Filosofia

Estamos correndo para onde mesmo?

Mulher analisando os caminhos com uma lupa, mostrando indecisão
Golden Dayz / Shutterstock.com

“Por que fazemos o que fazemos? Para quem estou deixando de viver meu tempo, dando a ele meu tempo? O que faz sentido deve ser prioridade?”

Dizem que o coração é estupidamente corrupto e enganoso, de tal modo que não podemos dar ouvidos aos sentimentos e emoções vindos do coração. Nesse sentido, a razão deixa o ser humano frio, calculista, sem personalidade e mascarado diante daquilo que ele se sente na obrigação de fazer.

Obviamente que isso não é uma regra, no entanto, a maioria das pessoas está com muito medo da liberdade de sair da zona de conforto. É importante um rompimento definitivo com o medo de arriscar. A vida só se justifica se for repleta de heroísmos. Eleja para si aquilo que você ama fazer, deixe que ela mate você: viva por ela e por ela morra.
Ouça, sim, seu coração, pois ele é a fonte do amor.

Pense bem antes de agir, mas faça o que tem de ser feito, ainda que seus efeitos possam dar à luz consequências catastróficas em seu redor, no sentido de suas rotinas; contudo, deixe o tempo passar e abaixar a poeira, pondo as coisas no lugar e confirmando sua decisão, sua personalidade resolvida.

As pessoas estão correndo atrás do quê? Cidades lotadas e gente apressada, com passos largos, de semblantes fechados, olhar fixo nas preocupações e responsabilidades. Ninguém tem tempo para ouvir, para ler, para dialogar, todos só querem abreviar no escrever, no falar.

A questão é a seguinte: existe um vazio na alma, mais profunda que o pré-sal, onde ali estariam suas reais necessidades. Quem conhece você de verdade? Talvez nem você! Estamos vivendo dias estranhos, no sentido peculiar, em que você acorda com sensações e angústias na alma e na mente, um dia diferente do outro. São questões pessoais, das quais você pode procurar os motivos.

Foto do Filósofo Nilo Deyson
Autor do texto – Filósofo Nilo Deyson

Talvez você não goste do trabalho que exerce hoje. Mude de profissão o mais rápido possível. Pode ser que você esteja casado(a) com uma pessoa que você não ama e você ama outra pessoa. Largue tudo, resolva isso o mais rápido possível e vá atrás de quem você de verdade ama. Por vezes, você carrega traumas e obrigações do passado que prendem você na mediocridade da vida, no vazio existencial. Mude seus hábitos e suas prioridades, faça o que seu coração está clamando há tempo.

O amor é lindo, e é tudo que dá sentido no agora, que só acontece agora. Demorei muito para ver isso, mas chega um momento na vida em que só nós sabemos de verdade os motivos de nossa tristeza, os motivos que trariam nosso brilho nos olhos. Portanto, corra atrás do amor fati, como dizia o filósofo Nietzsche: amor fati.

Repare só: você acorda, se arruma, toma seu café da manhã e depois vai… Mas vai para onde exatamente? Por qual motivo? Será que a vida só faz sentido se você estiver dentro de um comportamento convencional, na razão? O que seria de você se, hoje, você fizesse a loucura de sair de casa e viver a vida dos seus sonhos? O que você perderia com isso? Perderia ou ganharia? Pese — não pense: pese!

Sem o sentimento de pesar, esteja resiliência, resolvido na vida, sem medo de perder. Nenhuma coisa boa torna seu possuidor feliz, a menos que sua mente esteja habituada à possibilidade de perda. Nada, contudo, se perde se, quando perdido, não se sente sua falta. Ame sua existência!
Não pedi para estar aqui, mas tenho o direito de fazer com minha vida aquilo que de fato a fará ter um sentido. É inevitável que algumas pessoas sofram com certas tomadas de decisão; no entanto, se você estiver com sua espiritualidade em harmonia com o universo, Deus cuidará delas para você. Não tenha medo, enxugar as lágrimas não é colocar novamente a máscara do teatro para voltar a interpretar uma vida que se odeia viver; enxugar as lágrimas deveria ser um ato de deslocar-se do antigo ser condicionado ao medo e passar a ser livre.

Muitos estão duvidando, mas vai acontecer a saída definitiva.

Isso quer queiram, quer não queiram!!!
Assim deve ser sua decisão, sem medo de morrer. Aliás, morrer por amar é lucro, triste é viver como morto. Quero encorajar você a fazer de sua vida um verdadeiro espetáculo aos seus olhos.

