Autoconhecimento Psicanálise

Vivenciando o caminho: As fichas começam a cair!

Escrito por Valéria Schil

Olá queridos amigos!

Continuando o vôo da borboleta!

Em pleno vôo, ainda caia, o que fazer?!

Consciente e incompetente

E os meses passavam e eu estava dedicada em evoluir, compreender, me reconhecer dentro das minhas conquistas, minhas limitações, dentro das minhas imperfeições (trabalhoso demais), mas tinha fôlego agora, e lá ia eu, entre voos livres e deslizes dolorosos, continuava.

Consciente e incompetente: quando olhamos para nós e descobrimos o que precisamos melhorar, mas que ainda não conseguimos fazer; Então, imaginem as frustrações que passavam, consciente do que havia a elaborar  (processo lento e muitas vezes trabalhoso, que vem após o insight, ao identificarmos e compreendermos nossos traumas, recalques, etc.), já dava os primeiros passos para o novo conhecimento e quando achava que já havia introjetado a nova postura, adivinhem?! Deslizava novamente.

(…) na psicanálise, curar da origem, da causa para o efeito e recomeçar quantas vezes for preciso. Ao me ver na incompetência novamente, choramingava: “Que saco, que saco, que saco… chorando por isso de novo?”, mas na terapia aprendemos a rever os fatos e o que é mais incrível na psicanálise, curar da origem, da causa para o efeito e recomeçar quantas vezes for preciso.

Lá ia eu, treinar meus voos mais uma, e mais uma, e mais uma vez. Na evolução, lenta e gradual, começava a identificar mais rápido as minhas imperfeições e a retificar meus deslizes, ao reconhecê-los ia educando meu cérebro a nova postura, assim sentia o gosto de estar no comando das minhas vontades, das minhas necessidades, do meu amor próprio. Imensurável o prazer.

Processo lindo que só se inicia ao reconhecermos em nós nossas sombras. Reconhecer que aquilo que reclamamos nos outros há em nós e assim ter a coragem de mudar, de enfrentar as regras, as leis que a sociedade, a religião, a família nos disse que são as  corretas.

Dedo com uma borboleta em cima com as asas abertas
Viktor Gladkov / Shutterstock.com

Mas espera, muitas coisas carregava, me traia para agradar, satisfazer, respeitar as tais regras que não sentia em mim como verdade, como poderia agora fortalecendo o meu ser e continuar a carregá-las? Transgredi! Sim, transgredi as leis que não me faziam mais sentido e aquelas que sequer pensei a respeito, pior, só aceitei. Comecei a viver a plenitude e a beleza de ser o que se é!

A borboleta foi ganhando força nas asas e os deslizes iam se tornando mais e mais espaçados, outros processos começavam, e esse universo é tão generoso, que nos permite estarmos no mesmo momento, inconscientes e incompetentes, consciente e incompetentes. Tudo isso para nos tornarmos inconscientes competentes, quando conseguirmos fazer o que nos propormos como correto e bons ideais, sem nem sequer pensar nas ações, elas se tornam automáticas!

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O Zen nos ensina que o crescimento interior sempre envolve uma experiência como “um carvão em brasa entalado na garganta”. No caminho de nosso desenvolvimento sempre chegamos a um problema, um obstáculo tão grande que nem o podemos engolir nem o podemos expelir.

É exatamente esta a nossa experiência ocidental com relação ao amor romântico: não podemos viver com ele – não podemos engolir e não podemos expelir! Esse “carvão ardente” na garganta é um aviso de que um tremendo potencial evolutivo está tentando se manifestar”. (We, A chave da psicologia do amor romântico.)

Continuando o voo…

Sobre o autor

Valéria Schil

Ana Valéria Vieira Schil, Psicanalista Clínica, Gestora em RH, Gestora em Pessoas, Docente em Cursos de Formação, Conferencista,Terapeuta Holística com formação em: Máster em Reiki; Máster em Reiki Tradicional Japonês Dentho; Reiki-Ryoho; Karuna Cirúrgico; Reflexologia Podal;Auriculoterapia; Florais de Bach; Feng Shui.

Atua com terapia em adultos, casais, grupos, com métodos de acesso ao inconsciente; Hipnose, Regressão, Terapia de vidas passadas;Terapia de Memória Simbólica.

E-mail: valeriaschil@gmail.com