Quando você dá atenção ao que lê, você absolve conhecimento, entendimento da coisa. Ler é crescer em silêncio, porque assim você se tornará, com o tempo, na medida em que lê muitos livros e artigos, uma pessoa melhor sabendo direito separar o joio do trigo.
Letras vivem, possuem um espírito, uma intenção. O problema está na interpretação, no sentir do espírito, na consciência ampliada pelo correto modo de ler e interpretar uma escrita. Deve-se ter brio próprio para não aceitar que escrevam e não se entenda. Não há cabimento alguém escrever um texto, um livro, um artigo e eu não entender o que foi escrito. Se é uma linguagem em português, é questão de honra ler e compreender. Se ainda assim, em se tratando de linguagem técnica específica de uma ciência ou tipo ciência das letras, da linguagem, como a linguagem jurídica, tenho hoje em dia todos os recursos para poder pesquisar sobre as palavras e frases para minha compreensão. A maior prova de que quem escreve de fato possui tal conhecimento é quando, fora da escrita, na linguagem, no diálogo, na retórica, essa sustentação se mostra pertencente ao que fala, porquanto fala o que escreve, exatamente na linguagem, no conhecimento, logo o texto, o artigo, o livro de verdade é a verdade do espírito artístico do escritor.
A atenção dada ao conteúdo faz mudar muita coisa na vida do ser humano. Essa atenção requer esforço como concentração. Uma dica aqui do filósofo Nilo Deyson: ao se debruçar sobre a leitura, não faça nada além de estar concentrado na leitura, logo a necessidade de silêncio, de total concentração, “ação do estar atento.” No momento da leitura, desligue a TV, o celular, o rádio. Se quiser, use um som de piano de fundo ou som de ambiente de biblioteca. Digo isso para que você saiba que crescer no conhecimento é uma questão de querer, de se entregar à solidão para estudar, ler, entregar-se ao silêncio. Quando você sair de cena por um período para ler uma obra, você volta maior, muito melhor e completo. Temos um grave problema no Brasil que é o modo errado de ler, o modo errado de interpretar. Ao sair do ensino médio, grande parte dos jovens não sabem interpretar um texto ou um livro corretamente. Um bom exemplo é um livro que lancei em dezembro de 2021, chamado “Todos os corações do mundo”, de filosofia, que, eu, filósofo Nilo Deyson Monteiro, escrevi e expliquei no meu canal no YouTube (Filósofo Nilo Deyson). Muitos, porém, não compreenderam por falta de experiência literária e falta de interpretação filosófica, que só é possível por meio da leitura de muitos livros, sim, de muitos anos e muitas horas de leitura. Esse problema precisa ser resolvido por meio de políticas públicas em relação à grade escolar e estrutural como um todo, sim, em toda demanda das classes da educação, desde o faxineiro até os profissionais da educação em geral. Tudo precisa mudar rapidamente, pois não temos tempo a perder. Estamos em pleno século XXI na era da informação, da tecnologia…
Enfim, ler é crescer em silêncio.
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“Atenta para os espíritos empregados nas letras escritas, nos livros, nos artigos, nos textos, poesias e versos. Aprenda a dominar o discernimento e o saber direito das coisas, porque assim você se tornará solitário com o tempo, e isso é bom, sim. Você também será totalmente transformado pelas letras e se tornará seletivo em tudo, principalmente nas tomadas de decisão porquanto que sua melhor versão está na página seguinte do que você vai ler ao sair daqui agora — Filósofo Nilo Deyson Monteiro.
