Autoconhecimento

Não escolher já é uma escolha!

tomar uma decisão
Escrito por Tatiane Mosso

Diante de uma tomada de decisão, certamente, muitos de nós já preferiram por vezes escolher pelo “certo” ao invés de optar pelo “duvidoso”, não é mesmo? Parece muito confortável e seguro, quando nos é necessário fazer uma escolha, ficar com aquela opção que nos é mais familiar, conhecida ou recomendada, e poucas vezes nos “arriscamos”, nos damos a oportunidade de experimentar.

O desconhecido costuma ser assustador para muitas pessoas, por não oferecer nenhum tipo de garantia do seu desdobramento, mas será que a vida oferece de fato alguma garantia? Bem, na verdade, não. Não temos garantia de como será nosso hoje ao final do dia, nem nosso amanhã, quem dirá nosso futuro daqui a 10 anos. Mesmo assim, fazemos planos e esperamos que tudo se cumpra como desejamos, mas nem tudo dependerá somente de nós, pois a vida nos surpreende mesmo quando dizemos não gostar de surpresas.

Ora, mas existem surpresas boas! Quantos de nós já não desejou algo sem contar que seria possível alcançar e, de repente, alcançou. Quando não nos permitimos abrir espaços para novas possibilidades, não estamos somente nos protegendo de acontecimentos ruins, mas nos privando de acontecimentos bons.

Porém, às vezes, não é tão fácil arriscar-se, então, quando devemos tentar nos arriscar? Talvez quando o lugar onde você está, o como está vivendo, não faz mais sentido para você, não te faz mais feliz.

Muitas vezes, sem saber qual seria a melhor escolha, acabamos por “deixar as coisas acontecerem”. Mas não escolher já implica em uma escolha. Do mesmo modo, teremos que arcar com as consequências do desdobramento de algo que aconteceu, quer tenhamos feito uma escolha ou não.

Pois bem, para cada escolha haverá uma renúncia, afinal, na maioria das vezes não conseguimos conciliar todas as coisas. Além disso, precisamos dar conta da dor da perda quando abrimos mão de algumas coisas que tínhamos antes para dar espaço ao novo.

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O mais importante é olhar para dentro de nós, colocar os acontecimentos da vida na balança e levar em consideração o que faz mais sentido para você. O fato é que muitas vezes acabamos escolhendo por conveniência, mas não desejamos um desdobramento conveniente, não é?

Então, vamos tirar um tempinho com nós mesmos, refletir sobre nossa vida, nossos desejos, para que possamos fazer escolhas autênticas em busca de sermos mais realizados e felizes!

Sobre o autor

Tatiane Mosso

Psicóloga (CRP 06/117983), com aprimoramento clínico em Fenomenologia-Existencial pela PUC-SP e especialização em psicologia clínica na perspectiva Fenomenológico-Existencial pelo Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro – IFEN. Atua na área clinica, em seu consultório particular em São Paulo.

Uma breve elucidação...

A psicologia é uma ciência da área da saúde e minha sustentação dessa clínica se faz na perspectiva Fenomenológico-Existencial, que é uma área do conhecimento inspirada na filosofia e que busca uma compreensão ampla do ser humano, considerando sua história de vida e respeitando sua singularidade. A psicoterapia existencial é apenas um dos caminhos da psicologia para acompanhar a experiência do outro, que se dá a partir da articulação de sentido que se faz e que não é estática, afinal, vida é movimento!

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