coisas. Guarde isso. Fora da linguagem tudo é silêncio. Se aqui no Brasil um objeto possui um nome, em outros países ele é reconhecido por outro nome, logo não há nome certo, são rótulos para organizar nossa sociedade e civilização desde a fundação do mundo e isso foi melhorando ao longo da história e muita coisa não passa de história. Seu nome, o nome das coisas e objetos, pois bem, retire o nome de absolutamente tudo e se pergunte: “Aonde eu estou?” Entende agora que não há você nem coisa alguma? Tudo não passa de um jogo de luzes, imagens e ruídos. Tudo vai passar. A força da sensibilidade está nessa imparcialidade.

Essa sensibilidade sentirá paixões, tristezas, alegrias e toda sorte de sensações, entretanto, dentro da sensibilidade da consciência desenvolvida e estruturada no conhecimento da real natureza, tudo isso é aceitável e até dá para brincar com esse touro gigante chamado problema, sim, dá para brincar com ele na palma das nossas mãos.

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Se eu hoje pudesse me sentar ao lado de Nietzsche, Sêneca, Haidgger, Foucault, Sartre, Aristóteles, Bacon, Voltaire, Descartes, Kierkegaard, dentre outros grandes filósofos, eu diria a seguinte palavra: “Em mim habitam muitos, e todos são eu, todos eles se sentam à mesa comigo, portanto sobre a mesa põem suas ideias, porém nada de impedimento, pois uma flechada desmonta qualquer verdade última, afinal sou um pouco de todos vocês em mim, tenho espírito de gratidão e retribuo essa recíproca representação por terem sido um pouco de mim ontem, sendo que nunca estou pronto por inteiro por ser um pouco de tudo sem nada ter a pretensão de ser.”

Enfim, imparcialidade participativa.

Posso não ser uma janela aberta para o mundo, entretanto certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

Sobre o autor

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou filósofo, escritor, poeta, colunista e palestrante.
Meus trabalhos culturais estão publicados em diversas plataformas. Tenho obras e livros publicados.

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Sou uma incógnita que deve ser lida com atenção e talvez somente outras gerações decifrem meu espírito artístico. Sou muitos em mim e todos se assentam à mesa comigo. Posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

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