Autoconhecimento Comportamento Convivendo Doutrina Espírita Espiritualidade

Os títulos e bens mundanos

Um casal rico composto por uma mulher e um homem estão saindo de um helicóptero.
Kentarus / Getty Images Signature / Canva
Escrito por Luiz Guimaraes

Lembramos a importância do zelo para a vida transcendental, já que todos nós somos espíritos. E, na viagem comum a todos só levamos a consciência. O que são os verdadeiros bens que importam para o espírito? Como a busca por títulos e riquezas pode desviar nossa atenção do que é essencial? Descubra neste artigo!

“Transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Paulo (Romanos 12:2).

A Humanidade, mergulhada na vida material, exalta em demasia os títulos que recebe e os bens que possui, ativando o orgulho, a vaidade e outros sentimentos inferiores. Não se apercebeu, ainda, de que o corpo físico é provisório e específico para a atual encarnação. Obviamente, não devemos condenar os êxitos decorrentes dos esforços de cada um. É motivo de satisfação e devemos comemorar essas vitórias. Mas esse entusiasmo não deverá nunca superar o real sentido da vida, que é espiritual.

Nesse contexto, a riqueza apresenta-se como um desafio para aqueles que a recebem por empréstimo de Deus. Ela, como nossas existências, é transitória… Atentemos para o contido em Lucas 12:15: “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”.

No livro Leis Morais da Vida, Cap. 19, O Dinheiro, pág. 39, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, temos: “(…) Sua correta aplicação impõe responsabilidade e discernimento, tornando-se fator decisivo na edificação dos alicerces das nações e estabilizando o intercâmbio salutar entre os povos”.

As mãos de uma mãe, um pai e um filho (criança) estão umas sobre as outras segurando um pote com dinheiro dentro, indicando que são as economias da família.
SewcreamStudio / Getty Images / Canva

Ainda sobre a riqueza, temos no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, Item 7: “(…) É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. É o que mais poderosamente liga o homem à Terra e desvia os seus pensamentos do céu. (…) Cabe ao homem transformá-la em fonte de bem. Se ela não é uma causa imediata do progresso moral, é, sem contestação, um poderoso elemento do progresso intelectual”.

Os acontecimentos do dia a dia confirmam as oscilações do nosso estado de espírito. Os impactos que nos chegam são de toda ordem e nem sempre agradáveis, a ponto de ficarmos felizes. É preciso que tenhamos controle emocional para não desaguarmos no desespero, absorvendo energias nocivas que nos trarão prejuízos de ordem mental, física e espiritual. Muitas vezes poderão ser provas para que possamos com paciência, superá-las. E, não raro, trazem lições que nos elevam na compreensão e aceitação dessas ocorrências. Elas fazem parte do aprendizado e experiências que precisamos vivenciar.

A busca da felicidade deve ser constante, mesmo conscientes de que na Terra ela é relativa e nunca completa, pois todos nós estamos reeducando o Espírito dos equívocos contraídos. Vejamos o Livro dos Espíritos na questão 920: “O homem pode gozar na Terra uma felicidade completa? R- Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação, mas dele depende abrandar os seus males e ser feliz quanto se pode ser a Terra”.

Nosso júbilo deve ser em razão daquilo que pensamos e fazemos. As atitudes representam o espelho da nossa alma. Essa é a melhor realização e o mais significativo bem de que podemos dispor. As nossas virtudes são as ferramentas que farão ecoar os nossos sentimentos na caminhada evolutiva.

A vida é um canteiro de obras e reflexões! São oportunidades que precisamos aproveitar e agradecer sempre ao Criador, que nos oferece o que precisamos para a nossa evolução espiritual. Não nascemos para sermos infelizes. Contudo, temos compromissos a cumprir, acordados no nosso planejamento reencarnatório. Daí, a importância desse conhecimento e aceitação das tarefas que precisamos realizar. (A Doutrina dos Espíritos, ao aguçar nossas consciências, leva-nos à responsabilidade).

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

Contato:

Telefones: (81) 9 9973 6363 | (81) 9 9290 7030

E-mails: lgprojet@gmail.com | lgprojet@bol.com.br | lgprojet@uol.com.br | lgprojet@terra.com.br

Site: Poesias Luiz Guimarães