Autoconhecimento Comportamento Convivendo

O que colhemos?

Mãos de um idoso entregando o Planeta para uma criança
Przemyslaw Koch / 123rf
Escrito por Vander Luiz Rocha

Somos eternos aprendizes da vida em um mundo não tão justo nem tão perfeito. Plantamos o nosso futuro com as sementes das nossas intenções.

Vemos barbaridades, como negros serem assassinados com atrozes requintes, apenas por terem nascidos negros. Com a sistemática divulgação de ilícitos de todas as espécies, faz-se apologia ao crime, tornando-o costumeiro. Temos a nossa bela natureza devastada em troca de moedas; dá-se, a cada instante, a banalização da crença pelo descaminho de crentes e a exaltação de posses, guerras…

Esse tormento traz a desesperança, fazendo-nos espiritualmente debilitados, daí ficarmos à mercê da depressão e da ansiedade, a doença surge.

Com o corpo debilitado e a mente enfraquecida, caímos no desalento. Prostrados, sem reação, chegamos ao fim da existência terrena e entramos no plano espiritual como suicidas.

Por que suicida? Sim, suicídio involuntário, porquanto a não luta pelo acerto permitiu a debilidade do corpo e a sua morte, é ter-se deixado envenenar.

Pelo exercício da vontade havemos de ir para a superação, persistindo na justeza do caminho e pautando-o com o equilíbrio.

“Para Aristóteles, a virtude é a habilidade de escolher o grau correto ou a intensidade da ação dentro da escala de possibilidades. Em outras palavras, ser virtuoso é saber escolher o caminho do meio.” 1

Homem oferecendo guarda-chuva para o outro que não tem
Prazis / 123rf

Havemos de nos cuidar com o que pensamos, com o que falamos, como agimos e como é o nosso modo de vida na prática da virtude, conforme o postulado aristotélico supratranscrito. Havemos de nos precaver contra o apedrejamento dos desvios a que somos submetidos e que domina o planeta.

Nós, aprendizes, temos de cuidar para que a nossa expressão verbal se dê com adequação aos propósitos do bem; que adquiramos a visão exata do que vemos, pois que, como sabemos, nem tudo é o que parece ser. Que nossas ações sejam compatíveis com o acerto e se prestem ao exemplo; atentarmos ao empenho adequado dos afazeres, não permitindo os excessos que nos debilitam; meditar sobre si e ter modo de vida adequado aos bons costumes, segundo nossa cultura. Para que isso seja possível, o ponto primeiro, fundamental, é ser cuidadoso em manter o pensamento correto para que não seja infectado pelo cotidiano bombardeio de coisas ruins.

Entendamos que esse metralhar de desencantos não deve se prestar à revolta, são lições de como não fazer, nos mostrando a direção do correto.

Guardemos a máxima kardequiana: “O plantio é facultativo, mas a colheita é obrigatória.”

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Quem nada planta, nada colhe, quem planta espinheiro colhe espinhos, portanto não plantemos o ódio apregoado e ao qual somos induzidos; plantemos, a cada instante, o melhor de nós para saborearmos os frutos desse plantio.

Obrigado por me ouvir.


1 Ética em Aristóteles — Sérgio Biagi Gregório

Sobre o autor

Vander Luiz Rocha

Nascido em Conselheiro Lafaiete–MG em 19/09/1939, é um escritor e palestrante brasileiro, conhecido por suas contribuições na área de literatura e desenvolvimento pessoal. Com uma abordagem que combina a arte de dissertar, usando técnicas de roteiristas e escritores para transmitir uma mensagem de forma inesquecível com reflexões profundas sobre a vida, ele visa inspirar e motivar seu público através de suas obras e palestras.
Como autor, aborda temas variados, desde ficção até não ficção, sempre buscando transmitir mensagens que promovam o autoconhecimento e a superação.

Suas palestras costumam ser dinâmicas e envolventes, permitindo que os participantes se conectem com suas experiências e aprendizados.
Além de sua atuação como escritor e palestrante, Vander também é colunista em portal web e está envolvido em projetos sociais ou iniciativas que visam impactar positivamente a comunidade.

Seu trabalho é uma combinação de criatividade, empatia e um forte desejo de auxiliar os outros a encontrarem seu próprio caminho.

Suas obras são:
1. Manual do Passe Espírita;
2. O Andarilho do Cosmo. (Metáfora sobre o caminhar do espírito);
3. Confluências–Coletânea de novelas. (Ou macrocontos);
4. Voltei, Quero Viver. (História contada por um abortado);
5. Deixo-lhe a Rosa;
6. O Baile do Palhaço;
7. Alma maculada;
8. A Noite da Formatura (Espiritualista)
9. Escapando da Paranoia. — Relata momentos difíceis vividos nos dias da ação militar em 1964;
10. Acidente no Motel;
11. Ady-Hes: A Missão;
12. Um Artista Brilhante;
13. Seja Bem-vindo, Filho!

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