Autoconhecimento

Sentir é existir

Duas máscaras de teatro com feições opostas sobre uma luz azul.
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Escrito por Raquel Capela

Nós, serem humanos, somos, a todo momento, polos opostos; por exemplo, em um único dia, lidamos com sentimentos de tristeza e alegria, amor e raiva, irritação e prazer, e assim por diante, esses opostos nos conduzem para a vida.

Os opostos são como o ponto crucial para se desenvolver e agir com potencialidades. Momentos de crises são extremamente difíceis, mas passar por essa “encurralada” pode abrir espaço para surgirem grandes ideias e encontrar a chave para abrir aquela porta há tanto tempo trancada, isso é chamado de desafio.

Mulher com roupas leves equilibrando-se em um tronco de árvore em meio à natureza.

Sentir é existir, não basta apenas estar a todo momento feliz e acreditar que seja saudável, ou estar a todo momento triste e acreditar que seja para ser assim.

A vida, a trajetória, é feita de ambiguidades; perceba que os opostos complementam a balança do equilíbrio, por exemplo: lutar contra a morte é o que nos mantém vivos, lutar contra a tristeza é o que nos mantém alegres.

Um grande autor, chamado Fritz Perls, diria que devemos identificar o pensamento por trás do pensamento. Tal fala me remete à consciência, ou seja, para estar completamente consciente de si mesmo, tanto no interior como no exterior, deve-se trabalhar com ambos os opostos, interno e externo, como uma única unidade; por exemplo: uma úlcera estomacal, provinda de um estresse que muitas vezes apenas remédios não são capazes de curar; mas ao identificar o estresse e o que a desencadeou, automaticamente se tem a capacidade de criar recursos internos para lidar com tal situação e, com base nesses recursos, a úlcera começa a cicatrizar. Nesse caso, foi percebido o corpo em conjunto com o pensamento, mas o que temos de enxergar é que o corpo não precisa ficar doente para ser tratado, podemos identificar aspectos corporais o tempo todo em conjunto com a consciência.

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Mulher na ponta dos pés sobre um troco em meio à natureza.

Autoperceber-se é um grande passo, perceber a respiração, os sentimentos e emoções, as vozes que ecoam no pensamento e o tom dessas vozes, repetições de fala, gestos, expressões, etc. São coisas simples e que, de modo automático, passam despercebidas de nós mesmos.

Lembre-se: o equilíbrio da balança e o meio-termo são de extrema importância para a saúde. Em caso de irregularidade, você não está só. Procure um profissional.


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Sobre o autor

Raquel Capela

Formada em Psicologia (CRP 06/150737) com experiência e contato com pessoas cegas e de baixa visão, pessoas em situação de rua, crises existenciais, dentre outros.

Atua com atendimento psicológico a adolescentes, adultos e idosos.

Utiliza a Gestalt Terapia como base teórica. Uma linha humanista que lida com a responsabilização de si e experiencia o atual momento de maneira completa. Chamado de aqui e agora, visa desenvolver as potencialidades do sujeito.

Atendimento na Rua Artur de Azevedo, 1212 - Pinheiros - São Paulo/SP, próximo ao metrô Fradique Coutinho

Quais especialidades/tratamentos? Atendimento a adolescentes, adultos e idosos, sendo os principais nichos de atuação pessoas em crises existenciais, processos de luto, gênero e diversidade, e pessoas cegas e de baixa visão.

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