Filosofia

Os Lírios de Vincent Van Gogh

Uma repintura de 'Os Lírios' de Van Gogh.
Vincent Van Gogh / rawpixel.com / Canva / Eu Sem Fronteiras

Está suficientemente visível que a beleza é a salvação da alma humana, no momento deparo-me com algo que o próprio Van Gogh se apaixonaria; esse sentimento merece ser sentido e não banido. Schopenhauer me odiaria.

Não mereço descrever perfeitamente esse acontecimento. Meu escrito parece levar ao absurdo: como algo belo pode me afetar tanto? Tenho minhas sinceras dúvidas. O fato é que a arte salva momentos. Acredito que finalmente estou entendendo o significado de tal expressão.

O belo é aquilo que atrairia dois homens por um único motivo aparente: sua totalidade, sua harmonia e sua grandiosidade? De fato, o belo é algo criado pelo próprio Deus, e isso não é visível aos seus olhos? Um único motivo de perdão pode ser descrito neste momento: o Deus todo poderoso cria um mundo perfeito e sua beleza é acessível aos nossos olhos e ao simples toque.

A vida e a morte são condições de nosso ser, equilibram-se numa corda fraca prestes a se romper, todavia qual consolo posso encontrar neste momento? O mistério da imortalidade é igual à chegada da primavera, discreta e certeira. Mesmo assim, é impossível ser consolada por tal.

Uma floresta vívida em tons de verde, coberta por um forte feixe de luz intersecionado e fragmentado por uma grande quantidade de árvores. À direita, por sua vez, uma floresta recoberta, imensamente, por uma bruma cinzenta. Suas árvores não têm folhas. Cada uma dessas florestas representa, respectivamente, a vida e a morte.
Reinhardi de pixabay / Canva

Pode-se afirmar que, em razão de tal expressão, o valor que é atribuído aos seus olhos é aquilo que poderia ser chamado de consolo supremo. Não me trate indiferente como aquilo que foi dito pelos antigos como a Indiferença da natureza perante a morte. O nascer é morrer? Interessante: a natureza me prova o contrário.

O vazio da minha existência é anulado por tais lírios. Acredito que o próprio Deus foi responsável por tal criação. Diferentemente de Schopenhauer e Camus, não sou ateísta. Acredito que ambos mudariam sua opinião ao contemplar tal fenômeno. Acredito que Schopenhauer abraçaria a metafisica cristã e Camus mudaria o estilo de seu existencialismo.

Desejaria que apenas uma noite, tal belo dirigisse seus pensamentos para um futuro não longínquo e me encontrasse debruçado em meus pensamentos escrevendo tais cartas para meu lírio que se foi.

Se existe um belo, como dito e ensinado por Santo Agostinho, desejaria que fosse ela, todavia inúmeros críticos me condenariam ao passar por estilos diferentes em milésimos de segundo. Queridos lírios, encerrarei meu sofrimento desejando encontrar vocês. Que o Deus todo poderoso interrogue o destino por tal falta que ele me cometeu.

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Mas a pergunta é: você estaria me esperando encerrar esses escritos para perguntar o que sinto por você?

Sobre o autor

Jonathan Gomes de Brito

Estudante de administração e Teologia.
tentando chamar um pouco de atenção escrevendo algumas coisas.

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