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O que é Transtorno de Personalidade Borderline e por que buscar tratamento psicológico

Imagem de uma mulher com sintomas do Transtorno de Personalidade Borderline.
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Escrito por Carla Marçal

O Transtorno de Personalidade Borderline envolve emoções e relações intensas e instáveis, medo de abandono, impulsividade e sensação de vazio. Com psicoterapia e apoio, é possível regular emoções, fortalecer vínculos e reconstruir a relação consigo mesmo.

O Transtorno de Personalidade Borderline, ou TPB, é uma condição de saúde mental caracterizada por padrões intensos e instáveis de emoções, relacionamentos e autoimagem.

Quem convive com o transtorno pode experimentar mudanças rápidas de humor, dificuldade em lidar com o medo de abandono, comportamentos impulsivos e uma sensibilidade elevada a situações que, para outras pessoas, parecem menos significativas.

Essa intensidade não é simples sensibilidade emocional. Trata-se de uma forma de funcionamento psíquico que impacta a vida cotidiana, as relações e a percepção de si.

Um dos aspectos marcantes do TPB é a instabilidade nos relacionamentos. A pessoa pode idealizar alguém e, pouco tempo depois, sentir raiva ou decepção intensa. Essa oscilação, conhecida como “preto no branco” ou “tudo ou nada”, dificulta a manutenção de vínculos estáveis. Ao mesmo tempo, o medo intenso de ser rejeitado ou abandonado pode levar a esforços desesperados para manter a proximidade, mesmo quando isso causa sofrimento.

No campo emocional, as variações de humor são rápidas e intensas. Uma situação pequena pode provocar tristeza profunda, raiva intensa ou ansiedade elevada. Essas mudanças não acontecem de forma voluntária, mas refletem como o sistema emocional reage e processa estímulos.

Em muitos casos, há também uma dificuldade em reconhecer e nomear as próprias emoções, o que pode levar a comportamentos impulsivos como gastos excessivos, uso abusivo de substâncias, compulsões alimentares ou autolesão.

Outro ponto frequente é a sensação de vazio persistente. Essa experiência não é apenas estar entediado ou insatisfeito, mas uma percepção constante de falta de sentido ou de desconexão interna. Muitas pessoas com TPB relatam que não sabem exatamente quem são, o que gostam ou o que querem, o que gera uma busca constante por algo ou alguém que traga segurança e identidade.

O TPB não tem uma única causa. Ele se desenvolve a partir de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Experiências traumáticas na infância, negligência emocional, instabilidade familiar ou situações de abuso podem estar presentes na história de vida, mas nem sempre. Há também evidências de predisposição genética e diferenças na forma como o cérebro processa emoções e controla impulsos.

Imagem de uma mulher com O Transtorno de Personalidade Borderline, passando por uma sessão de terapia.
MART PRODUCTION / Pexels / Canva

A psicoterapia é o tratamento de primeira escolha para o transtorno. Ela oferece um espaço seguro para que a pessoa compreenda seu funcionamento emocional, identifique padrões que geram sofrimento e desenvolva recursos para lidar com eles. Diferentes abordagens podem ser indicadas, como a Terapia Comportamental Dialética (DBT), a Terapia Focada em Esquemas e a Terapia Baseada em Mentalização. Todas têm em comum o objetivo de fortalecer habilidades emocionais e melhorar a qualidade das relações.

O tratamento não busca eliminar emoções intensas, mas ajudar a regulá-las para deixarem de controlar as escolhas e a vida. Isso inclui aprender a reconhecer sinais de escalada emocional, encontrar formas alternativas de reagir e reconstruir a relação consigo mesmo. Muitas pessoas, ao longo do processo, relatam uma diminuição na frequência e intensidade das crises, maior estabilidade nos vínculos e um senso mais claro de identidade.

A psicoterapia também contribui para reduzir comportamentos de risco. Ao compreender os gatilhos e trabalhar novas respostas, a pessoa passa a ter mais opções além da impulsividade. Isso melhora não só a saúde mental, mas também o bem-estar físico e a segurança no dia a dia.

Conviver com o TPB pode ser desafiador, mas o diagnóstico não define o destino de quem o recebe. Com acompanhamento especializado, é possível criar uma vida mais estável e satisfatória. O caminho envolve paciência, comprometimento e, muitas vezes, o apoio de familiares ou amigos que compreendam o processo.

Tratar o transtorno na psicoterapia não significa apenas reduzir sintomas. É uma oportunidade de construir relações mais equilibradas, desenvolver autonomia emocional e resgatar a sensação de pertencimento a si. Quanto mais cedo o tratamento começa, maiores são as chances de mudanças significativas e sustentáveis.

Sobre o autor

Carla Marçal

De uma carreira de destaque em grandes corporações à busca incansável por um propósito mais profundo, minha jornada de vida tem sido uma busca constante por significado e realização. Como psicóloga integrativa de formação, alcancei o sucesso profissional em níveis diretivos, acumulando todas as conquistas tradicionalmente associadas à felicidade.

No entanto, sempre senti que faltava algo, uma lacuna na minha busca pela plenitude. Paralelamente à minha carreira, mergulhei nos estudos do comportamento humano, obtendo formação como psicodramatista e aprofundando meu conhecimento em coaching, PNL, antroposofia e outras técnicas. Meu objetivo era claro: auxiliar indivíduos e organizações a prosperarem em processos de mudança, humanização e desenvolvimento pessoal e profissional. Mas ainda assim, algo essencial parecia escapar.

Em 2017, um diagnóstico de câncer de tireoide transformou minha vida de maneira profunda. Optei por um período sabático que se revelou um mergulho profundo em busca do meu verdadeiro propósito. Devorei livros, concluí cursos com diversos mentores e explorei todas as ferramentas disponíveis para desvendar meu destino. Foi nessa jornada de autoconhecimento que encontrei o ThetaHealing®, e minha vida deu um giro transcendental.

De cliente, me tornei terapeuta e instrutora oficial dessa incrível técnica. Além disso, obtive a certificação como operadora de mesa quântica estelar e mesa quântica estelar-pets, além de me tornar professora de MQE. Hoje, sou movida por uma paixão ardente pelo que faço, e vivo plenamente de acordo com meu verdadeiro propósito: espalhar luz, boas vibrações, alegria e energias positivas para ajudar pessoas e o planeta a desfrutar de uma vida plena e feliz.

Minha maior realização é auxiliar pessoas e animais a alcançarem a saúde mental, emocional e física que merecem. A transformação de vidas é a essência do meu trabalho, e estou dedicada a disseminar cura, amor e crescimento, proporcionando uma jornada de descoberta e renovação para todos aqueles que cruzam o meu caminho. Acredito que todos podem alcançar um estado de harmonia, e é isso que me impulsiona a continuar, cada dia, nessa incrível jornada de cura e evolução.

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