Quem não tem um amigo que gosta de ser, literalmente, o centro das atenções? Aquele que nas rodinhas de conversa sempre conta umas histórias inacreditáveis e provavelmente irreais, puxando o foco de tudo para ele próprio? Caso morasse no campo ou numa cidade afastada do interior do centro, provavelmente seria um pescador de tanto causo que além de só acontecer com ele, também faz questão de contar para todo mundo. O seu lema é “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”. Claro que cada caso é um caso, mas esse é um forte indício de que esse indivíduo é um narcisista.
Narcisismo é o amor de um indivíduo por si próprio ou por sua própria imagem, uma referência ao mito de Narciso, que teria sido um bonito jovem e indiferente ao amor que ao se ver refletido na água apaixonou-se pela própria imagem refletida. Sabe aquela pessoa que não tem amor próprio, baixa estima e que não gosta de aparecer? Certamente não é um narcisista, termo que muitas vezes é relacionado aos orgulhosos e egoístas.
Introspecção é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus próprios estados mentais, tomando consciência deles. Dentre os possíveis conteúdos mentais passíveis de introspecção, destacam-se as crenças, as imagens mentais, memórias (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, tácteis), as intenções, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos, raciocínios, associações de ideias).
Aparentemente antagônicos, é perfeitamente possível uma pessoa ser narcisista e introspectiva, ou melhor, um narcisista disfarçado.
Se o narcisista gosta de chamar a atenção e o introspectivo é um sujeito tímido, o narcisista disfarçado é, em linhas gerais, uma pessoa que gosta de chamar a atenção pela sua introspecção. Aquela pessoa que aparentemente tentando minimizar o fato de ser tímida acaba ficando mais em evidência, muitas vezes pode ser proposital, mesmo que no seu subconsciente. Você conhece alguém desse jeito?
- Escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras.