Comportamento Convivendo

Sobre o perdão

Um homem juntando as suas mãos.
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Escrito por Denis Schaefer

“Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.” João 8:7

Certa vez, escribas e fariseus trouxeram à presença de Jesus, no Templo, uma mulher flagrada em adultério. Segundo as tradições da época, uma mulher adúltera deveria ser apedrejada.

Ao ser questionado sobre o que deveriam fazer com ela, Jesus não responde de imediato. Ele simplesmente se inclina e escreve algo na terra com o dedo. Ao insistirem com ele, Jesus se levanta e diz a célebre frase: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”.

Todos então se retiram, silenciosamente, deixando Jesus e a mulher a sós. Ele então pergunta: “Mulher, onde estão teus acusadores? Ninguém te condenou?”. Ao que ela responde: “Ninguém, Senhor!”. Nesse momento, Jesus diz que não a condena tampouco, e pede que ela se vá e não peque mais.

Imagem simbolizando Jesus conversando com uma mulher.
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Essa é uma das mais importantes histórias da Bíblia, em que Jesus mostra o poder do perdão. Devemos estar prontos a perdoar os erros cometidos pelos outros, sejam quais forem. Não estamos aqui para sermos juízes de ninguém, pois nem mesmo Jesus o foi.

Não nos foi dada a atribuição de apedrejar ninguém, física ou moralmente, sob nenhuma circunstância, por mais que possamos sentir emoções negativas ou mesmo sob força de uma lei, que por si só seria injusta.

Todos nós cometemos erros e podemos, eventualmente, nos desviar do caminho da perfeição por tantos almejada, mas nem por isso devemos ser considerados seres destinados a uma condenação terrificante.

Existe sempre uma opção pela qual podemos nos reedificar, sendo reconduzidos a uma vida corrigida. É digno da natureza humana perdoar, e também é adequado quem eventualmente erra ter a chance de se aperfeiçoar e corrigir o resultado de suas ações.

Uma mulher segurando e juntando outras duas mãos de uma outra mulher.
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E quantas vezes devemos perdoar? “Até setenta vezes sete”, segundo Jesus, conforme lemos em Mateus 18:21-35, ou seja, sempre que formos insultados ou agredidos.
Perdoar tem, na raiz de sua palavra, o sentido de doação, quando nos permitimos não ser vítimas, mas sim eliminamos qualquer resquício de amargura ou ressentimento.

Enfim, vamos nos livrar das amarras que as emoções negativas podem proporcionar, trazendo alívio e esperança à humanidade, com a paz de espírito tão almejada por todos.

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Por fim, vamos nos lembrar do contido na oração do “Pai-Nosso”: perdoe, e seja perdoado.

Sobre o autor

Denis Schaefer

Denis Schaefer, oficial da Marinha do Brasil - formação em ciências navais, com ênfase nas matérias de administração, Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, Cabalista, Escritor e Palestrante.

Estuda e divulga os conhecimentos da cabala, sabedoria que desvenda os códigos ocultos da Torá (Bíblia). Segue os ensinamentos de Isaac Luria (ARI), renomado cabalista do século XVI, que viveu em Israel, tendo estudado em diversas escolas, sendo as mais recentes dirigidas pelos rabinos cabalistas Rav Berg e Rav Joseph Saltoun. Realizou suas primeiras palestras após viagem iniciática em Israel, Marrocos e Espanha, onde visitou as principais fontes e teve muitas inspirações. Promove encontros de cura e meditação.

A missão de minha vida é de revelar a luz do Criador ao mundo, para que todos vivam em sua plenitude, alegria e paz.

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