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Psicopatas têm cura?

Homem de costas segurando faca.
asife / 123rf
Escrito por Silvia Malamud

A maioria das pessoas não acredita em cura emocional para o psicopata por causa das obscuras dimensões desse tipo de adoecimento, em que dependendo do caso a dissimulação entre verdades e mentiras é tão bem teatralizada que até os detectores de mentira mais sofisticados e mesmo aqueles que estudam anos a fio as microexpressões faciais têm dificuldades em discernir sobre a verdade dos fatos.

Como os psicopatas possuem dissociações importantes sobre as profundezas emocionais que os movem, as suas ações, embora bem articuladas, não possuem a menor empatia ou conexão com qualquer um com quem estiverem lidando. Embora sensíveis ao funcionamento dos demais, fazem uso de tal sensibilidade para terem poder sobre os outros e por fim articularem intentos bem distantes de tudo o que pode ser nomeado como confiança e afeto. Suas ações visam um prazer próprio bastante distante de tudo o que é conhecido como normal. Como sabem sobre as leis que governam a realidade das pessoas, reconhecem que o que gera o prazer individual que eles tanto necessitam não é compatível com a sociedade e que portanto deve ser feito onde ninguém os vê. Seus prazeres ocultos são de origem sádica, com requintes de crueldade e dependendo do grau de adoecimento podem incluir a morte física ou psíquica de suas vítimas. Em ambas a crueldade será o tom, sendo que tais movimentos costumam aparecer desde quando são pequenos, muitas vezes com animais e mais à frente incluindo pessoas. Podem ser assassinos em série ou ser assassinos de pessoas, pelo pseudoesporte de aniquilar tanto física como psicologicamente as suas vítimas escolhidas. Quando são pegos e culpados pelos seus atos, habilmente invertem a situação, fazendo com que as suas vítimas e muitas vezes os profissionais da saúde e da justiça tenham dúvidas.

Homem segurando uma faca.
Sam Wordley / 123rf

Psicopatas agem por impulso, são mestres em manipular pessoas e ambientes, na sede de suas conquistas. Ativam inteligência máxima para conseguirem o que querem e são extremamente bons no que e como fazem, porém o que não sabem é que também são vítimas, reféns dos seus mandatos inconscientes, não palpáveis e não liberados para si mesmos. São exilados deles próprios. Uma ruptura sem volta que os deixa definitivamente distantes de uma natureza que poderia ser mais saudável e com maior autonomia para que, quem sabe, eles pudessem partir para novos rumos existenciais bem distantes do que vivenciaram até agora. A pergunta que fica é se aguentariam viver o que tem dentro deles, se suportariam trocar tal tipo de prazer cego pela consciência do que os faz agir como agem.

Muitos estudiosos postulam que o dano emocional do psicopata é neurológico e de nascença. Será? Definem que a psicopatia é um acidente neurológico e que, portanto, se assim se nasce, não há possibilidade de cura. Psicopatas não têm disposição para fazer terapia, não são cooperativos e quando são pegos em seus deslizes jamais sentem culpa ou vergonha. Programas penitenciários que visavam a recuperação destes provaram que eles aprendem mais sobre como funcionam e quando saem das prisões encontram-se mais afiados do que nunca. Durante o período de suposta recuperação, são as melhores pessoas, extremamente cooperativas.

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Psicopatas não são capazes de amar, não sentem emoções, mas sabem fingir ter sentimentos, dependendo do tipo de situação em que se encontram, dependendo dos objetivos que têm em mente.

E você o que acha? Psicopatas podem ser curados?

Quanto mais despertos, melhor!

Sobre o autor

Silvia Malamud

- Psicologa
- Especialista em temas relacionados ao Abuso Emociona com narcisistas perversos em relacionamentos afetivos, familiares, mãe/pai filhos, escolares, sociais e de trabalho.
– Especialista em Terapia Individual, Casal e Família /Sedes
- Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA
- Terapeuta Certificada em Brainspotting - David Grand/ EUA
- Terapia de Abordagem Direta a Memórias do Inconsciente.

EMDR e Brainspotting são terapias de reprocessamento cerebral que visam libertar a pessoa do mal estar causado devido à experiências difíceis de vida, vícios, traumas, depressões, lutos e tudo o mais que é perturbador e que seja uma questão para que a pessoa queria mudar. Este processo terapêutico, por alterar ondas cerebrais viciadas num mesmo tipo de funcionamento, abre espaço para que a vida mude como um todo, de modo muito melhor, surpreendente e inimaginável anteriormente.

Mais sobre Silvia Malamud: Além de psicóloga Clínica, é também formada em Artes plásticas- Terapia Breve - Terapia de Casais e Família pelo Sedes Sapientiai. Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e em Brainspotting David Grand/EUA. Desenvolveu-se em estudos e práticas em Xamanismo, Física Quântica, Bodymirror. Participou e se desenvolveu em metodologias de acesso direto ao inconsciente, Hipnose, Mindskape, Breakthrough e outras. Desenvolveu trabalho como psicóloga Assistente no Iasmpe, Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, com pesquisa sobre o ambiente emocional de residentes durante o período de suas residências, de 2009 até 2013. Participou do grupo de atendimentos de casais do NAPC de 2007 à 2008. Autora dos Livros "Projeto Secreto Universos", uma visão que vai além da realidade comum e Sequestradores de Almas, sobre abuso emocional que podemos estar vivendo, sem ao menos saber, sobre como despertar e como se proteger.

· Conhecimento terapêutico: Cenários e imagens: Já presenciei diversos pacientes fazerem "viagens" às vidas anteriores, paralelas, sonhos e mesmo se reinventarem em cenas reais ocorridas ou não. Vi-os saindo do túnel do reprocessamento, totalmente mudados e transformados, inclusive em suas linhas de tempo. Para mim, fica uma pergunta de física quântica... O que acontece com a rede de memória da pessoa se a matriz do acontecimento muda totalmente não o afetando mais? A linha do tempo e todos os significados emocionais transformam-se simultaneamente. Todos os eventos difíceis que a pessoa teve em relação ao tema ao longo da vida perdem o sentido e até parece que nem existiram, embora se saiba. A pergunta que fica é: O que é o tempo quando podemos nos transformar e nos auto-superarmos nesta amplitude?

· Coexistimos em inúmeras camadas de realidades que são atemporais. Por exemplo, o seu “eu” criança pode estar existindo e atuando em você até hoje... Outros aspectos desconhecidos também podem estar, sem que você suspeite.

Silvia Malamud
Psicóloga clinica Especialista em Terapias Breves individual, casal e
família/Sedes - CRP: 06-66624
Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA
Terapeuta Certificada em Brainspotting – David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem Direta a Memórias do Inconsciente.
email.: malamud.silvia@gmail.com