Comportamento Convivendo

Igualdade desigual

Balança se equilibrando entre dois papeis com os escritos "homens" e "mulheres"
Escrito por Gabriela Philippsen

Homens e mulheres convivem e compartilham o mesmo espaço à milhares de anos. E desde sempre, houveram discussões sobre quem tem mais “potencial” físico, emocional e até intelectual.

Os homens sempre se acharam mais fortes, e as mulheres, para não saírem “perdendo”, se dizem mais inteligentes. E aí, quem está com a razão? Ninguém.

Cada pessoa é uma pessoa, um ser único, especial e cheio de potencialidades à serem exploradas, sejam elas físicas, psíquicas ou intelectuais.

Ilustração representando uma mulher e um homem de perfil, um sobre o outro.

Historicamente as mulheres tiveram que lutar bravamente pela sua liberdade, pelos seus empregos, salários e domínio sobre o próprio corpo. Resumindo: sempre lutamos pela IGUALDADE de oportunidades e respeito.

Atualmente este assunto está em alta, provocando polêmicas construtivas e algumas que, na minha humilde e sincera opinião, não nos levarão a lugar algum. Devemos lutar pela saia curta e pela blusa decotada sem nos sentirmos um pedaço de carne passeando pela rua? Sim. Devemos lutar pela igualdade de salários? Sim. Devemos lutar pela prática do amor sem preconceitos? Sim. Devemos ir às ruas defender os nossos direitos? Sim. Vamos ganhar todo este respeito almejado agredindo os outros e expondo o nosso corpo que é tão sagrado? Não.

Acho que quando lutamos por um ideal, antes de mais nada, temos que ser humildes e assumir algumas questões, por exemplo: é da anatomia do homem ter a massa muscular mais desenvolvida do que as mulheres, logo, a maioria dos homens terá mais força física do que as mulheres. Em contrapartida, as mulheres têm, fisiologicamente falando, mais capacidade de memorização que um homem, desta forma, muitas vezes as mulheres se destacam no quesito intelectual. Isso não faz os homens melhores que as mulheres, nem as mulheres melhores que homens.

Homem e mulher discutindo entre si em um parque.

Há um tempo, estava conversando com uma moça, pesquisadora do assunto que estamos tratando, e juntas fomos ao mercado, eu, ela e o seu companheiro. Flagrei uma cena que me deixou bem confusa: o rapaz, vendo o excesso de peso que ela carregava, se ofereceu para ajudar e ela respondeu: acha que eu sou molenga? Que não consigo carregar? Ele prontamente rebateu: eu sei que você pode, mas na última vez que fomos no mercado e eu não te ajudei você me falou que eu não era gentil ao ponto de dividir o peso com você… entenderam a incoerência desta história?

Fiquei refletindo sobre esta cena durante algum tempo, e cheguei à conclusão que ainda temos um longo e árduo caminho pela frente, e este caminho deve ser trilhado a base de muita aceitação, estudo e respeito.

Aceitação porque temos que nos assumir como somos, fortes ou fracos, genialmente inteligentes ou não, estamos todos em constante evolução.

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Estudo porque quanto mais lemos e pesquisamos sobre um tema, ficamos mais capacitados para discuti-lo de forma coerente.

Respeito porque ele é necessário em qualquer situação, independente do seu gênero, ele deve sempre vir em primeiro lugar.

Acho que se olharmos para trás, já caminhamos bastante em direção à esta tal igualdade. Não devemos desistir desta luta, não podemos desistir dos nossos direitos, das nossas vontades, e muito menos, nos posicionarmos de forma submissa e aceitar a opressão.

Aperto de mãos entre um homem e uma mulher.

Homens e mulheres são frutos de uma mesma semente, que foi plantada com o intuito de dar continuidade a espécie, de gerar outros frutos. E que estes novos frutos possam crescer em meio a uma sociedade saudável, que compreende e vê as pessoas como seres humanos, sem barreiras e sem rótulos.

Faço votos de que esta igualdade seja alcançada em breve, para que possamos finalmente viver em uma sociedade justa e igualitária, livre de preconceitos e com excesso de compaixão.

Sobre o autor

Gabriela Philippsen

Sou bióloga de formação, professora de coração e praticante de yoga com paixão. Em 2011 iniciei minha jornada no universo da yoga, em 2016 fiz um curso de reiki para me conectar ainda mais com as energias de luz, amor e gratidão.

Acredito que é possível transformarmos o local em que vivemos por meio da prática de yoga e troca de energias.

Vejo a disseminação de boas ideias e conhecimento como uma grande oportunidade de nos conectarmos cada vez mais, formando uma grande corrente em busca de um mesmo propósito: um mundo de paz, amor, compaixão e respeito.

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