Filosofia

Arthur Schopenhauer — Quem foi, o que pensava e contribuições com a humanidade!

Estátua do filósofo Arthur Schopenhauer do artista Friedrich Schierholz de 1895 em Frankfurt.
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Escrito por Eu Sem Fronteiras

Sempre que falamos sobre como a vida é difícil, sofremos constantemente e as probabilidades de as coisas darem certo são baixas, aparece alguém para nos chamar de pessimista. Agora, imagine ser conhecido como o maior pessimista da história! Esse é um dos apelidos do filósofo Arthur Schopenhauer.

Considerado um dos maiores pensadores da nossa história, Schopenhauer ficou conhecido por suas ideias pessimistas e por sua visão um tanto quanto negativa a respeito da vida. Preparamos um artigo para que você entenda quem foi ele e quais foram suas principais ideias. Confira!

Quem foi Arthur Schopenhauer?

Arthur Schopenhauer nasceu em Danzig, na Alemanha, em 1788, e morreu em Frankfurt, no mesmo país, em 1860, aos 72 anos. Ele é considerado um dos maiores filósofos alemão e é conhecido como um dos maiores pensadores pessimistas da história.

Schopenhauer, desde muito cedo, era interessado por idiomas, tendo aprendido espanhol e italiano ainda na adolescência. Ele entrou na Universidade de Gotinga para estudar Medicina, aos 18 anos, mas logo mudou de curso e se graduou em Filosofia, bastante influenciado pelas ideias de Immanuel Kant.

Composição com livro aberto sobre a mesa.
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Tendo vivido uma vida discreta como professor e tradutor, as obras publicadas por ele nos anos de juventude foram pouco admiradas. Foi somente com mais de 60 anos que conseguiu alguma popularidade, com sua obra “Parerga e paralipomena” (1951). Daí em diante, seus livros anteriores, que tiveram fracassos de venda e críticas, passaram a ser cada vez mais estudados e admirados. Schopenhauer morreu aos 72 anos depois de mais de um ano sofrendo com tosses incessantes e taquicardia.

Principais ideias de Schopenhauer

A ideia mais conhecida de Schopenhauer é a de que viver é sofrer. Segundo o filósofo, a vontade é a força motriz do mundo, mas também de todo o nosso sofrimento, visto que nem sempre conseguimos realizá-la, pensamento que deu à sua obra contornos pessimistas. De acordo com ele, somos infelizes e apenas conhecemos breves momentos de felicidade.

Ainda segundo a obra do filósofo alemão, nunca teremos a capacidade de conhecer as coisas como elas são de verdade, porque aquilo a que temos acesso é baseado nas nossas impressões e na nossa subjetividade. Como é impossível se despir delas, será impossível também conhecer as coisas como são verdadeiramente.

Por fim, outra de suas ideias é a falsa ideia de liberdade. Em seu livro “O mundo como vontade e representação”, ele escreveu o seguinte: “O maior grilhão do homem é acreditar que nunca esteve agrilhoado”, portanto, segundo ele, apenas temos uma noção irreal de que temos liberdade e independência, porque a verdade é que estamos presos à sociedade, ao sistema, às convenções etc.

Frases marcantes de Schopenhauer

O destino baralha as cartas, e nós jogamos.”

Muitas vezes, temos a arrogante e egoísta sensação de que comandamos a vida e temos algum poder sobre ela, mas ela sempre dá um jeitinho de jogar fora todos os nossos planejamentos e apresentar as mais diversas e absurdas surpresas, mostrando que ela é quem está no poder e que nós apenas jogamos o jogo dela de acordo com o necessário.

Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.”

Só podemos nos livrar do medo de morrer e de ver a vida acabar se perdermos o medo de vivê-la intensamente enquanto estamos aqui, por que de que valeria estar vivo e não aproveitar tudo o que a vida tem a oferecer? Uma vida assim é vazia, por isso devemos viver tudo o que a vida tem a oferecer sem medo de nada!

Mulher de braços abertos de frente para uma paisagem
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Sentimos a dor, mas não a sua ausência.”

É engraçado como a dor pode atrapalhar a nossa vida e transformar um dia bom em um dia péssimo, mas mal notamos quando não estamos sentindo dor nenhuma, certo? Que aprendamos a valorizar os momentos em que estamos com o coração leve, sem dor, e a mente em harmonia, sem nenhum problema.

Ler quer dizer pensar com uma cabeça alheia, em lugar da própria.”

Quando abrimos um livro, estamos, na verdade, dedicando um momento das nossas vidas a ver o mundo através dos olhos de outra pessoa e a adentrar em pensamentos e sentimentos que não são nossos, por isso é incrível o que uma leitura pode oferecer: uma oportunidade de sair um pouco de si e de ocupar a visão do outro.

O destino é cruel e os homens são dignos de compaixão.”

Sim, há muita maldade entre os homens, mas a verdade é que o destino, essa “divindade” cruel e que faz o que quer de nós, é o principal culpado e responsável por boa parte das dificuldades que enfrentamos na vida, por isso merecemos, no fim das contas, compaixão e amor, já que sofremos tanto.

Duas mãos se aproximando
Anna Shvets / Pexels

Toda a nação zomba das outras e todas têm razão.”

Patriotismo é uma das coisas mais bobas que existem no mundo, não é? Tirar sarro de outra pessoa só porque você nasceu aqui e ela lá… de que adianta isso? Muitas vezes, a pessoa que está tirando sarro sofre muito mais do que o outro. A verdade é que há sofrimento e alegrias em todos os lados e cantos, então que saibamos valorizar a diversidade!

Como aplicar a filosofia de Schopenhauer em sua vida

A principal ideia da obra de Schopenhauer, de que viver é sofrer, pode ser assimilada em nossa vida, ajudando-nos a entender que, apesar das muitas vontades que temos, será praticamente impossível realizá-las. Ainda que isso tenha uma carga negativa e pessimista, você pode entender essa ideia como algo que o liberta da expectativa de conseguir ser bem-sucedido o tempo todo.

Outra ideia importante que pode ser assimilada em nossas vidas é a de que jamais conheceremos a verdade de nada que é exterior a nós, porque tudo o que conhecemos, vemos e sentimos passa pelos filtros da nossa subjetividade, então é preciso ter humildade para reconhecer que, no fim das contas, nada sabemos.

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A última ideia de Schopenhauer apresentada aqui também pode ser aplicada em sua vida. Ainda que seja um tanto quanto triste reconhecer que, afinal, não temos a liberdade que imaginamos ter, isso tira pesos de nossas costas e nos ajuda a entender que, ainda que queiramos viver algo diferente e ser diferentes, somos, no fim das contas, parte de um todo, de algo que compartilhamos com todos e do qual não temos a chance de poder fugir.

Agora que você conhece algumas das principais ideias desse que é um dos principais filósofos da nossa história, considerado o “pai” do pessimismo, o que você achou da obra dele? Acha que algo pode ser aplicado na sua vida? Compartilhe conosco as suas impressões a respeito do trabalho de Arthur Schopenhauer.

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