Convivendo

Vai cair no mar

Estação Espacial Internacional.
NASA-Imagery / Pixabay
Escrito por Nilton C. Moreira

Nos tempos idos, na época em que as transmissões de televisão eram precárias, e estações de FM existiam apenas nas capitais, e não contávamos com antenas parabólicas, conseguir assistir à televisão levava, às vezes, meses. E, quando possível, era por poucas horas, já que as ondas eletromagnéticas precisavam de clima propício para ir ao longe. Não existiam estações repetidoras, e até o rádio utilizava muito a frequência em ondas curtas, pois AM era de pouca potência. Celular não existia, e apenas nos filmes de James Bond é que se via comunicação via telefone em veículo. Era normal namorados sentarem-se ao luar contando as estrelas.

Hoje a harmonia das noites estreladas sofreu modificação pela intensa atividade existente no espaço. É comum olharmos para o céu à noite e constatarmos uma grande movimentação de objetos que trafegam. Quem ainda não viu, procure notar nas noites claras sem luar. São dos mais diversos satélites e sondas espaciais que cortam o espaço de lado a lado, além do brilho da estação espacial.

Por falar nisso, a NASA anunciou recentemente que a irá desativar a Estação Espacial Internacional, fato que acontecerá até o ano 2031. Será derrubada na Terra, num processo de minucioso cálculo para tudo dar certo. Ela cairá no oceano pacífico, chamada área inabitada conhecido como Ponto Nemo.

Estação Espacial Internacional.
WikiImages / Pixabay

Algumas partes queimarão na entrada da atmosfera, mas pedaços grandes deverão cair no mar.

Certamente os cientistas terão planejamento para que tudo aconteça com segurança. Mas o que nos surpreende é o fato de falarmos constantemente na preservação ambiental, gastando-se somas vultosas em reuniões, congressos e pesquisas, e simplesmente ter um artefato desses se despencando, vindo a poluir mais ainda o mar, que já sofre tanto.

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Sabemos que é em nome da ciência que uma estação espacial é construída, mas tudo tem um custo.

Os que acreditam na reencarnação, isto é, na volta do espírito à nova vida, certamente ficam preocupados como estado da Terra daqui a 200 anos se continuarmos poluindo. Poderemos ter um povo bem mais esclarecido, com mais amor no coração, sem guerras e sem a fome e miséria, mas ter um Planeta com bastantes resíduos prejudiciais espalhados. O espaço estará com mais atividade, confundindo o brilho das estrelas com veículos espaciais, e aqui no chão não haverá mais lugar para namorados se sentarem harmoniosamente. Ainda bem que os jovens vão descobrindo outras maneiras de expressar romantismo, mutuando o contar as estrelas.

Sobre o autor

Nilton C. Moreira

Policial Civil, natural de Pelotas, nascido em 20 de maio de 1952, com formação em Eletrônica, residente em Garibaldi-RS, religião Espírita, casado.
Email: cristaldafonte@gmail.com
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