Sagrado Feminino

Sagrado feminino: conheça a sua deusa interior e como ela age no seu comportamento

Mulher tocando um tambor e jogando o cabelo para o ar.
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Escrito por Eu Sem Fronteiras

Quando o assunto é “deusas”, é comum que pensemos diretamente em figuras famosas da mitologia grega, como Afrodite, Gaia ou Atena, ou mesmo da mitologia romana, como a sedutora Vênus. Isso se dá, porém, sempre com base em uma visão distanciada, como se essas divindades fossem apenas personagens de histórias antigas, mitos e lendas.

O que muitas de nós não sabemos é que, na verdade, toda mulher tem uma potência interna iluminada pela essência de alguma deusa. As deusas, na qualidade de poderosos arquétipos femininos, habitam os espíritos de todas as mulheres, e despertar-se em relação a sua Deusa Interior pode mover montanhas em sua vida.

O Sagrado Feminino e o despertar

O Sagrado Feminino motiva o autoconhecimento das mulheres, incentivando-as a descobrirem mais sobre si mesmas, estimulando-as a perceberem melhor os próprios instintos, prazeres e vontades. A partir desse processo de interiorização no seu próprio “eu”, o mundo externo muda por inteiro, como se uma nova consciência as abraçasse. Esse é o despertar da mulher, que abre caminhos e a mune para realizar tudo aquilo que antes lhe era proibido ou negado.

Ao enriquecer o autoconhecimento, a mulher liberta-se das expectativas limitantes do mundo de hoje e toma as rédeas dos próprios caminhos, comandando os pontos essenciais de mutação da sua vida, processo que se intensifica quando a mulher compreende qual deusa predomina na sua consciência e no seu espírito.

Como a Deusa Interior se reflete em nós

Ir ao encontro de sua Deusa Interior é ir ao encontro da sua essência, e, quando estamos diante de nossa própria essência, não há impulso que seja capaz de nos dominar. Entender-se dentro de um arquétipo feminino é, de fato, dominar-se, pois é potencializar os seus próprios instintos e agir por aquilo em que você mesma acredita verdadeiramente.

A mulher que está em contato com a própria deusa é notória até mesmo quando está andando naturalmente na rua, pois ela é uma mulher emancipada, que transgrediu em sua natureza. Em contato com o Sagrado Feminino, essa mulher se livrou de bloqueios, de imposições e de mandamentos externos; ela tem um brilho especial no olhar. Tudo que ela faz, ela faz com encanto, porque faz porque quer e porque está ciente do sentido mais visceral de sua vida. Esse tipo de mulher é percebido por todos, pois ela comove e inspira.

Mulher de olhos fechados.
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Isso porque, em primeiro lugar, essa mulher transcendeu a vida terrena ao se entender e se ver como parte de um organismo muito maior. Os dramas da vida cotidiana, que geralmente nos levam a fadiga, frustração, confusão, fragilidade, ou outros sentimentos ruins, são pequenos e tornam-se irrelevantes para a visão de mundo dessa mulher. Ademais, ela compreendeu que seu corpo, sua alma e sua mente são projeções de um arquétipo ancestral e milenar bem maior; ela se conectou com as mulheres antepassadas de sua genealogia; ela se conectou com mulheres de outros lugares do mundo e de outras gerações; ela cresceu como ser vivente, e, assim, sua vida encontrou outro sentido.

Como se conectar com a Deusa Interior

As deusas são uma fonte de liberdade e de compreensão, tanto pessoal quanto coletiva, que pode ser encontrada e alimentada por qualquer mulher, seja qual for o caminho escolhido ou a trajetória de vida traçada por ela.

Falar sobre o Sagrado Feminino e sobre a Deusa Interior de cada mulher é falar sobre a origem do feminino, sobre a natureza mais instintiva da mulher, sobre seu desejo natural e a sua liberdade de escolhê-lo. É falar sobre o que cada mulher de fato é, em essência, sem máscaras nem regras impostas externamente pela sociedade. Despertar sua Deusa Interior significa abrir caminhos para que você se sinta mais viva, deixando aflorar a verdadeira mulher que existe em você.

Mas como fazer isso? Bom, tanto quanto render-se à filosofia do Sagrado Feminino, ir ao encontro de sua Deusa Interior é um processo gradual, que requisita um caminho de paciência e um tempo de adaptação.

Num primeiro momento, é necessário livrar-se dos bloqueios e amarras que assolam a sua vida, e isso se dá por meio do autoconhecimento e da autoaceitação. Você precisa entrar em contato com o seu íntimo, voltando-se ao seu passado, revisitando amarguras e sentimentos negativos enterrados ou engolidos, trazendo isso de volta para o seu tempo presente. Essa etapa pode ser dolorosa ou desafiadora. Por isso, caso seja necessário, você pode realizá-la com intermédio de outra pessoa, por meio de terapias.

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Com isso, abdique de todas as feridas, concretize o perdão e certifique-se de se despedir das ações que não correspondem mais ao que você acredita ser, livrando-se de tudo que for tóxico e de tudo aquilo que não fala mais sobre você. Encare-se como um novo ser.

Depois de passar dessa fase, que pode se completar em uma semana ou então demorar anos para acontecer (respeite o seu próprio tempo!), é hora de ir ao encontro dos seus prazeres e desejos mais sinceros. Desapegando-se da ideia de tudo aquilo que já lhe impuseram um dia, foque em captar o que realmente te agrada e te dá ânimo para viver e experienciar a vida. Recorde momentos em que se tenha se sentido feliz, lembre-se de episódios em que tenha vivenciado satisfações, e perceba que tudo isso é você.

Liberta daquilo que te puxava para trás e munida da consciência das suas próprias vontades, você estará pronta e apta para sentir a sua Deusa Interior. Não importa se você não consegue identificar o nome ou imaginar a forma da sua deusa, até porque ela sempre será única e subjetiva para cada mulher. Há quem se identifique na regência de figuras de deusas mitológicas ou religiosas famosas, mas há também quem sinta a deusa como uma presença na natureza, que permeia as flores, ou que até mesmo a interprete dentro dos próprios filhos. O mais importante do processo é entender que a sua deusa está em tudo, dentro e fora de você.

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