Filosofia

O mistério da vida sentida não universal

Rosto feminino com uma sobre posição de galáxia.
Lia Koltyrina / Shutterstock

O mistério da vida talvez seja um segredo ou uma ilusão da vida que surge como uma energia composta por uma complexidade em si. Cada criatura é uma energia, inclusive os animais, insetos, a natureza, tudo em movimento como o próprio tempo, tudo é uma energia peculiar no Universo.

Todos ouvimos falar que ninguém é igual ninguém. Fato. Existem no planeta mais de 7 bilhões de seres humanos, com pensamentos diferentes uns dos outros. Essa pluralidade faz a vida ser maravilhosa, ao passo que uma pessoa aprende com a outra. Cada qual emprega em si características diferentes, costumes diferentes, religiões diferentes, culturas diferentes.

Grandes filósofos deram suas contribuições ao mundo em relação ao que pensavam sobre os mistérios da vida. Até as próprias religiões, cada uma delas compreende o Universo, a vida, de forma específica e peculiar. Não obstante, cada grupo social, organizações e instituições, cada qual enxerga o mundo de forma condicionada aos seus interesses.

A vida é um grande problema no sentido de achar nela seu próprio sentido de ser. Os religiosos – não todas as religiões, apenas algumas; elas anulam essa vida – negam essa vida em virtude de um afã por um céu, paraíso e coisas assim após a morte. Seria necessário negar esse mundo para ingressar em um mundo espiritual?

Se você não pesquisar sobre suas crenças, você vai ser um zé mané que qualquer vento leva. Por exemplo: você leu sobre possíveis obscuridades que tratam sobre sua fé? Você pode estar sendo enganado por sua crença. Basta ter a disponibilidade de pesquisar.

Certa vez, eu, Nilo Deyson, conversava com um casal que, questionando os motivos de Adão e Eva serem supostamente brancos, queriam saber como surgiram os negros no mundo. Na ocasião, eu passei para eles uma dica de leitura em fontes confiáveis que tratavam do início da humanidade. Eu pedi que eles lessem sem se fecharem, deixando as paixões religiosas de lado. Três semanas após nossa conversa, encontrei o casal em um mercado, e ambos me agradeceram, pois haviam descoberto que a religião deles era apenas uma possibilidade da verdade, mas não se sustentava diante do que leram da história verdadeira e real, ou bem mais próxima da realidade.

Homem negro lendo um livro e pensando.
Thirdman / Pexels

Nesse sentido, houve um rompimento e uma liberdade total diante do universo das possibilidades. Então, ao me despedir do casal, deixei a seguinte pergunta sem resposta: “Para você, de verdade, faz sentido a vida e isso que você faz com ela?”.

Saí e nunca mais vi o casal.

O fato é que a vida não pode se fechar, se resumir naquilo que tenho como convicção. Isso trará angústia e tristeza no final das etapas. A vida é solta, livre de toda ordem!!!

Alguns filósofos defendiam que o ser livre é como o ser primitivo, não estariam prontos para a vida social. Outros diriam que a liberdade traria uma busca pelo conhecimento para não se depender de governos ou circunstâncias de proteção ou apadrinhamento.

A vida é plural, difícil e muito complexa.

Essa vida sentida não é universal, no contexto de pensamentos igualitários. Nem poderia ser, óbvio.

Precisamos aprender a ter atenção na vida pela consciência em saber os motivos pelos quais fazemos o que fazemos. Isso faz sentido? Exatamente por quem eu faço isso que faço? Quem seria eu fora daqui?

Se você morasse em um país no continente asiático ou em um país nórdico, você teria a mesma mente que tem agora?

Homem ao lado da janela sentado e pensando.
mentatdgt / pixabay

A vida é um estrangeiro no inédito e, pelo espanto, ela dá à luz a experiência, seja pela expectativa ou pelo desapontamento diante dos infortúnios do mundo agressor, essa vida é sem explicação concreta.

A vida é angústia, alegria, desejos e sentimentos. Essa fonte de energia que surge de um lugar no qual ainda estamos engatinhando para compreender.

No momento em que descobrimos quem somos, também descobrimos outras questões obscuras até então em nossa real natureza da consciência.

Cada um sentirá a vida de forma não universal. Somente você sente o que sente, e ponto.

Sentir sozinho talvez seja angustiante para uns, entretanto tudo no movimento do tempo passa, inclusive isso aí que você estiver sentido ao ler este texto.

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Não se preocupe com nada que não esteja sob o domínio de sua decisão, que depende apenas de você.

Tudo que foge de seu poder de decisão, não se esforce por isso, não. Evite gastar tempo e energia com aquilo ou aqueles que não estão sob sua vontade de decisão.

Enfim, mantenha a paz interior, pois são muitas as circunstâncias que tentam te tirar a paz. Porém ignore sentimentos que te fazem sofrer, pois eu é que decido o que quero sentir, e não minha emoção. Se você dominar suas emoções, se for forte, você domina seu universo. Essa vida é uma incógnita, um mistério. Amanhã talvez não exista. Um amanhã igual a ontem foi por afã.

Sobre o autor

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou filósofo, escritor, poeta, colunista e palestrante.
Meus trabalhos culturais estão publicados em diversas plataformas. Tenho obras e livros publicados.

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Sou uma incógnita que deve ser lida com atenção e talvez somente outras gerações decifrem meu espírito artístico. Sou muitos em mim e todos se assentam à mesa comigo. Posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

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