Autoconhecimento

Como se ouve a intuição?

Escrito por Denise Belfort

Hoje em dia delegamos totalmente à nossa mente a função de mandante de todas as nossas ações, sendo ela quem dita as regras de nossa existência, evitando assim que nossas emoções deem qualquer tipo de “opinião” em nossas atitudes.

Fomos desde pequenos instruídos a agir dessa maneira, pois talvez acreditamos que com a racionalidade da mente, conseguimos ter atitudes mais moderadas e comedidas, preservando e mantendo a nossa imagem e, então, acabamos sem espontaneidade e naturalidade, vivendo de forma artificial e sem seguir nossos próprios sentidos.

Por conta disso, vamos deixando de lado facetas importantes de nosso ser, como nossa intuição, que é a comunicação usada por nossa alma que nos traz consciência de coisas que não damos atenção e foco durante o dia, sendo uma fonte de conhecimento interno que nos proporciona respostas e soluções para muitos de nossos questionamentos.

A intuição é uma parte nossa que nos proporciona o conhecimento além do racional, fazendo com que a gente se conecte com o que de fato é importante para nós naquele momento. É uma parte nossa que nos vincula com a natureza, que é de onde viemos e de onde recebemos toda e qualquer fonte de vitalidade e energia.

A natureza é um ventre generoso, que nos consola, nos cuida e está o tempo todo ativando na gente esse despertar por meio do silêncio e do contato com o nosso poder geracional.

Como vivemos em um mundo onde hoje nos bombardeiam diariamente com informações e estímulos, acabamos por perder essa capacidade de ver de dentro para fora, de adquirir um compasso interno, onde primeiro ouvimos o que o Eu interno tem para nos dizer, para depois agirmos emocionalmente seguindo esse ritmo e atuando com determinada escolha, movimento, conduta ou comportamento.

O que nos distrai dessa voz é o contato diário com o barulho e as mil formas de entretenimento que surgem diariamente para nós e que tornam o nosso som interior mudo e às vezes até calado, quando, na verdade, ele tem muito a nos dizer e nos auxiliar em nossa caminhada evolutiva.

Além disso, existem outras situações que atrapalham o nosso contato com essa força interna, que é o simples fato de enxergarmos, porque ao termos uma boa visão, fazemos um julgamento inicial da situação, momento ou pessoa que realizamos nossas trocas, e quando isso acontece, impedimos o fluxo natural expressivo da intuição, porque a nossa mente fala antes dela e, nesse caso, não sabemos em quem confiar.

Esse detalhe é o mais difícil de modular, uma vez que sendo seres humanos, temos características fortes de julgamento e o ideal seria evitarmos essa primeira convicção. Para isso, podemos realizar pequenos exercícios diários que nos fazem conectar-nos com o momento presente, nos ajudando a criar uma maior proximidade com a nossa intuição e, assim, inibindo nosso julgamento inicial.

Um exercício interessante seria aos poucos, dia após dia, fazer um pequeno momento em sua rotina, ou vários pequenos momentos, em que você pare e se permita apenas ouvir, prestar atenção em seu corpo, em como você está respirando, se há alguma dor, algum desconforto, e onde está esse incômodo, e depois aos poucos, vá aumentando o limite de percepção, analise o ambiente ao seu redor, ouça os sons do ambiente. Há algo agradável, algo que te remeta a uma boa lembrança, um bom sentimento?

Quando for sentindo domínio sobre o que você já está conseguindo reconhecer, vá ampliando o horizonte e sentindo cada vez mais longe, ouça os sons mais distantes, veja se consegue perceber algum tipo de emoção ou ressonância em você sobre onde a sua percepção conseguiu alcançar.

De pouquinho em pouquinho, com práticas diárias, você vai percebendo que vai ficando mais fácil distinguir algumas sensações, sentimentos ou expressões internas que antes pareciam desconexos e de difícil entendimento.

Prestar atenção em algo, estudar ou apenas observar determinada situação, com respeito, silêncio e profunda devoção, te faz perceber coisas que antes passariam facilmente despercebidas e que agora, com essa total conexão e ativação de todos os sentidos sobre o fato específico, você consegue focar e desenvolver soluções, tomando providências muito mais desenvoltas e eficientes.

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Outro ponto importante a se trabalhar para desenvolver a intuição de forma direcionada é realizar trabalhos de autoconhecimento, pois uma vez que sabemos quem a gente é, conhecemos todo e qualquer tipo de pensamento que pode passar por nós e, sendo assim, conseguimos diferenciar o que vem de dentro e o que foi recebido como estímulo externo, que sem conhecimento próprio, poderia nos confundir e nos fazer deixar passar.

Quanto mais formos compreendendo que a resposta para todas as nossas dúvidas e o melhor caminho a seguir é literalmente orientado pela nossa voz interna, mais iremos perceber que já temos todas as ferramentas que precisamos, bastando apenas mudar o foco e olhar o que realmente importa, porque a intuição é a voz da nossa alma, e a nossa alma é quem sabe quais são nossas reais necessidades.

Sobre o autor

Denise Belfort

Sou fisioterapeuta com formação em naturopatia desde 2007.

Especialista em Terapias Manuais Integradas, Medicina Comportamental e Acupuntura.

Terapeuta floral com experiência de mais de 10 anos, atuando com florais de Bach, Saint Germain e Essências do Pacífico.

Atualmente, a minha especialidade na acupuntura é na saúde da mulher, atuando principalmente na fertilidade e no trabalho de percepção corporal e emocional.

Tenho outras formações que auxiliam a conduta que sigo em meus atendimentos, como Reiki, Massoterapia, Astrologia, Yoga, Pilates, Reeducação Postural e Barras de Access.

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