Convivendo

Os aprendizados dos astronautas

Astronauta com uniforme e bandeira dos Estados Unidos na Lua. Ao fundo é possível ver a Terra.
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Em 20 de julho de 1969, Edwin Aldrin e Neil Armstrong, dois astronautas estadunidenses, foram os primeiros humanos a pisarem na Lua. O que poderia parecer uma impossibilidade para toda a humanidade, tornou-se uma conquista.

Desde então, muitas outras expedições espaciais aconteceram, com o objetivo de acompanhar as mudanças na atmosfera e no planeta Terra, para ampliar o conhecimento que temos sobre o Universo, para explorar as mais diferentes possibilidades de vida e para fornecer imagens de como a Terra se parece quando vista pelo lado de fora.

Astronauta flutuando no espaço.

Nessas missões, astronautas de todo o mundo adquiriram não só conhecimento científico sobre o espaço, mas também voltaram com lições de vida a partir dos eventos que presenciaram e das imagens que viram.

Para algumas pessoas, é preciso ter uma visão ampla de toda a nossa existência para desenvolver a própria espiritualidade ou para evoluir a forma de pensar e de existir no mundo. Com uma visão da maior parte da Terra, os primeiros astronautas puderam desenvolver esse processo de aprendizado.

A seguir, você irá conferir o que astronautas de suma importância para a história proferiram ao pisarem na Lua. A partir disso, será possível refletir sobre a vida humana, analisando as nossas responsabilidades, as nossas existências, os nossos poderes e a amplitude da nossa marca no universo.

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1) Charles Duke, estadunidense, integrante da missão Apollo 16

“Foi o momento mais excitante da minha vida. Foi uma experiência incrível e nunca perdi o entusiasmo e emoção de ter estado na Lua. Estivemos lá quase 72 horas com três períodos de descanso, fizemos três excursões e fomos os segundos com um veículo o que nos permitiu explorar”.

Uma das missões mais conhecidas até a Lua é a Apollo 16, em 1972. Além de chegar até o satélite, os astronautas exploraram a região lunar e colheram amostras do território, para estudos posteriores. Para Charles Duke, um dos participantes, a experiência foi transformadora. É algo do qual ele poderá falar para todas as gerações que virão depois dele, considerando que a viagem ainda o deixa entusiasmado.

Satélite espacial orbitando o planeta Terra.
2) Sandra Magnus, estadunidense, integrante da missão Atlantis

“Quando você está fazendo o trabalho diário, não consegue pensar nesses termos [no fato de Atlantis ser uma viagem histórica]. Não tivemos muito tempo livre ainda, estamos trabalhando muito duro para avançar nas tarefas. Quando estivermos mais tranquilos, poderemos olhar pela janela”.

Atlantis é o nome atribuído ao ônibus espacial, que já foi e voltou da Lua inúmeras vezes. A primeira delas foi em 1985 e a última foi em 2011. O trabalho de uma pessoa que é astronauta não se resume à admirar a paisagem, por mais impressionante e diferente que ela seja. Sandra Magnus deixou claro que, ainda que sinta vontade de admirar esse mundo, a responsabilidade que tem com o trabalho de pesquisa e de análise deve sobressair.

3) Luca Parmitano, italiano, realizou a caminhada espacial

“Em primeiro plano estava o azul profundo, profundo do oceano lá embaixo… o branco das ondas quebrando na areia… depois as cores do deserto, ocres e terracota… Tudo isso vindo de uma só vez, não é uma descoberta aos poucos: é uma explosão, e é de tirar o fôlego”.

Em 2013, quando foi realizada a Caminhada Espacial pela Agência Espacial Europeia, Luca Parmitano teve o privilégio de se deparar com a grandeza da natureza. Para ele, visualizar os acontecimentos terrestres de uma visão diferenciada foi até difícil de conciliar com o que os olhos podem enxergar. Uma nova perspectiva sempre traz desafios.

Grafiti de astronauta no espaço.
4) Ronald Garan, estadunidense, participou de quatro caminhadas espaciais

“O que eu experimentei foi um profundo sentimento de gratidão. Gratidão por poder ver o Planeta a partir dessa perspectiva e gratidão pelo Planeta que recebemos para morar. Estar distante fisicamente do único mundo que conheci na vida me fez sentir profundamente conectado com todas as pessoas nele”.

A Agência Espacial Americana, NASA, organizou expedições espaciais de longa duração. Ronald Garan passou 178 dias no espaço, e nessa experiência, o que se passou pela mente dele foi uma vibração de gratidão. Nós sempre precisamos agradecer pelas oportunidades que a vida nos dá, e pela grandiosidade da nossa existência.

Eclipse lunar de trinta e um de janeiro de dois mil e dezoito, popularmente conhecido como Superlua Azul de Sangue
5) Helen Sharman, inglesa, integrante das missões Soyuz TM-12

“O que aprendi olhando a Terra do espaço foi que os relacionamentos humanos são a coisa que mais importam na vida. Desde que você tenha o mínimo para sobreviver, a coisa mais importante são os relacionamentos que possuímos: no fim, a família e os amigos são mais importantes que qualquer outra coisa no mundo.”

As missões espaciais russas, Soyuz TM-12, de 1991, contou com a participação de Helen Sharman. O que a astronauta pensou ao se deparar com a imensidão da Terra foi uma lição que deve ficar para todos nós. O que realmente importa não são os bens materiais, ou as posses de cada pessoa. Nós devemos valorizar as pessoas que nos cercam, lembrar daquilo que realmente importa.

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