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Mercado Livre pagará até 70% de cirurgias de redesignação de gênero para funcionários trans

Mão de uma pessoa com a bandeira trans pintada.
nito500 / 123RF
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Por mais que o assunto transexualidade ainda seja um tabu na sociedade, há quem deseja fazer com que o tema seja tratado como algo normal. Como um exemplo prático disso, a empresa argentina de tecnologia Mercado Livre, conhecida pela sua plataforma de comércio eletrônico, irá custear parte da cirurgia de redesignação de gênero de todos os funcionários e funcionárias que se identificam como transexuais.

A organização está disposta a bancar 70% dos custos com procedimentos médicos, desde que estejam dentro do valor de US$ 5.000 (cerca de R$ 27.530). Todos os empregados e empregadas podem usufruir o benefício, desde que tenham, no mínimo, um ano de experiência. Também são dados 15 dias de licença médica para que a pessoa possa realizar os procedimentos médicos que queira fazer.

Além de se importarem com a parte estética, estão determinados a bancar: seguro-fiança, a fim de assegurar moradia; apoio psicológico para saber lidar com as transformações dessas mudanças, e assessoria jurídica, para garantir da alteração de nome e gênero no registro civil.

Em nota da empresa, a diretora de Diversidade & Inclusão do Mercado Livre para América Latina, Angela Faria, explica o grande motivo de pagarem, de forma integral, o seguro-imóvel para pessoas do gênero: “O preconceito é ainda uma barreira grande para as pessoas trans em vários aspectos, inclusive no momento de firmar um contrato de aluguel, quando ainda há muita desconfiança sobre a finalidade do imóvel”.

O SUS oferece a cirurgia, mas, pela alta procura, há uma grande fila de espera para realizar o procedimento. Quem não quiser aguardar, precisa encarar o salgado preço de até R$ 35.000 na operação, isso por causa dos equipamentos especializados e da pequena quantidade de profissionais capacitados para realizar a intervenção.

Sabendo de toda essa dificuldade, a diretora de People do Mercado Livre, Patrícia Monteiro Araujo, disse que a empresa busca igualdade em seu meio, além querer ajudar essas pessoas a se sentirem bem, pelo menos, no ambiente de trabalho:

“A comunidade LGBTQIA+ é um dos focos da nossa estratégia de Diversidade e Inclusão. Queremos que nossos profissionais escolham o Mercado Livre porque se identificam com o nosso propósito, valores e cultura. Por isso, estamos ampliando nossos esforços, com benefícios tangíveis e voltados a questões importantes e que são fundamentais para os nossos colaboradores e colaboradoras”.

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Lembrando que o Mercado Livre já adota uma ideologia inclusiva. Um exemplo disso é que possui banheiros neutros em sua empresa física, ou seja, não há distinção de feminino ou masculino na porta, qualquer pessoa, de qualquer gênero, tem acesso ao mesmo sanitário.

Fonte: Tecnoblog.

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