Autoconhecimento

Níveis de Consciência – Parte 1

Montagem com o contorno de um rosto em um papel branco liso, e linhas sinuosas rosas representando o cérebro.

Anteriormente, nos artigos “Deixar Ir: vença bloqueios emocionais com esta técnica simples” e “Poder vs Força: entenda as energias ocultas que dominam sua vida”, falamos sobre o trabalho de Dr. David R.

Hawkins, PhD, MD, e abordamos alguns conceitos e ferramentas importantes apresentados por esse professor.

A partir de agora, mergulharemos em seu maior legado: o mapa dos níveis de consciência humanos. Este texto e o próximo serão totalmente dedicados a esse tema, combinado?

Neste artigo você entenderá:
– O que são os níveis de consciência;
– Por que esse conhecimento pode mudar a sua vida;
– Quais são os níveis de consciência baseados no ego e como cada um deles se caracteriza.
Aproveite a leitura!

O que são os níveis de consciência mapeados pelo Dr. David R. Hawkins?

Cada pessoa tem um jeito de enxergar a vida, não é mesmo? Enquanto algumas veem tudo com pesar e sofrimento, outras percebem cada acontecimento como uma oportunidade de evolução. Há aquelas que vivem com medo e outras que se sentem empoderadas. Existem pessoas que fazem de tudo para defender suas opiniões e outras que humildemente questionam suas certezas para seguir aprendendo.

Segundo a vida de pesquisas do Dr. David R. Hawkins, essas diferentes visões de mundo e estados emocionais são caracterizados por níveis de consciência que podem ser cientificamente calibrados (medidos). De fato, Hawkins nos deixou como legado uma tabela que vai de 0 a 1.000, na qual os números mais baixos representam níveis de consciência negativos (ex.: vergonha, culpa, tristeza) e os números a partir de 200 correspondem aos níveis de consciência positivos (ex.: coragem, aceitação, amor, paz).

Para quem tem interesse em compreender a ciência por trás da medição dos números, recomendamos ler o best-seller Poder vs Força. Neste artigo e no próximo focaremos em explicar a essência de cada nível de consciência descrito por Dr. David R. Hawkins. Assim, você poderá observá-los em sua própria vida e terá a oportunidade de alinhar-se cada vez mais com os níveis positivos, experienciando mais felicidade, alívio e realização.

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Níveis de calibragem abaixo de 200: o ego

Os níveis de consciência abaixo de 200 são aqueles onde há mais ilusão do que alinhamento com a verdade. Podem ser chamados didaticamente de níveis negativos. Isso não significa que essas energias são ruins por si só, mas sim que podem ser compreendidas e transcendidas.

Ao observar em nossa própria vida os níveis baseados no ego, temos a oportunidade de reconhecer o negativo e escolher o positivo constantemente. Esse trabalho pode ser feito dia após dia, instante após instante, decisão após decisão.

Vergonha
Mulher cobrindo seu rosto com as mãos, enquanto diversas pessoas apontam com o dedo indicador para ela.

É um nível extremamente próximo da morte, podendo ser consequência de apegos excessivos à zona de conforto. Entretanto, por mais que seja um nível de energia muito baixa, também pode ser experienciado por pessoas em intenso trabalho espiritual. Quando o ego está próximo de ser dissolvido (próximo ao estágio de iluminação), este pode vir a experimentar o nível de vergonha, como se estivesse próximo da morte. Nesse contexto, deve-se saber que apenas o ego está “ameaçado” de morte, já que o Ser permanece seguro e intocado. Todo medo é uma ilusão, o que inclui o medo da morte vivido no nível de consciência da vergonha.

Nesse estágio de consciência, como o contexto envolve um nível de energia muito baixo, a saída é render-se à ajuda e misericórdia Divina.

Culpa
Punhos fechados presos por algemas.

É o nível onde muitas atitudes são vistas como pecado e onde ocorre autopunição. A culpa é consequência de memórias de arrependimentos relacionados à ações passadas. Para superá-la, é preciso recontextualizar o passado e compreender que erros são naturais e impessoais, fazendo parte do aprendizado e desenvolvimento de todo ser humano.

Desde que encarada com observação, a culpa pode ser útil para que estejamos sempre em evolução, aprendendo com os erros ao invés de ficarmos presos a eles.

Apatia
Mulher sentada com os braços cruzados e as mãos nos combros, e expressão vazia.

Este nível representa bem a energia de inação (Yin, tamas). O mundo é visto como “sem solução”. Não há energia para buscar alternativas ou oportunidades de melhoria. Uma pessoa em apatia tem tão pouca energia que é muito importante participar de grupos ancorados pela energia do Amor Incondicional, como o Alcoólicos Anônimos.

Fé, esperança e caridade também são ótimos caminhos para sair da apatia. Ajudar os outros (incluindo animais) aumenta a autoestima, podendo contribuir para um ganho de energia.

Tristeza
Menina pequena sozinha em floresta, chorando.

Esse é o nível do remorso e tristeza profunda (podendo estar associada à depressão), muitas vezes causada pela perda de uma pessoa próxima. A tristeza ocorre quando projetamos nossa felicidade no que é externo. Por isso, também tem ligação com os sentimentos de desejo e de posse.

