Convivendo

Como superar o bullying

Garota assustada vendo notebook com mãos na cabeça
123RF | Ian Allenden
Escrito por Amanda Magliaro

Bullying é um problema real! E me desculpem os atuais pais e avós que dizem: “eu passei por isso também, é só brincadeira de criança”, sinto em lhe dizer, mas a partir do momento em que uma brincadeira fere os sentimentos do outro, isso não é mais uma brincadeira, e logo vamos entender o porquê.

Como e porque o bullying surge 

O bullying nada mais é que um jogo de poderes, o valentão quer se sentir superior, dirá coisas ruins ao seu filho, e ele ficará ali: tentando revidar, falhando e voltando em lágrimas para casa. Então, ele simplesmente te pergunta:

— Mas mãe, o que há de errado comigo? 

E então, você se vê naquele problema, como explicar para a criança mais incrível e amorosa que ela é perfeita e o resto do mundo é sem noção?

Hoje em dia, as crianças estão faltando naquela aula chamada educação. Alguns pais trabalham demais e não conseguem ver que tipo de adolescente o filho está se tornado, alguns mimam demais e o fazem sentir a última bolacha do pacote, e algumas outras crianças até têm uma boa educação, mas são influenciadas por um dos grandes inimigos da humanidade: a competição.

De alguma forma, em algum momento de nossas vidas, nos tornamos competitivos. Queremos ser melhores que o outro: ou porque ele tem algo que não temos, ou porque gostaríamos de ser quem ele é (usando a desculpa de que “o santo não bateu”), ou porque estamos insatisfeitos conosco de forma geral. Porém, existem maneiras saudáveis de competir como esportes, competição de conhecimento, etc. Entretanto, alguns decidem que querem se sentir melhores que o outro, atacando as pessoas ora de forma física, ora emocionalmente, e acredite: as duas formas doem, machucam e têm suas consequências da mesma maneira.

Menino triste no chão sozinho com braços sobre o joelho
Ridofranz / Getty ImagesPro no Canva

Como driblar o bullying 

A pessoa que resolve ferir o outro através de palavras, está armada com grosseria. Ela quer jogar um jogo de ofensas e sair vencedor. Algumas mães simplesmente dizem aos seus filhos: “não liga que passa”, mas como você pode não ligar quando alguém está cuspindo na sua cara os piores xingamentos? Sendo forte, resiliente e educado. Vulgo, dando o outro lado da moeda. Vingança? Com certeza não, apenas saindo vencedor do jogo que o valentão quis jogar.

— Você é um estúpido! 

— É, você tem razão, eu faço algumas bobagens de vez em quando. 

— Sua mãe é uma &*$#! 

— Poxa, que pena que você acha isso. 

— Você é feio. Seu aparelho é ridículo. 

— Poxa, e eu te acho linda. Espero que com o tempo eu tire o aparelho e possa ter um sorriso tão bonito quanto o seu.

Você também pode gostar

Pode parecer bobeira, mas ter esse tipo de reação, cala as pessoas. Quem está armado com ofensas, não sabe responder à gentileza. O segredo é saber e estar convicto do que é verdade sobre sua vida e o que não é. Ainda que você não pense que a pessoa é bonita e que o sorriso dela seja lindo, minta (essa faz parte das mentiras do bem, não se preocupe). Quanto mais rápido a brincadeira acabar, mais rápido virá a paz. Com a gentileza, você sai vencedor! E quando o valentão perde, ele não vai querer jogar de novo.

Sobre o autor

Amanda Magliaro

Redatora e tradutora, me apaixonei pela vida desde que aprendi a enxergar tudo o que ela tem para oferecer. Existem aquelas pessoas que nunca conseguiram encontrar seu caminho, até o próprio caminho decidir ir ao seu encontro, eu fui uma delas.

Num mundo cheio de possibilidades, escolhi acolher todas quando comecei a escrever. A busca por ser alguém melhor e mais feliz, e a chance de poder auxiliar uma pessoa que seja através da magia das palavras é o que significa para mim ter meu sonho se realizando todos os dias.