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Os quatro compromissos de Don Miguel Ruiz aplicados aos negócios

Os braços de dois funcionários de uma empresa segurando papéis com resultados e informações sobre negócios estão em destaque na imagem. Em cima de uma grande mesa, há diversos papéis com dados, há um computador, um vaso com planta, uma agenda, uma caneta, uma calculadora e um celular. Os funcionários conversam sobre os dados.
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Escrito por Giselli Duarte

Que tal enxergar seus negócios de um jeito totalmente novo? E se pequenas mudanças na sua comunicação, postura e mentalidade desbloqueassem resultados que você nem imagina? Descubra como esses quatro compromissos podem transformar tudo. Continue lendo e aprofunde-se no artigo.

Don Miguel Ruiz escreveu um livro simples e direto que virou referência: “Os Quatro Compromissos”. São quatro acordos que você faz consigo mesmo para viver melhor. E funcionam também para você empreender melhor.

A maioria dos empreendedores vive estressada, brigando com clientes, com fornecedores, com a equipe e consigo mesma. E muito disso vem de não ter clareza sobre como se comunicar, como agir, como se posicionar.

Os quatro compromissos trazem essa clareza. Vou te mostrar cada um deles e como aplicar no seu negócio.

Primeiro compromisso: seja impecável com sua palavra

Dizer o que você pensa, fazer o que você diz e não usar sua palavra contra você mesmo ou contra os outros.

No empreendedorismo, sua palavra é tudo. Se você promete uma entrega e não cumpre, você quebra a confiança. Se você fala mal do seu próprio negócio, você destrói sua credibilidade. Se você diz que vai fazer algo e não faz, você perde o respeito.

Ser impecável com a palavra significa: cumpra o que prometeu. Se não pode cumprir, não prometa. Se errou, admita. Se não sabe, fala que não sabe.

Um mulher jovem que veste uma t-shirt branca está em destaque na imagem. Ela está com as duas mãos cobrindo a boca e olha para o lado, indicando não poder falar algo, ou ter falado algo que não deveria.
Prostock-studio / Canva

Significa também parar de falar mal de você mesmo. Muitos empreendedores vivem se sabotando verbalmente. “Meu produto não é tão bom assim”, “eu não sei vender”, “meu trabalho não vale tanto”. Cada vez que você fala isso, você está programando seu cérebro para acreditar nisso. E seu negócio não cresce porque você mesmo está dizendo que não presta.

Ser impecável com a palavra também é não usar sua comunicação para destruir outros. Não falar mal de concorrente, não destruir cliente publicamente, não massacrar sua equipe. Você pode discordar, pode confrontar, pode ser firme. Mas sem destruir.

Quando você é impecável com sua palavra, seu negócio ganha credibilidade. As pessoas confiam em você. E confiança vende mais que qualquer estratégia de marketing.

Segundo compromisso: não leve nada para o pessoal

Esse é o compromisso mais difícil para quem empreende. Porque quando você coloca sua energia em um negócio, quando você investe tempo, dinheiro, suor, é difícil não levar para o pessoal quando alguém critica ou quando algo dá errado.

Mas a verdade é: o que os outros fazem ou dizem tem mais a ver com eles do que com você.

O cliente que reclama está frustrado com a vida dele, não necessariamente com seu produto. O concorrente que fala mal está inseguro com o próprio trabalho. A pessoa que não compra de você tem suas razões que nada têm a ver contigo.

Quando você leva tudo para o pessoal, você trava. Fica paralisado pelo medo de ser rejeitado, criticado, julgado. E aí não lança produto, não se posiciona, não vende, não cresce.

No negócio, isso significa separar você da sua empresa. Sua empresa pode receber críticas sem que você entre em colapso. Seu produto pode não ser para todo mundo sem que você se sinta um fracasso.

Também significa não absorver a opinião de todo mundo como verdade absoluta. Alguém disse que seu trabalho não presta? Ok. É a opinião dessa pessoa. Não precisa virar sua verdade.

Quando você para de levar tudo para o pessoal, você ganha liberdade. Liberdade para testar, para errar, para tentar de novo. Sem se destruir no processo.

Terceiro compromisso: não tire conclusões

Você conhece aquela história? Cliente não respondeu sua mensagem e você já acha que ele não quer mais trabalhar com você. Funcionário chegou atrasado e você já acha que ele não está comprometido. Parceiro mudou o tom de voz e você já acha que está sendo traído.

Tirar conclusões precipitadas é veneno para qualquer negócio.

A maioria das brigas, dos desentendimentos, das parcerias que terminam mal vem de conclusões erradas. Você imaginou uma coisa, agiu com base nessa imaginação e criou um problema que nem existia.

Um grupo de três funcionários de uma empresa estão discutindo sobre os negócios ao redor de uma grande mesa.
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No empreendedorismo, isso aparece o tempo todo. Você lança um produto, ninguém compra no primeiro dia e você conclui que seu produto é ruim. Você manda proposta, o cliente não responde na hora e você conclui que ele não tem interesse. Você faz uma reunião, alguém fica em silêncio e você conclui que a pessoa não gostou.

O terceiro compromisso te lembra: pergunte. Confirme. Busque informação antes de criar história na sua cabeça.

