Doutrina Espírita Espiritualidade

Nós temos desafios ou problemas?

Escrito por Luiz Guimaraes
Observando o nosso dia a dia, verificamos que os acontecimentos que se apresentam podem ser desafios ou problemas, dependendo da forma como os encaramos. Nesse contexto, podemos dizer que desafio é tudo aquilo que nos instiga à superação.

É uma espécie de “estímulo” que recebemos e também uma oportunidade para testarmos a nossa capacidade de vencer aquilo que nos incomoda ou nos conduz a transtornos de qualquer ordem. Devemos exercitar a paciência e coragem, para termos condições de enfrentá-los e chegarmos a um desfecho menos sofrido. Obviamente que essa vitória dependerá de esforço, determinação e que jamais mergulhemos no desânimo.

Por outro lado, o que seria problema? Podemos dizer que se trata de algo que nos chega de forma assustadora e que, de início, sentimo-nos impotentes para a devida solução. É nesse ponto que o medo e o pessimismo se fazem presentes, trazendo-nos a incerteza quanto ao resultado desse enfrentamento. Daí em diante estaremos no curso de um sofrimento avassalador que terá consequências das mais variadas em nosso campo mental, com repercussões severas no corpo físico, onde a angústia solapa o nosso bem-estar.

O desejo de ser feliz faz parte do sentimento de todo ser humano, sendo essa busca um trabalho diuturno, contudo no Livro dos Espíritos, questão 920, temos:

“O homem pode gozar na terra de uma felicidade completa? – Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz quanto se pode ser na Terra”.

Conscientes dessa assertiva, devemos aceitar os dias atribulados como parte das nossas existências, não cabendo entrarmos em desespero, mesmo porque somente faremos recrudescer os nossos sofrimentos.

Isto posto, descortinemos aquela força interior que nos move diante de tudo que nos ameaça. Esse poder inerente ao ser humano não é bem conhecido, merecendo que nos apercebamos dele, tornando-o útil para melhor vivermos.

Uma reflexão importante se faz necessária e consiste em mudarmos a maneira de ver os fatos e coisas. Lembremo-nos de que toda “moeda” tem dois lados e, em geral, não atentamos para uma visão diversa daquela que adotamos rotineiramente, face ao arquivo das experiências pretéritas que nos faz proceder conforme aquelas vivências com inúmeros equívocos.

É preciso ter em mente que, não raro, os sofrimentos são “sinais” de alerta para que tomemos novos rumos em nossas vidas. Infelizmente, a visão material nos afasta da dimensão extrafísica que se constitui na verdadeira vida que é espiritual.

Temos ainda em Mateus 5:4:

“Bem-aventurados os que choram, por que eles serão consolados”.

É desnecessário dizer que a prece, a fé e a esperança configuram a trilogia que nos impulsiona para a resignação, fortalecendo os nossos passos para o contínuo processo evolutivo.

Todos nós somos suscetíveis a oscilações. A vida é um “surf”, onde as ondas influenciam as emoções e os sentimentos.


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Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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