Espiritualidade Reflexões do editor

Fé e obra

Mãos de mulher sobre a bíblia, juntas, rezando.
reenablack / pixabay / Canva Pro
Escrito por Vander Luiz Rocha

Descubra a interseção vital entre fé e prática por meio de exemplos simples, mas profundos. A fé sem ação é incompleta, assim como uma árvore sem raízes, e apenas através da prática constante podemos encontrar significado e progresso verdadeiros em nossas vidas espirituais. Reflita sobre suas ações a partir do texto de Vander Rocha!

Houve forte ventania que arrancou do solo árvores de grossos e finos troncos, no entanto, outras de troncos semelhantes, não foram abaladas. Por quê?

O agricultor acredita que as sementes que plantou lhe proporcionará ótima colheita, no entanto, nada colheu. Por quê?

O religioso que frequentava a igreja e se postava em orações, ao terminar sua vivência terrena, se teve ignorado em espírito. No entanto, o ateu foi aplaudido. Por quê?

Porque as árvores arrancadas tinham raízes frágeis, o agricultor não cuidou da horta, o religioso apenas orou. Em nenhum dos casos, houve alicerce que sustentasse o cerne da questão.

Esses exemplos, eu os aplico à fé. As árvores que não foram arrancadas tinham bases seguras, o tronco está na vertical, as raízes na horizontal. Assim é a fé: a fé vertical é a crença, a fé horizontal é a sua prática. O religioso do exemplo só orou e por aí ficou. O ateu citado, sempre que lhe foi dado servir, não se negou. Deu conforto ao desesperado, carinho ao desamparado, conselho ao desviado.

A crença religiosa é o meio. A prática da fé, é o fim.

Mulher rezando em jardim.
pixelshot / Canva Pro

Ser chamado a servir não é ter comunicação do alto que diga ao ouvido ter sido escolhido e que você deve fazer isso ou aquilo. Não! Nada de fantasias!

Ser convocado a auxiliar está na oportunidade que surge; ajudar ao deficiente a atravessar a rua, ajudar a se erguer àquele que tropeçou, etc. É o momento que aponta qual ação, omiti-la é se anular.

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É a suprema convicção, fé, que esclarece a mente para que a ação benéfica se materialize, levando, por onde passe, a paz, a alegria e o engrandecimento, proporcionando, assim, o progresso comum.

Se não agirmos como o ângulo reto, fé como linha vertical; a prática como linha horizontal, seremos como as árvores arrancadas pelo vento, como o religioso não aplaudido, como o horticultor sem colheita.

Sobre o autor

Vander Luiz Rocha

Vander Luiz Rocha, nascido na cidade de Conselheiro Lafaiete, no estado de Minas Gerais, Brasil, em 1939.

Criado dentro dos princípios da tradicional família mineira, teve no catolicismo a sua primeira religião.

Na adolescência, dos 7 aos 14 anos, fez, como interno, o Seminário Menor da Ordem dos Redentoristas, na época em Congonhas do Campo, MG. Naqueles momentos o cenário de vida foi o barroco e o fundo musical o canto gregoriano.

Deixando o seminário, tornou-se não religioso e se dedicou aos estudos e ao trabalho em Belo Horizonte. Inicialmente se formou em contabilidade e, posteriormente, graduou-se em administração, com o título de bacharel. A sua vida privada foi alimentada por essas profissões.

Em 1973, mudou-se com a família, esposa e três filhas para São Paulo, indo residir no ABC Paulista, em São Caetano do Sul, trabalhando em empresas da região, tendo se interessado pelo espiritismo e adotando-o em 1976 como escola de vida.

Após preparar-se em cursos feitos sob supervisão da Federação Espírita de São Paulo, SP, tornou-se servidor, no segmento palestrante, e expositor de cursos em casas de socorro espiritual, e com os socorridos muito aprendeu.

Nos dias atuais, continua a se dedicar à filosofia espiritualista, adaptando as palestras para textos escritos.

Possui várias obras editadas e ganhou prêmios literários.

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