Saúde Integral

Os riscos dos analgésicos

Escrito por Eu Sem Fronteiras

A origem da palavra analgésico explica sua função: vem do grego an = “sem” e algós = “dor”. Essa classe de medicamento não deixa que o cérebro perceba sinais de dores e inflamações. Ele leva de 30 minutos a uma hora para agir e sua ação acaba em três horas. Alguns são vendidos sem receita e o abuso no consumo mascara e agrava o problema original, além de provocar outros males. Achou exagero? Melhor ler o que temos a dizer para descobrir os riscos dos analgésicos.

Tipos de analgésicos

Antes de falar de tomá-los por conta própria, vamos falar sobre as duas categorias e suas ações:

Periféricos: geralmente vendidos sem receita, caem na corrente sanguínea e a área dolorida ou inflamada captura os princípios ativos.

Central: de uso controlado, é indicado para dores crônicas de problemas como o câncer. O analgésico central tem morfina e outros derivados do ópio na formulação e age no cérebro e na medula espinhal. Esta categoria pode causar dependência, pois ativa as mesmas áreas que a heroína.

Os analgésicos mais conhecidos

Ácido acetilsalicílico: alivia dor de cabeça, cólica menstrual, dor nas costas e sintomas de resfriados. Também é receitado para impedir a formação de coágulos.

Contraindicações: pessoas com gastrite, asma, rinite, crianças com catapora e em casos de suspeita de dengue.

Paracetamol: a diferença para o ácido acetilsalicílico é que o paracetamol não age como anti-inflamatório.

Contraindicações: pessoas com problemas no fígado e alcoólatras.

Ibuprofeno: indicado para dor muscular, de cabeça e cólicas menstruais leves e moderadas.

Contraindicações: problemas cardíacos, nos rins e estômago.

Perigos dos analgésicos

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças do governo americano revelou que a morte por overdose de remédios triplicou entre 1990 e 2008. Só em 2008, foram quase 15 mil mortes, a maioria causada pelos analgésicos com ópio na fórmula. Dos 633 pacientes da Unidade Escocesa de Transplante de Fígado monitorados pela Universidade de Edimburgo (Escócia), 161 abusaram dos analgésicos.

No Brasil, a pesquisa do neurologista Ariovaldo Alberto Júnior, diretor da Sociedade Brasileira de Cefaleia, fez uma importante descoberta: 3,6% dos 2 mil habitantes de Capela Nova (MG) sofriam diariamente com dores de cabeça. O motivo? Consumo desenfreado de analgésicos.

Dependência

Os analgésicos à base de morfina e derivados do ópio causam dependências entre pessoas com fibromialgia e profissionais de saúde. A luta contra o vício começa nas clínicas especializadas e ganha força com terapias alternativas como a acupuntura e a quiropraxia. Especialistas explicam que a quantidade é diminuída gradativamente.

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A automedicação acaba somente com informação. Não tome remédios sem prescrição médica e leia mais aqui.


Escrito por Sumaia Santana da Equipe Eu Sem Fronteiras

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