Autoconhecimento Convivendo

O que aprendemos em 2020?

Mulher olhando pela janela
Michal Bednarek / 123rf
Escrito por Vander Luiz Rocha

Repassando o ano findo, 2020, vi, pelo monitoramento do meu celular, ou telemóvel, que durante todo ele, após fevereiro, afastei-me de minha residência por quatro horas apenas. Ou seja, estive em prisão domiciliar sem ter cometido crime algum.

Apego ao conceito de que nada é por acaso, já que o acaso é um momento sem Deus, e que a lei de causa e efeito é transcendental, perguntei a mim mesmo: o que se passou? O que está por vir?

Ao contrário dos que buscam audiência mediante o sensacionalismo, mesmo que isso resulte em pânico, tenho que tudo fica mais fácil quando entendido.

Ao revermos a história da humanidade constatamos que toda evolução sucedeu a grandes crises, vejamos:

  • Depois da pandemia de Gripe Espanhola em 1918 vieram avanços na ciência, novos estudos, surgimento de medicamentos e antibióticos e inovações que fizeram com que a economia mundial continuasse girando.
  • Após a as duas grandes guerras mundiais, 1914-1945, deu-se o crescimento fantástico em todos os setores, desde o político, social, até o econômico, proporcionando sensível e significativa melhora na qualidade do viver humano.

Não vou alongar em exemplos de fatos comprovados. Agora temos a maior das crises, o que virá depois dela? Que tipo de progresso?

As perturbações acima citadas motivaram o progresso material, mas a atual aponta para o espiritual.

Gráfico mostrando crescimento financeiro
Hyejin Kang / 123rf

Estamos vivendo um momento histórico em que o planeta está se transformando de mundo conturbado para ser um mundo melhor. É a triagem para encontrar os que servem para esse novo mundo e os que serão descartados, não pela morte do corpo, mas pela inaptidão espiritual. Presenciamos a separação do joio do trigo.

O pensador italiano naturalizado argentino Santiago Bovisio (1903, Itália, 1962 – Crio Cuarto, Argentina), na obra “O Sacrifício – Curso II, Capítulo 6: A Incerteza Do Amanhã”, nos diz:

“Mas, quanto mais forte seja o desprendimento do ser de seu amor-próprio, quanto mais se sacrifique renunciando ao fruto da satisfação pessoal, menos incerto se lhe mostrará o porvir.”

Essa é a principal lição que essa peste nos traz: renúncia, desapego.

Ficamos extasiados ao ver pelo mundo pessoas aglomeradas em praias, praças e festas na completa inobservância dos necessários cuidados para com a vida ditados pelas autoridades em saúde. Isso me fez lembrar da seleção natural, da Teoria da Evolução de Charles Darwin, na qual se enquadram tais apegados à matéria, ao afirmar que os organismos mais adaptados ao ambiente têm maiores chances de sobrevivência. Portanto, esses indisciplinados perecerão.

Havemos de entender e assimilar que o atual peneiramento proporciona a mudança de valores, mostrando que só sobreviverão os valores mais sólidos, que são os valores do ser, os do eu espiritual.

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Repito que a renúncia e o desapego ao material foi a principal lição trazida para que os bons aprendizes a pratiquem, capacitando-os a um mundo melhor.

A Terra será dos sobreviventes desse lixo em que tudo é feito por dinheiro, em que tudo é pela matéria, sejamos nós participantes do alvorecer dessa nova era.

Obrigado por me ouvir.

Sobre o autor

Vander Luiz Rocha

Vander Luiz Rocha, nascido na cidade de Conselheiro Lafaiete, no estado de Minas Gerais, Brasil, em 1939.

Criado dentro dos princípios da tradicional família mineira, teve no catolicismo a sua primeira religião.

Na adolescência, dos 7 aos 14 anos, fez, como interno, o Seminário Menor da Ordem dos Redentoristas, na época em Congonhas do Campo, MG. Naqueles momentos o cenário de vida foi o barroco e o fundo musical o canto gregoriano.

Deixando o seminário, tornou-se não religioso e se dedicou aos estudos e ao trabalho em Belo Horizonte. Inicialmente se formou em contabilidade e, posteriormente, graduou-se em administração, com o título de bacharel. A sua vida privada foi alimentada por essas profissões.

Em 1973, mudou-se com a família, esposa e três filhas para São Paulo, indo residir no ABC Paulista, em São Caetano do Sul, trabalhando em empresas da região, tendo se interessado pelo espiritismo e adotando-o em 1976 como escola de vida.

Após preparar-se em cursos feitos sob supervisão da Federação Espírita de São Paulo, SP, tornou-se servidor, no segmento palestrante, e expositor de cursos em casas de socorro espiritual, e com os socorridos muito aprendeu.

Nos dias atuais, continua a se dedicar à filosofia espiritualista, adaptando as palestras para textos escritos.

Possui várias obras editadas e ganhou prêmios literários.

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