Doutrina Espírita Espiritualidade

A melhor religião

Escrito por Antônio Navarro

Comemora-se no dia 21 de janeiro o Dia Mundial da Religião.

O termo “Religião” deriva de “Religare” e significa religação com Deus ou o Divino, no sentido de que o Homem está afastado de Deus.

Para o Benfeitor Espiritual Emmanuel, religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador, enquanto as religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios. Muitas delas, porém, estão desviadas do bom caminho pelo interesse criminoso e pela ambição lamentável dos seus expositores.

É facilmente observável na sociedade humana que o Benfeitor está coberto de razão.

Para a Doutrina Espírita, o propósito da religião é conduzir o homem a Deus. Mas o homem só chega a Deus quando está perfeito, portanto, toda religião que não torna o homem melhor não atinge seu objetivo, e aquela sobre a qual o homem pensa poder se apoiar para fazer o mal, ou é falsa, ou foi falsificada em seus fundamentos.

A crença, seja ela qual for, na eficiência dos símbolos exteriores, é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, roubos, calúnias e o mal ao próximo. Ela faz supersticiosos, hipócritas ou fanáticos, mas não faz homens de bem.

Não basta, portanto, ter aparência de pureza, pois é preciso, antes de mais nada, ter a pureza de coração.

Esta definição encontra-se em consonância com o ensino de Nosso Senhor Jesus Cristo, quando Ele diz:

“Esse povo me honra com os lábios, mas o coração está longe de mim”.

Das Religiões, segundo os Benfeitores Espirituais, só terão o direito de se posicionar como expressão da verdade: “Aquela que faz mais homens de bem e menos hipócritas, ou seja, pela prática da lei de amor e de caridade em sua maior pureza e sua aplicação mais abrangente. A esse sinal reconheceis que uma doutrina é boa, já que toda doutrina que semear a desunião e estabelecer uma demarcação entre os filhos de Deus, só pode ser falsa e nociva”.

No Evangelho, Jesus nos recomenda: “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai que está nos céus”, e como, naturalmente, o Homem também se desenvolve intelectualmente, por perfeição entende-se o ápice do progresso intelecto-moral.

No entanto, a ciência e a religião têm se mantido em caminhos paralelos, e raras vezes abre-se mão, abertamente, do entendimento religioso em favor da evidência científica.

Emmanuel esclarece:

“No futuro, viverá a Humanidade fora desse ambiente de animosidade entre a Ciência e a Religião e julgo mesmo que em nenhuma civilização pode a primeira substituir a segunda. Uma e outra se completam no processo de evolução de todas as almas para o Criador e para a perfeição de sua obra. As suas aparentes antinomias, que derivam, na atualidade, da compreensão deficiente do homem, em face dos problemas transcendentes da vida, serão eliminadas, dentro do estudo, da análise e do raciocínio”.

O Espiritismo, diante da ciência, se posiciona da seguinte forma:

“Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”. 

Por isso é que segundo o Espírito de Verdade, que preside a implantação, na Terra, do Consolador prometido por Jesus, nos diz:

“A melhor doutrina é aquela que melhor satisfaz o coração e a razão e que tem mais elementos para conduzir os homens ao bem”. 

E diz também:

“Espíritas! Amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”. 

Resulta desses ensinamentos que o Espiritismo nos leva à fé raciocinada, permitindo a adoração em “espírito e verdade”, como disse Jesus.

Para o Espiritismo, a adoração é a elevação do pensamento a Deus, porque é sentimento inato, como o da existência de Deus, e que a verdadeira adoração é a do coração, e que Deus prefere os que O adoram com o coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, e que aquele que consome seu tempo na meditação e na contemplação não faz nada de meritório aos olhos de Deus, porque a dedicação de sua vida é toda pessoal e inútil para a humanidade.

Segundo o Espiritismo, toda crença é respeitável quando é sincera e conduz à prática do bem, e que é falta de caridade e ofende a liberdade de pensamento escandalizar na sua crença aquele que não pensa como nós.

Por isso, não é necessário crer no Espiritismo e nas manifestações dos Espíritos para assegurar o nosso bom êxito na vida futura, se assim fosse, todos os que não creem ou que não tiveram a oportunidade de se esclarecer, seriam deserdados, o que seria absurdo. Só a prática do bem assegura o bom êxito no futuro.

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Porém, o Espiritismo, que é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal e realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba de onde vem, para onde vai e o porquê está na Terra, atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.

Pensemos nisso!

Sobre o autor

Antônio Navarro

Orador espírita e Membro da Diretoria do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier em São José do Rio Preto - SP.

Articulista espírita dos seguintes meios de comunicação:

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