Convivendo

O que talvez ainda não te contaram sobre o empreendedorismo

Pessoa com sapatos sociais parada atrás de uma seta no chão, que indica para a frente.
Daniil Peshkov / 123RF
Escrito por Giselli Duarte

Empreender é muito mais que um cargo bonito para se dizer “sou empreendedor(a)”, é um estilo de vida. Quando descobrimos pelo empreendedorismo a nossa missão de vida, de alma, passamos a desenvolver esse papel com mais leveza. Mas claro, pés no chão, pois a leveza aqui não quer dizer que seja uma tarefa simples. Empreender é complexo e requer muito jogo de cintura constantemente.

Eu nasci em uma família empreendedora. Meus pais sempre empreenderam, independente do ramo de atuação. Por ter nascido com essa virtude muito latente, eu sempre quis me aventurar nessa jornada. O meu primeiro pequeno negócio foi em um minibazar que eu fiz aos 8 anos no condomínio em que eu morava. Eu não lembro a minha motivação, só sei que eu juntei as minhas coisas e junto com algumas pulseiras que eu havia aprendido a fazer com fios de interfones, que na época estavam sendo trocados por um novo sistema, fui lá vender.

Você não precisa necessariamente nascer com esse dom. Estudos já comprovaram que a capacidade para empreender, e até mesmo de liderança, dentre tantas outras coisas, pode ser aprendida e desenvolvida.

O meu primeiro CNPJ aberto de fato e de direito foi em 2011, mas isso não significa que eu não tenha empreendido antes. Aliás, existem grandes empreendedores na História do Mundo que nunca sequer tiveram um CNPJ.

Mulher sentada em uma poltrona, sorrindo enquanto usa seu notebook.
Christina Morillo / Pexels

Seja a forma que melhor lhe convier, saiba que existem muitas formas de empreendedorismo. Desde empreendedorismo social, intraempreendedorismo (empreender em projetos dentro da empresa que você trabalha), empreendedor informal (sem CNPJ/contrato social), individual (MEI), fraqueado, sendo ainda um empreendedor por necessidade ou por oportunidade.

Eu já empreendi tanto por necessidade quanto por oportunidade. Em ambos os lados eu aprendi muito e senti na pele coisas que precisavam ser melhoradas e aprimoradas, assim como também sobre não ter frescura de absolutamente nada.

Nessa jornada a gente realmente aprende MUITA coisa! Por aqui existem dois lados da moeda, e às vezes até três (oi?), mas ainda sim, tudo pode ser divertido e motivador, se você quiser:

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  1. Você poderá ter pessoas ao seu lado trabalhando junto com você, como também começar fazendo tudo, ou quase tudo, sozinha(o).
  2. Muitas vezes poderá contratar um serviço ou uma pessoa responsável pela limpeza do seu escritório/estúdio/espaço, como em outras, talvez, será você mesma(o) que irá fazê-lo. Empreendedor(a) que faz do planejamento à execução, lida com as finanças, o administrativo, o comercial, a área técnica, limpa o chão, faz o café, assobia e chupa manga ao mesmo tempo. Quem nunca, né?
  3. Poderá ter um escritório/espaço terapêutico como também poderá acabar trabalhando em casa, de repente ter que fazer algo em domicílio e para facilitar as coisas, trabalhar online.
  4. Viajará nos finais de semana e feriados para lugares incríveis, e talvez, em outros, precisará trabalhar dobrado para continuar se mantendo.
  5. Contará com pessoas extraordinárias em seus projetos, como também, talvez, precisará decidir seguir em outra direção, pois talvez as coisas acabem não saindo como planejado e de repente perceber que algumas pessoas não eram tão extraordinárias assim.
Lâmpada ao centro de uma lousa com balões desenhados ao seu redor.
Christina Morillo / Pexels

Porém, tudo tem o seu aprendizado e a forma como lidamos com tudo isso conta e faz diferença no dia a dia.

Empreender não é para todo mundo, mas aquele que se permite vivenciar essa experiência em algum período da sua vida poderá levar aprendizados para outras áreas.

Saber lidar com os desafios do cotidiano é um jogo de cintura, que pode ser leve e feito da maneira mais elevada.

Você empreende ou sente vontade de empreender? Me conta quais são os seus principais desafios atualmente?

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

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