O sentimento de perda ou tristeza profunda podem fazer as pessoas recorrerem a práticas religiosas e espirituais, o que pode abrir oportunidade para evolução.

Medo
Mulher no escuro, com os dedos dobrado em frente a boca, olhando para o lado com expressão de medo.

Este nível já possui mais energia que os anteriores, mas ainda vê um mundo negativo, amedrontador, cheio de ameaças. É fácil “se perder” no nível de medo. Afinal, quando uma pessoa foca no medo, os eventos (tragédias, violência, etc.) do mundo alimentam esse medo em um ciclo sem fim.

Assim, o medo se manifesta em todos os níveis: medo de perder dinheiro ou ficar doente; medo de ser privado de seus prazeres; medo de não conseguir terminar tarefas no prazo; medo de perder um relacionamento; medo de passar vergonha ou não ser aceito; medo de não ter conhecimento suficiente; medo do desconhecido; entre inúmeros outros. Enquanto culpa, vergonha e arrependimento representam o passado, o medo foca no futuro.

Segundo Hawkins, uma técnica simples para transcender o medo é se perguntar “E daí?”. Por exemplo: “Tenho medo de perder o emprego”. “E daí?” “Daí posso ficar sem dinheiro.” “E daí?” “Daí posso passar fome”. “E daí?” – e assim por diante.

Logo se percebe que todo medo culmina no medo da morte física. Ou seja, é um medo puramente do ego, e não do Ser (já que o Ser não morre junto com o corpo).

Desejo
Imagem de uma mulher em pé em um banquinho, tentando pegar uma estrela, como se estivesse no céu.

O nível de consciência de desejo é o motivador de grandes áreas da atividade humana, incluindo a economia. É um nível constantemente explorado pela publicidade, influenciando tomadas de atitudes e gerando demanda para produtos e serviços. Também é o nível dos vícios críticos.

Ao contrário da verdadeira felicidade e satisfação, que é interna e vem do próprio Ser, o desejo gera cada vez mais desejo em um ciclo interminável. Ao atender um mimo que é objeto do desejo, a pessoa passa a buscar o próximo. Podemos perceber que o desejo é motivado pelo ego, pois para uma pessoa ter, muitas vezes acredita-se que a outra deve deixar de ter. Ou ainda usa a comparação: “se o outro tem, eu também preciso”. Ou seja, inveja também é uma forma de desejo.

O desejo está ligado à glamorização, que é o ato de “supervalorizar” algo e projetar nossa felicidade nesse objeto ou atividade, como se essa pudesse ser nossa fonte de satisfação. Quando finalmente conseguimos algo que glamorizamos, mais cedo ou mais tarde percebemos que aquela fonte externa não é suficiente para nos fazer felizes, gerando frustração.

Em alguns casos, essa frustração “pós-desejo” leva ao nível de consciência de raiva, que possui mais energia. Ao percebemos que nem todos os nossos desejos serão atendidos, ficamos irritados, e isso pode levar a uma mudança de atitude e quebra de padrões.

Raiva
Foto em preto e branco de homem com a boca aberta e a expressão de quem está gritando.

A raiva pode aparecer como uma conclusão construtiva de que nem sempre teremos nossos desejos atendidos, abrindo caminho para o nível de consciência da coragem. Ou ainda pode gerar comportamentos destrutivos quando o ser humano quer acabar com aquilo ou aqueles que são diferentes dele.

Segundo Dr. Hawkins, os antídotos óbvios para transcender a raiva são: compaixão, aceitação, amor e a disposição de perdoar. É preciso deixar de olhar para seus ressentimentos como “injustiças” e apenas aceitar a realidade como ela é. Ao invés de projetar insatisfações no mundo, a pessoa que pretende transcender o nível de raiva deve buscar maneiras de mudar a si mesma. Como dizia Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

É preciso compreender que a raiva é uma atitude da nossa “criança mimada”. Muitas vezes achamos que todas as nossas vontades devem ser atendidas, ou que o mundo deve se adaptar às nossas preferências. Transcender a raiva inclui perdoar, aceitar e reeducar sua criança interior. É preciso ser o adulto responsável e tomar responsabilidade por seus atos e emoções, o que também significa tomar responsabilidade pela sua própria felicidade.

Orgulho
Homem e bandeira no topo de uma montanha, durante o nascer do sol..

Comparado aos níveis anteriores, o nível de orgulho traz muito mais felicidade e satisfação. Ainda assim, continua muito egocentrado. As chances de ter seu orgulho ferido e cair em vergonha ainda existem. Apesar disso, esse é um nível extremamente encorajado pela sociedade. O orgulho frequentemente é visto como algo positivo.

Os antídotos para o orgulho são humildade e coragem. Ao invés de adotar posicionalidades, é preciso buscar integridade. É necessário abrir mão do orgulho de estar certo, de conquistar, de mostrar que sabe, etc.

Gostou de conhecer um pouco mais sobre os níveis de consciência? No próximo texto falaremos sobre os níveis de consciência positivos, aqueles que nos trazem alívio, felicidade e realização. Clique aqui para continuar lendo o artigo seguinte!

Sobre o autor

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