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O ano vai virar, mas sua vida continua a mesma se você não fizer nada

A silhueta de uma mulher cabisbaixa está em destaque na imagem. Ao fundo, há luzes da cidade.
Kieferpix / Getty Images / Canva
Escrito por Carla Marçal

Virar o ano não muda nada… e se o problema não for o calendário? Quantas promessas você já fez esperando que tudo se resolvesse sozinho? E se a mudança não tivesse data marcada, mas decisão? Leia até o fim e descubra por onde começar agora!

Todo mundo fica empolgado com o ano novo, começa a fazer lista de metas, promete que vai emagrecer, que vai economizar, que vai finalmente largar aquele emprego ruim, que vai ser feliz.

Aí chega o dia 2 de janeiro e nada mudou, você continua na mesma casa, com as mesmas pessoas, com os mesmos problemas, fazendo as mesmas coisas.

Porque virar o ano não tem poder mágico, 31 de dezembro vira 1º de janeiro e você acorda sendo a mesma pessoa, com os mesmos hábitos, os mesmos medos, as mesmas desculpas.

A diferença entre 2025 e 2026? Nenhuma, se você não mudar.

Você pode fazer mil listas de metas, pode comprar agenda nova, planner bonitinho, post-it colorido, pode postar nas redes sobre recomeço, sobre ano novo, vida nova, sobre energia renovada.

Mas se na segunda-feira você acordar e continuar fazendo tudo igual, não vai adiantar nada.

Porque mudança não acontece na virada do ano, mudança acontece quando você levanta da cama e faz diferente, quando você para de adiar, quando você toma uma decisão e age.

Você quer emagrecer? Ótimo, mas não vai emagrecer só porque virou o ano, vai emagrecer quando você começar a se movimentar, quando parar de comer por ansiedade, quando cuidar do que está te levando a comer compulsivamente.

Um homem de meia idade está deitado no seu sofá. Ele está jogando vídeo game e comendo um hambúrguer.
Pixelshot / Canva

Você quer sair daquele relacionamento que te faz mal? Maravilha, mas ele não vai melhorar magicamente porque entrou em 2026, ele vai continuar te tratando mal até você juntar coragem e sair.

Você quer mudar de emprego? Perfeito, mas o emprego novo não vai cair no seu colo em janeiro, você vai ter que atualizar o currículo, procurar vaga, fazer entrevista, arriscar.

A vida melhora quando você melhora, quando você muda de hábito, quando você para de fazer sempre a mesma coisa esperando resultado diferente.

E isso dói porque mudar é desconfortável, é sair do automático, é fazer o que você não quer fazer, é abrir mão do que é familiar em troca do que é melhor, mas assustador.

É mais fácil continuar na inércia, reclamar que a vida é difícil, que você não tem sorte, que as coisas não dão certo para você, é mais confortável ficar parada culpando as circunstâncias.

Mas enquanto você fica parada, o tempo passa, e daqui a um ano você vai estar no mesmo lugar, fazendo a mesma lista de metas que não vai cumprir, prometendo que ano que vem vai ser diferente.

Até quando?

Você sabe o que precisa mudar, sabe aquele hábito que te sabota, sabe aquela relação que te adoece, sabe aquele trabalho que te esgota, sabe aquela coisa que você adia há anos.

Você sabe, só não quer encarar.

Porque encarar significa assumir responsabilidade, significa parar de colocar a culpa no ano ruim, no azar, nos outros, no mundo, significa aceitar que você tem poder de escolha e que está escolhendo ficar onde está.

E olha, às vezes ficar faz sentido, às vezes você não tem estrutura para sair, às vezes você precisa juntar força, dinheiro, coragem, às vezes você está no seu limite e sobreviver já é o máximo que consegue fazer.

Tudo bem, mas seja honesta com você mesma, admita que está ficando porque ainda não dá, porque ainda não está pronta, porque o medo é maior que a vontade, admite, mas para de fingir que o problema é o ano, é o timing, é o universo conspirando contra.

O problema é você não estar fazendo o que precisa ser feito.

E quando você finalmente decide fazer, não precisa esperar janeiro, pode ser em março, em agosto, em outubro, pode ser numa terça-feira qualquer, pode ser hoje.

Porque mudança não tem data marcada, mudança acontece quando você decide que chega, que não aguenta mais, que merece diferente.

Aí você para de prometer e começa a agir.

Pequenas coisas, você não precisa revolucionar a vida inteira de uma vez, pode começar por uma área, por um hábito, por uma decisão.

Uma mulher está em uma sessão de terapia. A psicóloga faz anotações em seu caderno.
Mart Production / Pexels / Canva

Você quer melhorar a saúde mental? Marca terapia, hoje, não fica esperando ter mais dinheiro, mais tempo, menos problema, você marca e vai porque quanto mais você adia, pior fica.