A literatura de Romeu e Julieta, por exemplo, é uma belíssima história de desejo pela liberdade da vida entregue ao amor.

Dos livros de Sartre, filósofo que também contribuiu bastante para esse tema, teríamos como fontes de leitura “A náusea ” e “O ser e o nada” (ambos de Sartre). São obras que trazem profundas reflexões. Uma outra obra interesse é “O discurso da servidão voluntária”, de Étinne De La boétie.

Foto de Nilo Deyson em um evento
Foto de Nilo Deyson em um evento

Estamos livres, e ninguém nos manda. Ninguém, absolutamente. Nem o casamento, nem o trabalho ou patrão, nem a religião, ninguém manda em você!!! Você está extremamente em última instância, condenado à liberdade. Basta quebrar esses impedimentos e barreiras criados a partir de seu modo de ver a vida, dentro de seus limites intelectuais.

Sonhos, eita vida, sonhos: por qual razão eu deveria deixar para o amanhã, podendo sorrir hoje?

Vida eterna no céu: negar esta vida, em virtude de outra no porvir? A quem isso interessa? As igrejas estão mesmo preocupadas? Será que elas teriam coragem de pregar sobre a teologia reversa, que, através de pesquisas neste século, revelou adulterações nos textos bíblicos de fatos escritos, de coisas que nunca aconteceram? Estudem sobre os pergaminhos e pupilos. De fragmentos de pequenas frases, quase totalmente deterioradas pelo tempo, criaram textos gigantes, nascidos da imaginação de escritores no Egito e em regiões distantes dos locais onde viveram o personagem Jesus e os profetas do antigo testamento. Leiam e assistam no YouTube sobre “teologia reversa”, que traz documentos oficiais e científicos de coisas que nunca aconteceram. Uma bomba para o mundo judaico-cristão. Mas estão caminhando para uma simples literatura de mitologia, pura poesia.

A vida é uma tragédia. Ninguém pediu para chegar aqui.

Existem tantas outras coisas que você ainda não descobriu neste universo, que você, inconscientemente, se fecha naquilo que acha que sabe, e pior, nem sequer você tem tempo para ler livros, pesquisar artigos científicos e documentários, portanto, cautela em suas crenças.

Você pode ter sido enganado!!!
Eu afirmo, sem medo de errar: “Você não está em condições de afirmar que suas crenças, dentro do contexto histórico da realidade, existiram. “
Veja, uma verdade oficial e absoluta esconde estórias, e você, cedo ou tarde, talvez terá um certo desconforto com isso.

Pode o espírito testificar se estamos no lugar certo?
Seria isso dar ouvidos ao coração ou à razão?
Se tem dúvidas das suas certezas, estrague sua vida como quiser, você está livre para isso.

Trabalhamos para pagar contas, comer, nos vestir e só temos o direito de curtir a vida em poucas horas, no final de semana ou nas férias, que acontecem a cada 365 dias aproximadamente, e continuam as perguntas: para quê? Para quem? Pela família? O que é família?
Você, de verdade, está só no universo, e sei que você não vai concordar, quiçá entender, neste momento, no entanto, se você um dia for novamente, ou pela 1ª vez, a um enterro de um ente querido, procure à sua volta o sentido da vida.

Não há guru, mestres, pastores ou qualquer deusidade que assista a você, no banheiro ou em outro local, que vá fazer você ficar de castigo ou colocar uma doença para colocar você em prova. Você é um pouquinho menor do que Deus, isso é tudo. Somos parte de alguma coisa maior do que nós.

Você domina a física quântica? Você domina a astrologia? Você domina todas as ciências humanas e a filosofia? Você domina psicologia, neurociência e sociologia? Você domina o saber de todas as religiões? Você domina todos os processos que demarcam o pensamento ateísta? Pois bem, você não sabe de nada sobre esse universo no qual você vive.
Ame sua vida e faça aquilo que o AMOR pedir que você faça, e faça logo.

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Para quem mesmo que você faz o que faz?

Filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Escritor e poeta com diversos artigos publicados e livros de filosofia, bem como coparticipante de diversas antologias. É imortal acadêmico de algumas Academias de Letras e fundador oficial, no mundo, da filosofia da imparcialidade participativa.

Sobre o autor

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou filósofo, escritor, poeta, colunista e palestrante.
Meus trabalhos culturais estão publicados em diversas plataformas. Tenho obras e livros publicados.

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Sou uma incógnita que deve ser lida com atenção e talvez somente outras gerações decifrem meu espírito artístico. Sou muitos em mim e todos se assentam à mesa comigo. Posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

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