Convivendo

Desapegue e encontre a liberdade

Back view of cheerful young woman with hands up. Freedom concept.
Escrito por Priscila Bezerra

Acredito que o amor é o sentimento mais nobre que o ser humano pode ter, um sentimento tão lindo e tão pleno que nenhuma outra palavra consegue alcançar a sua magnitude. Amar é se doar, é ser verdadeiro, dividir e compartilhar, é sorrir com o sorriso do outro, vibrar com suas conquistas e dar o ombro para as suas derrotas. Não importa qual a forma de amor, pode ser entre pai e filho, entre amigos ou do casal apaixonado, quando o assunto é amor, como já dizia Lulu Santos, “consideramos justa toda forma de amor”.

Contudo na medida em que vamos crescendo, vamos aprendendo que o amor se transforma, às vezes aquilo que parecia eterno por ironia do universo acaba por se findar, e isso não é necessariamente ruim. Mudanças são necessárias para a vida, é sabido que para coisas novas entrarem temos que dar espaço tirando coisas antigas e que já não nos fazem tão bem. 

O problema maior não é o fim propriamente dito, mas sim o momento onde identificamos que aquele ciclo se encerrou.

Durante a vida buscamos firmar laços fortes e longínquos, mas na medida em que o tempo vai passando e nós vamos amadurecendo é normal que algumas coisas vão ficando para trás. Não é que estejamos nos livrando delas por livre vontade, jamais, simplesmente cada um tem uma jornada a seguir e os caminhos muitas vezes vão se tornando opostos e distantes, isso é plenamente normal e inclusive saudável, faz parte do amadurecimento e crescimento.

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O problema se dá, não no afastamento em si, mas no apego, no medo do novo, e por diversas vezes nos prendemos a situações que não são mais cabíveis a nós. Assim ocorre com o filho que tem sede de viver suas próprias experiências, sair de casa, mas fica morando com os pais por medo das responsabilidades que a vida lhe dará, acontece com aquela pessoa que tem uma amizade há anos, mas sabe que aquilo chega a ser tóxico, mas por receio de rejeição vai aceitando situações que muitas vezes beiram a humilhação, não obstante há pessoas que se prendem em relacionamentos que não há mais futuro, não por falta de amor, mas por caminhos opostos e por medo de magoar a quem se ama não coloca um ponto final no relacionamento, ainda, infelizmente, há o caso dos relacionamentos abusivos no qual a pessoa crê que não é digna de amor puro ou ainda acredita que o poder da salvação do outro está em suas mãos e adota para si a missão de mudá-lo.

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Se me coubesse lhe dar um conselho, amigo, seria: Viva a sua liberdade de pensamento em plenitude, não se prenda ao passado, às pessoas e nem aos seus medos. Chegará um momento em sua vida que você precisará fazer escolhas, estas são sempre difíceis, pois andam de mãos dadas com a renúncia. Por mais difícil que isso lhe pareça, acredite, esse momento é bom, importante e indispensável na sua vida. Você precisará aprender a se auto valorizar, você merece só as melhores coisas que o universo tem a oferecer. Você é bom o suficiente para conquistar sonhos maiores, não se prenda. Valorize-se, ame a sua liberdade, abra suas asas e voe, não para um ninho aconchegante, mas para onde seus sonhos querem lhe guiar. Viva sem medo e descubra o verdadeiro significado das palavras viver e amar.

Sobre o autor

Priscila Bezerra

A colunista Priscila Bezerra atua como advogada desde 2017 e busca a aplicação de ferramentas sistêmicas no exercício da advocacia.

Acredita que um olhar sistêmico ao direito pode apresentar inúmeros benefícios para as partes envolvidas e para o sistema judiciário, uma vez que a aplicação objetiva a solução dos conflitos de forma orgânica e satisfatória.

Conforme ensina o ilustre juiz de direito dr. Sami Storch, a aplicação da visão sistêmica se faz de extrema importância, pois assim é possível alcançarmos a compreensão de que: “Só há direito quando a solução traz paz e equilíbrio para todo o sistema”.

Adotando tais premissas, a autora pretende em seus textos, nesse site, trabalhar a autorreflexão e proporcionar aos seus leitores a experiência de questionamentos e busca interior para resolução de seus conflitos pessoais e interpessoais.

Almeja ainda dividir a compreensão de que condutas diárias de responsabilidade consigo e com o meio ambiente podem promover a constituição de uma sociedade mais justa, sustentável, igualitária, conscientizada e capacitada para atingir o desenvolvimento social, humano, econômico e cultural.

Contato:

E-mail: contato@priscilabezerra.adv.br