Cliente não respondeu? Mande outra mensagem perguntando se ele viu. Funcionário chegou atrasado? Pergunta o que aconteceu. Parceiro mudou o tom? Pergunta se está tudo bem.

Simples assim. Mas a maioria não faz. Prefere criar uma novela inteira na cabeça, sofrer com isso e tomar decisões baseadas em fantasia.

Quando você para de tirar conclusões, você economiza energia. Energia que pode usar para tocar seu negócio de verdade, em vez de viver apagando incêndios imaginários.

Quarto compromisso: sempre faça o seu melhor

Esse compromisso tem uma pegadinha. Fazer o melhor que você pode naquele momento, com os recursos que você tem, no estado em que você está.

Tem dia que seu melhor é incrível. Tem dia que seu melhor é mediano. E está tudo bem.

O problema do empreendedor é achar que precisa estar sempre no topo, sempre produzindo no máximo, sempre entregando perfeição. E, quando não consegue, entra em colapso, se sabota, desiste.

Fazer o seu melhor significa dar o que você tem para dar naquele dia. Se você dormiu mal, está doente, está passando por um momento difícil, seu melhor vai ser diferente. E não tem problema.

No negócio, isso se traduz em parar de se cobrar tanto. Parar de comparar seu processo com o dos outros. Parar de achar que tudo precisa ser perfeito antes de lançar.

Você faz o melhor que pode, lança, ajusta depois. Você entrega o melhor que consegue naquele momento, aprende com o resultado, melhora na próxima.

Quando você sempre faz o seu melhor, você não tem arrependimento. Porque sabe que deu o que tinha para dar. E isso te dá paz. Paz para continuar, para tentar de novo, para seguir construindo.

Aplicando os quatro compromissos

Esses compromissos exigem prática. Exigem que você preste atenção no que fala, no que assume como verdade, no que leva para o lado pessoal, no quanto se cobra.

No dia a dia do empreendedorismo, você vai errar. Vai prometer e não cumprir, vai levar crítica para o pessoal, vai tirar conclusões precipitadas, vai se cobrar demais.

Normal. O lance é perceber quando isso acontece e voltar para os compromissos. Corrigir a rota. Pedir desculpas quando necessário. Recomeçar.

Empreender já é difícil. Você lida com incerteza, com risco, com pressão. Se ainda por cima você viver se sabotando com sua própria comunicação, com suas próprias suposições, com suas próprias cobranças impossíveis, fica insuportável.

Os quatro compromissos te dão uma base. Uma forma mais leve de tocar seu negócio, de se relacionar com clientes, com a equipe, consigo mesmo.

Menos sofrimento no caminho. E isso já vale muito.

Sobre o autor

Giselli Duarte

Sempre fui movida pela busca por novos aprendizados.
Minha trajetória percorreu diferentes áreas, desde a carreira corporativa até experiências pouco convencionais, como um curso de DJ. Essa diversidade ampliou minhas perspectivas e me trouxe a compreensão de que cada fase contribui para o trabalho que realizo hoje.

Com espírito empreendedor desde cedo, comecei a trabalhar aos 14 anos como jovem aprendiz e, aos 21, legalizei meu primeiro negócio. Desde então, criei e participei de projetos diversos, sempre unindo consistência e visão estratégica.

Atuei como profissional PJ em projetos para empresas de diferentes setores, incluindo engenharia, startups, agências de comunicação e administração de condomínios, conciliando o empreendedorismo com projetos fixos. Essa experiência trouxe visão prática sobre diferentes modelos de negócios e a capacidade de orientar profissionais em diversos momentos da carreira.

A experiência com o burnout transformou a forma como conduzo minha vida e minha atuação profissional. Encontrei no Yoga e na Meditação o caminho de reconexão, o que me levou à formação em Hatha Yoga e à especialização em terapias naturais.

Compartilho esse conhecimento como colunista nos portais O Segredo e Eu Sem Fronteiras e como instrutora de meditação nas plataformas Insight Timer e Aura Health, onde também atuo como podcaster, oferecendo práticas que ajudam a cultivar presença e equilíbrio.

Como autora, publiquei os livros No Caminho do Autoconhecimento, Lado B e Histórias de Jardim e Café, registrando reflexões e vivências que me conduziram a um olhar mais consciente sobre a vida.

Sou graduada em Marketing, pós-graduada no MBA em Gestão Estratégica de Negócios, com especializações em Design Gráfico e Inteligência Artificial aplicada a Growth Marketing, Inteligência Emocional, Psicanálise e outras.

Concluí também a Formação de Instrutores de Yoga para Crianças, Jovens e Yoga na Educação, ampliando minha visão sobre o bem-estar em todas as fases da vida.

Hoje, à frente da Terapeutas Digitais, auxilio profissionais da área terapêutica a fortalecerem suas marcas e a se posicionarem no digital de forma consciente e coerente com seus valores. Atuo como mentora de negócios, incentivando e conduzindo profissionais no caminho do empreendedorismo ao longo da minha trajetória. Atualmente, também sou mentora da RME – Rede Mulher Empreendedora, ampliando esse propósito.

Acredito que negócios alinhados com quem somos têm mais impacto e significado. É assim que escolho atuar e é esse o caminho que sigo construindo.

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Meditação para quem não sabe meditar

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