“Prefiro ser íntegro a ser bom.”
C. G. Jung
“Sombra: chama-me de irmão, para que eu não tema aquilo que busco.”
Anônimo
Medite sobre o que mais o incomoda em relação às pessoas. Não aspectos superficiais, mas algo que realmente você abomine, odeie. Talvez seja ingratidão, traição, injustiça, ciúme, medo ou impaciência. Reflita. Você já pensou por que odeia isso? Agora espero de você muita coragem. Será que aquilo que o incomoda em relação aos outros não é algo que está aí, escondido dentro da sua mente? Talvez tão escondido que agora esteja inconsciente? Jung dizia: “Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a um conhecimento de nós mesmos”. Vamos mais fundo nessa questão.
Toda criança é total ao nascer. É inteira, mas no decorrer da vida começa a se dividir. Ela é influenciada pela sociedade, pela religião e pela família, começando a negar algumas características consideradas más. É a qualidade, o jogo do que é bom ou mau. Com a chegada da maturidade, ela já negou muito de sua personalidade real. Esconde uma parte de si, acha pecado, errado e sujo algo que é dela, e tudo o que é rejeitado fica escondido ou guardado no inconsciente. Isso se chama sombra, é tudo o que negamos na busca absurda de sermos perfeitos para os outros, com um eu ideal. Um exemplo é a história “O médico e o Monstro”, do Dr. Jekill e Mr. Hyde. Dentro do bondoso médico ficava escondida a sua sombra, como o monstro, Mr. Hyde. Também encontramos exemplo da sombra no livro O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde.
No próximo artigo falarei mais sobre a sombra e como ela interfere em nossas relações.