Autoconhecimento Coaching

O lugar do não saber

Escrito por Marisa Bussacos

E se assumirmos que não sabemos o que é melhor para o outro? E se em uma conversa não tivermos uma opinião definida sobre o que está sendo dito? Tudo bem? Muitas vezes queremos nos posicionar, ditar regras para não parecermos fracos ou alguém sem conteúdo.

Cada um tem a sua própria história e seus próprios traumas e vivências. Como podemos considerar que o que sabemos cabe ao outro? Podemos ter mais anos de vida que a pessoa, podemos ter trilhado um caminho considerado de sucesso, mas quem disse que o que serviu para nós, servirá para todos? Uma coisa é contar a nossa história para inspirar, outra é impormos a nossa trajetória como sendo a melhor.

Como Coach, eu aprendi e me policio para ficar no lugar do não saber, afinal, é um hábito dar “pitaco” na vida alheia. Não saber qual é o melhor caminho para o cliente, qual é a escolha mais assertiva, qual é o propósito dele… Isso não significa ter uma postura passiva frente aos incômodos que cada um traz, mas sim estar presente, aberto ao que vem e dar apoio para que o cliente encontre o que procura.

Busco levar todos esses aprendizados para o meu dia a dia e para as minhas relações. Não é fácil mudar um hábito e se colocar nesse lugar quando as pessoas ao redor esperam que você tenha certezas e defenda o seu ponto de vista com unhas e dentes, mas podemos exercitar. Nos conscientizando e nos observando, vamos evoluindo. Assim podemos construir vínculos mais horizontais e menos impositivos. Vamos lá?

Para nos inspirarmos:

“Ao conversar, ampliamos os modos de ser e de se entregar ao outro. O importante não é se posicionar, se opor, se impor, nem propor. O importante é a exposição, com tudo o que ela trouxer de vulnerabilidade e risco.”

“Se a palavra não é o único mediador, podemos acreditar que a escuta (da voz e dos gestos) é um elemento unificador. Escutar é prestar atenção e se abrir para a vida com curiosidade. Parece óbvio, mas é mais difícil do que ouvir. Exige esforço, treino e entrega. Só a curiosidade evita que o sujeito se enclausure nele mesmo. Ao dialogar, precisamos abrir espaço para o novo, esvaziando-se de certezas, confiando no que o outro pode trazer.”

– Luiza Helena Christov, mestre e doutora em educação.

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Sobre o autor

Marisa Bussacos

Coach e empreendedora. Apaixonada por desenvolvimento humano, pessoas e suas complexidades. Curiosa por ideias criativas e negócios com alma. Formada como Coach no Instituto Ecosocial com base Antroposófica.

Graduei em Propaganda e Marketing pela ESPM, com formações em Comunicação Não-Violenta, Facilitação de Processos Individuais e Grupos e Empreendedorismo Feminino pelo 10.000 Women, Goldman Sachs.

Trabalhei com a capacitação e melhora da autoestima de tecelões na Índia e em Branding e Publicidade na Natura. Empreendi a Ekoa Café, um espaço cocriado para nutrir relações, onde criei a corrente do Café Compartilhado que se espalhou por outras cafeterias do Brasil.

Atualmente realizo atendimentos de Coaching individual e facilito grupos e workshops de Desenvolvimento Humano.

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