Espiritualidade

MÉDIUNS e a “figueira seca”.

Mão levantada ao céu.
Foto: Aaron Blanco
Escrito por Nilton C. Moreira

Certa vez, saindo de Betânia com seus discípulos, Jesus teve fome. E, vendo ao longe uma figueira, para ela se encaminhou, para ver se acharia alguma coisa, mas só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então disse Jesus à figueira estéril: “que ninguém coma de ti fruto algum”. No dia seguinte ela estava seca até à raiz…

Entendemos com o Mestre, que “a figueira que secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada de bom produzem”. Simboliza também todos aqueles que tendo meios de ser úteis, não o são. São apenas árvores cobertas de folhas, porém baldas de frutos… Por isso é que Jesus as condena à esterilidade, porquanto o dia virá em que se acharão secas até à raiz.

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Mulher olhando para baixo.
Foto: Yoann Boyer/Unsplash

Os médiuns são os intérpretes dos espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse efeito. Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima: são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplica-se em número, para que abunde o alimento; também existem por toda a parte, em todos os países, em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados. Se, porém eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão maus frutos, se recusam a utilizá-la em benefício dos outros, se nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são quais a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá que se tornem presas dos espíritos maus.

Ser médium é servir de intermediário entre o plano carnal e o plano espiritual, e a aptidão se manifesta em qualquer pessoa, sendo em algumas mais acentuadamente, parecendo enjoos, tonturas, sonolência, angustia, irritação, prostração, violência, visões etc..

Quando os sintomas aparecem e a medicina não oferece um diagnóstico convincente, deve a pessoa identificar o tipo de mediunidade que se assenhora, com vistas a ajudar o próximo, pois este é o objetivo de termos a mediunidade disponibilizada a nós.

Se esta mediunidade for utilizada para maus exemplos ou vantagem própria, seja financeira ou pessoal, pode acabar o médium contraindo doenças até graves e/ou vindo a ter sua vida pautada por problemas.

Certamente viemos ao mundo para produzir frutos, e o médium que não auxilia outrem, ou apenas pensa em usufruir benefícios, é uma figueira seca.

Muita paz aos amigos.

Sobre o autor

Nilton C. Moreira

Policial Civil, natural de Pelotas, nascido em 20 de maio de 1952, com formação em Eletrônica, residente em Garibaldi-RS, religião Espírita, casado.
Email: cristaldafonte@gmail.com
Facebook: Nilton Moreira