Não há quem não se espante com a rapidez de aprendizagem e a familiaridade que as crianças têm, cada vez mais, com as tecnologias recentes. É como se um bebê já saísse da barriga da mãe com o dedinho em riste pronto para encarar as 50 mil oportunidades que uma tela touch screen te proporciona. Mas a questão é: será que esta é realmente uma evolução na vida das crianças?
Quando falamos de uma criança então é um cuidado que deve ser redobrado, pois elas ainda não têm o discernimento de como usar os aparelhos eletrônicos a seu favor. Cabe então aos pais ter este controle por elas e permitir o uso dentro de certos limites. Infelizmente é aí que mora o verdadeiro perigo.
É indiscutível o quanto a tecnologia facilita a nossa vida, porém ela também pode, se usada de forma errada, escravizar e causar dependência.
A tecnologia, através principalmente dos smartphones, tem sido usada de forma errada entre pais e filhos. Uma ferramenta que poderia ser usada para aprendizagem, estímulo e novas informações é na maioria das vezes usada como válvula de escape e como uma forma segura de manter seus filhos entretidos. Assim, muitos pais conseguem ter o tempo que precisam para fazer os afazeres domésticos ou mesmo também gastarem grande parte do seu dia presos em uma tela e vendo coisas sem conteúdo nas redes sociais. Infelizmente, muitos pais preferem essa situação a poder aproveitar a infância tão fugaz de seus filhos.
Há pouco tempo, sem estes 50 mil gadgets, as crianças precisavam buscar distração e com isso aprendiam muito mais. Quando uma criança fica entediada ela usa a criatividade, conhece a si mesma e também recebe a atenção de pais e familiares que através do convívio ajudam a construir sua personalidade e caráter. O tédio pode ter um papel muito importante no desenvolvimento das crianças e não deve ser evitado a todo custo. Mas hoje, com os celulares sempre à mão, os estímulos são tantos que as crianças nem tem tempo suficiente para explorar todos os jogos, vídeos e aplicativos diversos, quem dirá para buscar algum conhecimento dentro de si, nos pais ou em algum outro lugar.
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Caso você seja o responsável principal ou coadjuvante na formação de uma criança, fique atento. Antes de dar um celular na mão dela pense se realmente é hora dela se render a uma ferramenta que não lhe dará nada além de distração frívola. Espere que ela tenha necessidade e maturidade suficientes para lidar com a tecnologia e, enquanto isso, aproveite essa infância que passará em um piscar de olhos. Tanto ela quanto você serão altamente beneficiados.