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O dinheiro mataria ou daria sentido ao amor?

Cofre de porquinho com moedas ao lado de calculadora
Richard Villalonundefined undefined / Getty Images / Canva

Será que o amor não poderia estar na anulação da miséria? Repare: se todos no mundo fossem ricos, uma pessoa só trabalharia em hospitais, por exemplo, por amor ao próximo, por gostar de ajudar e de cuidar de pessoas. Em qualquer profissão, se todos fossem ricos, só se trabalharia por amor ao funcionamento normal das coisas na humanidade, pois só se faria algo em virtude da consciência de que aquilo precisa ser feito para o curso normal do funcionamento das coisas. Bem complexo, né?

Pois bem, deixe eu me apresentar: sou escritor e filósofo e me chamo Nilo Deyson Monteiro Pessanha. Quero que reflita com este artigo que ficará registrado para sempre aqui no portal Eu Sem Fronteiras.

Se o dinheiro é feito de papel, qual motivo impede que ele seja distribuído igualmente para todos em todos os países, cada qual com sua moeda de origem atual? Sabemos obviamente os motivos. O capitalismo matou o amor desde sempre. Poxa vida, quando em outras dimensões no Universo eu vivia no silêncio diante de tudo no nada, então me trouxeram para existência humana para que eu vivesse essa experiência do absurdo das vaidades debaixo do sol.

O que é o amor? Amar ao próximo do modo como se mostram, desmembramento da origem natural para vertentes das diversas plataformas de espaços ocupados nos palcos das vaidades… isso é bizarro! Temos erros gritantes nas estruturas da humanidade. Não há o que se possa fazer em nível macro, apenas ações individuais ou coletivas limitadas. Para que serve a política? Se não precisássemos, por exemplo, dos políticos, como seria o mundo?

Você sabe o que poderia ser feito para minimizar a miséria? Repare na estrutura de países como Suécia, Noruega, Emirados Árabes Unidos e Suíça, por exemplo. Repare em como funciona a estrutura política e o nível de pobreza nesses países e compare com o Brasil. Pense, reflita.

O amor mataria o capitalismo se todos fossem ricos, pois todos fariam tudo por amor, não por necessidade. Voltamos aos hospitais, por exemplo. Se um paciente é pobre, ali estará a imagem do descaso e da miséria. Se o profissional da saúde é pobre, cedo ou tarde vai atender sem amor, por vivenciar o estresse extremo da profissão, e não verá retorno de seus esforços. Isso se dá em todas as profissões. Marx, em seus livros de filosofia, debateu muito o tema do capitalismo, assim como Nietzsche também tratou sobre economia e estrutura do desenvolvimento social em alguns momentos. Quero dizer que não é novidade para ninguém esse sistema de miséria, em que os políticos se unem para dominar, como porcos que dominam outros animais.

mulher estressada no escritório
energepic.com / Pexels / Canva

O amor venceria tudo se tudo fosse amor, mas porque tudo é capitalismo, toda individualidade compete para atropelar o amor, a fim de garantir uma sombra na existência. Infelizmente estamos todos condenados ao mundo do capitalismo. Assim, em 2085 teremos um planeta hiperapegado ao materialismo, de sorte que a expressão “amor ao próximo” será uma mera bobagem, porquanto muitos nas próximas gerações terão mais contato com informações e sistemas tecnológicos do que com os seus contemporâneos seres humanos.

O que poderia dar sentido ao amor? Pense.

Se você fosse rico, sabendo que todos no planeta podem ter tudo quanto você pode ter, restaria curtir a vida. Não teríamos pais de família passando tanta necessidade nem teríamos tantas mães sofrendo no mundo por não terem o que dar aos filhos para se alimentarem.

Eu me iludo em meu mundo, em minha imaginação, onde o mundo ideal teria todos os mesmos direitos, todos ricos e um sistema estrutural de competências no qual ninguém trabalharia por dinheiro, apenas por amor, sabendo que aquilo que fazem não é feito de graça, mas para manter funcionando toda a cadeia estrutural para que haja justiça e igualdade e para que se tenha acesso a serviços públicos e privados sem fins lucrativos. Ah, pura ilusão! Pois essa ilusão de amor é utopia ou se mostra na prática de ser.

Infelizmente nada mudará. São mentes apegadas à história e a estruturas oficiais sistêmicas. O mundo está entrando em parafuso, o amor está se esfriando e o apego ao capitalismo aumenta desenfreadamente. O amor pelo próximo mais parece vaidade da boa consciência por ação de caridade do que o amor propriamente dito. Amar é outra coisa. Ninguém quer trazer para dentro de casa um mendigo ou um africano que agora está morrendo de fome. Debaixo do sol, tudo vaidade, sim! Rui Barbosa dizia ter vergonha da honestidade em sua famosa oração aos moços. De tanto ver agigantar as nulidades, a corrupção e outros, ele diz ter vergonha de ser honesto. Essa frase, você pode pesquisar depois na íntegra, mas ele teve razão e foi profético. Ela é bem atual. O amor, a honestidade, a ética e os bons costumes estão sendo polarizados e sendo teorias palavreadas em frases mornas. Deus disse, em Apocalipse, capítulo 3, na carta a igreja da Laodiceia. Deus falou: “Por não seres quente nem frio, quem me deras fosse quente ou frio, agora pois, por ser morno, estou a ponto de vomitardes da minha boca”.

Cuidado! Deus vomitará os mornos. Quem, afinal, são os mornos? Pense.

Amor sem obras é como nuvens carregadas que não chovem. Assim é todo aquele que se gaba daquilo que não fez. Enfim, o capitalismo mata o amor, porém, se você, tendo mais condições financeiras do que o outro — e se houver amor em você —, ajude seu próximo. Sabemos que o beija-flor não vai apagar uma floresta em incêndio, contudo, fazendo sua parte, não se gabe pelas ações. Faça em sigilo, como se fosse para Deus: sem alardes, sem se gloriar, sem inflar seu ego e sem esperar nada em troca, quiçá recompensa divina. Seja simples, silêncio e amor com ação. Os frutos nascem em boa terra. Para finalizar, o amor pode vencer o capitalismo se você compreender o que significa amar em movimento, sem teorias.

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“O dinheiro é bom para muitas coisas, porém, se o dinheiro não for visto como servo, o espírito do capitalismo matará o amor em você, porquanto que o amor é sentir, é dar; é estar em paz com o outro pelo que se tem e pelo que o outro tem ou terá. Crie situação e circunstâncias para ajudar uma pessoa a cada dia”.

Sua presença deve mudar positivamente a vida das pessoas por ações e por retórica.

Sobre o autor

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou filósofo, escritor, poeta, colunista e palestrante.
Meus trabalhos culturais estão publicados em diversas plataformas. Tenho obras e livros publicados.

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Sou uma incógnita que deve ser lida com atenção e talvez somente outras gerações decifrem meu espírito artístico. Sou muitos em mim e todos se assentam à mesa comigo. Posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

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