Autoconhecimento Psicapometria

Por que acumulamos lixo que não nos pertence?

Escrito por Paulo Tavarez

O estado de graça é o nosso estado natural. Por que não nos sentimos nesse estado? Simplesmente por estarmos fora da nosso estado natural, fomos expulsos desse paraíso, assim, passamos a nos orientar por modelos e crenças que vieram de fora e uma personalidade complexa foi construída, com características particulares.

Hoje já não sabemos mais quem somos, apenas sentimos os efeitos e implicações de todas as construções mentais infelizes que passaram a reger nosso caminho.

Vivemos como escravos daquilo que nos ensinaram a acreditar. Está na hora de entendermos que tudo que existe de ruim dentro da gente, não é nosso. Tudo que não se ajusta ao nosso “Bem Maior” e me provoca desconforto, veio de fora. Muitas coisas nós colocamos, mas muitas foram colocadas.

Foram colocadas pela educação, pelas religiões, pelas filosofias, pelas normas sociais, pelo eventos que ficaram registrados no inconsciente e, principalmente, coisas que foram colocadas por nós mesmos, por livre escolha, contando com a nossa permissão, justamente, por falta de entendimento.

O objetivo não é procurar os culpados, mas começar uma faxina. Todo processo de cura é um processo de limpeza. Todo processo de cura é devolver para o Universo aquilo que não nos pertence. Nunca nos pertenceu! A raiva é um resposta emocional para eventos que vêm de fora, o medo é acionado por eventos vêm de fora, as culpas vieram de fora, as frustrações vieram de fora e assim por diante.

A nossa imaturidade responde pela falta de recursos emocionais para processarmos de forma eficiente os eventos externos, assim problematizamos tudo. Criamos um programa emocional que é resultado de experiências ruins e frustrantes e nos identificamos com tanta intensidade com esse programa que perdemos toda a conexão com a realidade.

Está na hora de aprender que o que é nosso faz parte de nossa essência, jamais nos fará sofrer. O que é nosso é eterno, incontaminável, perfeito, enfim, trata­se de nossa Centelha Divina, do nosso Self, do Cristo em nós, de Deus, do Pai, de Allah, seja lá qual for o nome que você queira usar.

O que é nosso é Divino. O ego suja, o Self limpa e limpa com a dor, com o trabalho, com as experiências reencarnatórias de ajuste, enfim, todo desenvolvimento humano se articula em torno de um processo de limpeza e manifestação. O grande problema do ser humano é achar que ele é o lixo que carrega. O ser humano se identifica tanto com esse monturo de coisas inúteis que acumula, que a sua natureza se transforma no sofrimento e como nos ensinou o príncipe Sidharta, o sofrimento é a primeira Nobre Verdade.

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Voltar à casa do Pai é isso, é retornar para a própria realidade, sair do inferno de ilusões que sempre encontrou aderência em nossa alma. Esse é o verdadeiro sentido da parábola do filho pródigo. Esse é o retorno daquele que estava morto e agora vive.

Como na história, nós conhecemos o mundo, gastamos nossos recursos, experimentamos os prazeres terrenos e quando acordamos, estávamos em piores condições que os animais. Voltar à casa do Pai significa voltar­se para dentro de si mesmo e busca desse paraíso perdido. Significa reencontrar-­se com a única e eterna realidade.

Sobre o autor

Paulo Tavarez

Instrutor de yoga, pedagogo, escritor, palestrante, terapeuta holístico e compositor. Toda a minha vida tem sido dedicada à construção de um mundo melhor.

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