Você quer melhorar a saúde física? Levanta e anda 15 minutos, amanhã anda mais 15, não precisa de academia cara, de personal trainer, de roupa de marca, você precisa mover o corpo, pronto.

Você quer organizar a vida financeira? Abre uma planilha, anota tudo que ganha, tudo que gasta, olha para aquele número e decide onde pode cortar, cancela assinatura que não usa, para de comprar por impulso, guarda 10% do que ganha mesmo que pareça pouco.

Você quer estudar? Pegue um curso online, leia um livro, assista a uma aula no YouTube, aprenda uma coisa nova por dia, daqui a um ano você vai saber 365 coisas que não sabia.

Você quer mudar de emprego? Atualiza o LinkedIn, manda currículo, faz networking, fala com gente da área, procura oportunidade, não espera a oportunidade te achar.

Você quer terminar aquele projeto? Separe 30 minutos por dia para trabalhar nele, todo dia, sem exceção, em um mês você vai ter avançado mais do que nos últimos dois anos.

Mudança é acúmulo, é repetição, é consistência, é fazer todos os dias aquilo que te aproxima de onde você quer chegar.

Não tem segredo, não tem fórmula mágica, não tem atalho.

Tem você acordando todo dia e escolhendo fazer diferente, mesmo quando não quer, mesmo quando está cansada, mesmo quando parece que não está adiantando.

Porque o resultado não aparece em uma semana, aparece em seis meses, em um ano, quando você olha para trás e percebe que não está mais no mesmo lugar.

Mas tem que começar, e tem que continuar, e tem que aguentar os dias ruins em que você vai querer desistir.

Porque vai ter dia ruim, vai ter recaída, vai ter momento em que você vai pensar que não vale a pena, que é cansativo demais, que era melhor quando você não tentava.

Mas você vai lembrar por que começou, vai lembrar que ficar parada dói mais do que tentar, vai lembrar que você merece a vida que quer, mas que ninguém vai construir ela para você.

Então vai ter que ser você, levantando de novo, tentando de novo, errando e recomeçando, tropeçando e seguindo, desistindo por um dia e voltando no outro.

Até que vira hábito, até que fica mais fácil, até que você olha e percebe que mudou, que a vida mudou, que você construiu isso com as próprias mãos.

E aí você vai entender que nunca foi sobre o ano novo, nunca foi sobre data, sobre timing, sobre momento certo.

Foi sobre você decidir que queria diferente e fazer o que era necessário para ter diferente.

Então, para de esperar 2026 te salvar, para de esperar segunda-feira, mês que vem, quando as coisas melhorarem.

Começa agora, hoje, mesmo que pequeno, mesmo que imperfeito, mesmo com medo.

Começa.

Sobre o autor

Carla Marçal

De uma carreira de destaque em grandes corporações à busca incansável por um propósito mais profundo, minha jornada de vida tem sido uma busca constante por significado e realização. Como psicóloga integrativa de formação, alcancei o sucesso profissional em níveis diretivos, acumulando todas as conquistas tradicionalmente associadas à felicidade.

No entanto, sempre senti que faltava algo, uma lacuna na minha busca pela plenitude. Paralelamente à minha carreira, mergulhei nos estudos do comportamento humano, obtendo formação como psicodramatista e aprofundando meu conhecimento em coaching, PNL, antroposofia e outras técnicas. Meu objetivo era claro: auxiliar indivíduos e organizações a prosperarem em processos de mudança, humanização e desenvolvimento pessoal e profissional. Mas ainda assim, algo essencial parecia escapar.

Em 2017, um diagnóstico de câncer de tireoide transformou minha vida de maneira profunda. Optei por um período sabático que se revelou um mergulho profundo em busca do meu verdadeiro propósito. Devorei livros, concluí cursos com diversos mentores e explorei todas as ferramentas disponíveis para desvendar meu destino. Foi nessa jornada de autoconhecimento que encontrei o ThetaHealing®, e minha vida deu um giro transcendental.

De cliente, me tornei terapeuta e instrutora oficial dessa incrível técnica. Além disso, obtive a certificação como operadora de mesa quântica estelar e mesa quântica estelar-pets, além de me tornar professora de MQE. Hoje, sou movida por uma paixão ardente pelo que faço, e vivo plenamente de acordo com meu verdadeiro propósito: espalhar luz, boas vibrações, alegria e energias positivas para ajudar pessoas e o planeta a desfrutar de uma vida plena e feliz.

Minha maior realização é auxiliar pessoas e animais a alcançarem a saúde mental, emocional e física que merecem. A transformação de vidas é a essência do meu trabalho, e estou dedicada a disseminar cura, amor e crescimento, proporcionando uma jornada de descoberta e renovação para todos aqueles que cruzam o meu caminho. Acredito que todos podem alcançar um estado de harmonia, e é isso que me impulsiona a continuar, cada dia, nessa incrível jornada de cura e evolução.

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