Setembro Amarelo

Suicídio: uma calamidade mundial

Homem segurando flores amarelas mortas
Riz Mooney/Unsplash
Escrito por Luiz Guimaraes

O Setembro Amarelo foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 10 de setembro de 2003, como data de campanha de prevenção contra o suicídio em todo o mundo, por causa dessa calamidade que assola a humanidade de forma alarmante. A cada ano identifica-se pelas estatísticas o aumento dessas ocorrências, que se tornaram um problema de saúde pública.

As causas são as mais diversas, sendo a depressão uma das mais importantes neste contexto. Dificuldades financeiras, doenças, drogas lícitas ou não, desenganos da vida e também a ausência de religiosidade do ser humano fazem com que essa incidência se torne cada vez mais preocupante. O suicida não quer deixar de viver, ele quer “se livrar” daquilo que o aflige.

A fragilidade humana decorrente dos sentimentos e emoções mal vivenciados oportuniza esse ato de desespero, e para quem acredita que a vida não se resume do berço ao túmulo sabe que aumentamos em grau elevadíssimo nossas aflições do amanhã, ou seja, o Espírito segue além-túmulo com tudo que aqui construiu de bom ou não. Lembremo-nos sempre de que a vida é um ciclo de desafios, que são provas para o nosso processo evolutivo.

Homem sentado no sofá da sala com as mãos unidas
Kelly Sikkema/Unsplash

Abreviar a vida é a maior transgressão do ser humano às Leis de Deus, segundo a questão 944, do “Livro dos Espíritos”: “Tem o homem o direito de dispor da sua vida?” – Não, só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa transgressão dessa lei.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu, em 22 de janeiro de 1998, que “saúde é um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não meramente a ausência de doença ou enfermidade”, e o Ministério da Saúde apoia o Centro de Valorização da Vida (CVV). Em 2017, 2 milhões de pessoas ligaram de maneira gratuita para o número 188, que oferece apoio emocional e de prevenção do suicídio. Imaginemos quantas vidas foram poupadas desse desatino…

Os números continuam crescentes e sabe-se que a cada 40 segundos alguém comete suicídio no mundo. No Brasil, a cada 42 minutos isso acontece. Chega-se a um total de 800 mil casos por ano em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu a meta de reduzir em 10% os casos de mortes por suicídio até 2020. Não será fácil, visto que a pandemia do Covid-19 contribuiu fortemente para o crescimento dos processos depressivos.

Quando cremos no Criador e que somente nele poderemos ter o amparo necessário para as nossas vicissitudes, além obviamente da nossa vontade, sentimo-nos fortalecidos e a fé, aliada à perseverança e à resignação, leva-nos ao caminho de uma dor menor, enquanto a revolta é a porta do sofrimento. Revoltar-se é agravar tudo que já nos incomoda e sabemos que essa postura nada resolve.

Mulher ao lado de uma janela segurando uma xícara
Foundry/Pixabay

Enquanto o ser humano não buscar no seu interior as virtudes do bem, como o amor, a caridade, a fraternidade, dentre tantas outras, não sairá desse labirinto de Dédalo que o eterniza encarcerado no desespero. Esse reencontro com o seu “eu” constitui-se na chave do tesouro adormecido e a que somente cada um de nós tem acesso.

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Tenhamos consciência de que as nossas lutas externas são fugazes, mas aquelas contidas em nosso íntimo são as difíceis, pois é imperioso que renunciemos aos fatores impeditivos do nosso progresso moral, como o egoísmo, o orgulho e outros sentimentos inferiores que trazemos de vidas pretéritas.

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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