Convivendo

A Lenda do Fio Vermelho

Uma mão feminina e um laço entrelaçado no pulso.
Pushba / Shutterstock
Escrito por Priscila Sarmento

Diz a lenda que o fio vermelho é a união astral do verdadeiro amor. Estudos indicam, de forma imprecisa, que essa lenda é originária da China ou do Japão. O fio vermelho nos mantém, desde o nosso nascimento, junto da pessoa amada — que podem ser os pais, os irmãos ou alguns amigos. Mesmo que haja encontros e desencontros, enquanto as partes permanecerem encarnadas, o fio ficará ligado.

A lenda se tornou popular quando se ficou sabendo que a artéria ulnar liga o dedo mindinho ao coração, que sempre simbolizou o amor. Outras fontes questionam essa informação, dizendo que isso acontece em relação ao dedo anelar — o que faz mais sentido etimológico e é uma tradição mais comum em nossa cultura.

O fio vermelho está ligado ao nosso destino, e não existe forma alguma de nos livrarmos dele ou de irmos contra sua vontade. Essa conexão é entre amores profundos e eternos, aqueles com destino comum. Tudo isso reflete a verdade de que, na vida, existem tropeços, incertezas e dúvidas, mas, apesar disso, o destino é teimoso: mesmo que seja tomada alguma atitude fora do contexto, de modo a haver um afastamento entre as pessoas conectadas, ele dá um jeito de unir quem se ama.

Uma mulher tentando cortar um fio vermelho com uma tesoura rosa.
yamasan de Getty Images / Canva

A lenda

“Há muito tempo atrás, um imperador descobriu que, em uma das províncias do seu reino, vivia uma bruxa muito poderosa, que tinha a habilidade de ver o fio vermelho do destino. Esse monarca, então, ordenou que a trouxessem a bruxa à sua presença.
Quando a bruxa chegou, o jovem imperador ordenou que ela procurasse a outra extremidade do fio que ele levava atado ao dedo mindinho, conduzindo-o àquela que seria sua esposa. A bruxa concordou com esse pedido. Assim, a bruxa e o imperador começaram a seguir e seguir o fio.

Essa busca levou-os a um mercado, onde uma pobre camponesa com um bebê nos braços oferecia seus produtos. Quando chegou a essa camponesa, a bruxa parou em frente a ela e pediu que ela se levantasse. Fez, então, o jovem imperador vir e disse: ‘Aqui termina o seu fio’. Porém, ao ouvir isso, o imperador ficou irritado, acreditando que era um escárnio da bruxa. Então, empurrou a camponesa, que ainda carregava seu bebezinho nos braços, e ela caiu, o que fez com que o bebê ficasse com uma grande ferida na testa. O imperador, assim, ordenou aos guardas que detivessem a bruxa e cortassem a sua cabeça.

Muitos anos depois, chegou a época em que esse imperador se casaria, e sua corte recomendou que era melhor que ele se casasse com a filha de um general muito poderoso. Ele aceitou, e o dia do casamento chegou.

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Era o momento de ver, pela primeira vez, o rosto de sua esposa, que entrou no templo com um lindo vestido e um véu, os quais a cobriam completamente. Quando ele levantou o véu da noiva, percebeu que aquele lindo rosto tinha uma cicatriz muito peculiar na testa.”

Sobre o autor

Priscila Sarmento

Formada em publicidade pela Escola Técnica de Publicidade e Propaganda — ETEC, em 2000. Superior completo em jornalismo pela Faculdade Candido Mendes — UCAM, em 2005. Pós-graduada em marketing também pela Faculdade Candido Mendes — UCAM, em 2009. Especialização em marketing digital EAD na UCAM, em 2019.

Jornalista na empresa de RH Simetria, assessora de comunicação na Fiocruz — INI, desenvolvimento de cooperado na UNIMED.

Realizei alguns trabalhos com criação de materiais publicitário, diagramação e arte como freelancer.

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