As atribulações do cotidiano dificultam que encontremos momentos de reflexão sobre as nossas vidas. Somos por essência Espírito, contudo fixamos as nossas atenções prioritariamente no corpo, já que é de fácil percepção. Essa visão quase que exclusiva para a vida material, afasta-nos daquilo que é eterno e, por conseguinte, mais importante: o Espírito. Não há como dissociar esses dois elementos que ao longo das nossas existências se completam.
Em João 6:63, temos: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida”, corroborando a nossa assertiva. Somente após o desencarne é que o espírito se liberta e, sendo imortal, segue sua caminhada em outra dimensão até que tenha uma nova oportunidade para retornar a uma nova vida corpórea.
Seria injusto de nossa parte entender que Deus, inteligência Suprema, desse-nos uma única vida e após a morte tudo acabasse… Como explicar a Justiça Divina quando aqueles que praticaram o mal de forma incessante teriam o mesmo direito e fim daqueles que se doaram na prática do bem, abdicando de seus interesses pessoais em cumprimento aos ensinamentos de Jesus? Quais seriam então os critérios para uns serem beneficiados e outros não? Se assim fosse, seria Deus justo? À luz da razão, essas perguntas já nasceram respondidas…
Referindo-se ao homem, o escritor Rodolfo Calligaris afirma no livro “As Leis Morais”, Cap. 28: “É verdade, sim, que o seu progresso moral se acha muito aquém do fabuloso progresso intelectual a que chegou, e daí porque prevalece em nossos dias, uma ciência sem consciência, valendo-se, não poucos, de suas aquisições culturais, apenas para a prática do mal”.
Em se tratando do soerguimento moral, devemos atentar para os princípios que devem nortear as nossas condutas, a fim de que o Espírito alcance patamares elevados. Dentre elas, a prática da indulgência, do perdão, do amor e da caridade.
No livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. VI, item 5, encontramos: “(…) Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo, os erros que nele se enraizaram são de origem humana, e eis que, de além-túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade!”, “(…) Orai e acreditai! Pois a morte é a ressurreição e a vida é a prova escolhida durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e se desenvolver, como o cedro”.
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Pela Lei do Progresso devemos seguir os preceitos ético-morais, pilares necessários para a nossa vida em sociedade. Quando vivenciarmos a fraternidade entre irmãos, estaremos no caminho da Luz deixado por Cristo, para que não nos desviemos do rumo da nossa estrada evolutiva… A menor distância entre um objetivo e sua concretização é o primeiro passo.