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A boa semeadura

As mãos de um homem plantando estão em destaque na imagem. Há uma planta no centro.
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Escrito por Luiz Guimaraes

É preciso que tenhamos cuidado com as sementes que plantamos. Elas serão frutos amanhã, cuja qualidade dependerá do nosso zelo com o trabalho realizado. Mas o que estamos cultivando em silêncio, dia após dia? Descubra a força da boa semeadura no artigo completo!

E Jesus lhe disse: “Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.” (Lucas 9:62).

A semeadura é uma oportunidade sempre presente em nossas vidas. Vivemos plantando desde a hora que despertamos. Dependendo daquilo que pensamos e trazemos no coração, o plantio poderá ser um trabalho direcionado para o bem.

A condição que o livre-arbítrio nos oferece faz parte da misericórdia de Deus para todos nós. Ele não nos obriga a nada, pelo contrário, derrama seu grandioso amor para toda a humanidade. Nunca estamos sozinhos! Seus mensageiros do bem estão sempre disponíveis para nos ajudar, porém, nem sempre estamos receptivos com pensamentos edificantes para recebê-los.

Por isso, estejamos sempre atentos e vigilantes às influências dos irmãos ainda pouco esclarecidos, que nos assediam cotidianamente. Observemos o que diz O Livro dos Espíritos, questão 459: “Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações? R – Nesse sentido, a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem.”

Uma mulher está de frente para uma janela. Ela olha pela janela, contempla a vista e está pensativa.
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O pensamento é a sede de tudo que praticamos. É através dele que atraímos as nossas companhias mentais. Trata-se de um “arquivo confidencial” que mantemos submetido somente à nossa vontade. Essa é uma das demonstrações da bondade de Deus, que nos faculta condições de escolher qual a semente que irá gerar frutos benfazejos.

O Livro Pão Nosso, pág.12, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, esclarece: “(…) O arado é aparelho de todos os tempos. É pesado, demanda esforço de colaboração entre o homem e a máquina, provoca suor e cuidado e, sobretudo, fere a terra para que produza. Constrói o berço das sementeiras e, à sua passagem, o terreno cede para que a chuva, o sol e os adubos sejam convenientemente aproveitados”; (…) “Um arado promete serviço, disciplina, aflição e cansaço; no entanto, não se deve esquecer que, depois dele, chegam semeaduras e colheitas, pães no prato e celeiros guarnecidos”.

Depreende-se, assim, que o processo de semeadura exige esforço e perseverança, para que vençamos os obstáculos que se nos apresentam no caminho. Para que cheguemos à colheita, passamos pelos terrenos áridos e difíceis, levando-nos a valorizar o trabalho realizado e sentirmos o gáudio do êxito alcançado.

Não podemos esquecer do exemplo da Parábola do Grão de Mostarda, que por ser um grão de 2mm de diâmetro, não se “perturbou”, pois mesmo sendo pequenino, cresce e torna-se uma planta de quase 2 metros. Com esforço, ele cresce vencendo a força da gravidade. Não desista! Por analogia, lembramos de que nós também precisamos de “esforço”, para sairmos das nossas imperfeições e alçarmos as alturas. Nesse exemplo, pode repousar a nossa fé e perseverança, buscando a nossa melhora interior.

Isso também explica o combate que travamos em nós mesmos, para reconstruirmos aquilo que fizemos de forma equivocada nas existências pretéritas. Nossa harmonia interior é fruto das nossas conquistas diárias que, por sua vez, dependem da qualidade dos nossos pensamentos.

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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