Autoconhecimento Convivendo

O dia em que me olhei no espelho

Girl touching her hair and smiling while looking in the mirror
Escrito por Amanda Magliaro
Coletânea de reflexões

Você vive de aparências? Você tem uma máscara para utilizar para cada situação da sua vida? Não ficaria surpresa se dissesse que tem uma coleção delas como se fosse a um baile de máscaras todos os dias. Mas, e se fosse possível deixar tudo isso de lado? Qual é a história de alguém que aprendeu a se olhar no espelho?

Entendendo o problema

Viver em sociedade traz diversas responsabilidades. No trabalho vivemos num clima de competição porque tal pessoa pode roubar a nossa posição, porque queremos ser melhores do que os outros e por aí vai; no amor vivemos tentando agradar o outro, ser o desejo do desejo da outra pessoa, sendo que na maior parte das vezes acabamos trocando os pés pelas mãos; na economia queremos ter sempre mais que os outros, porque o status é “muito importante”; e na sociedade em geral queremos passar a imagem de pessoas bem sucedidas em todas as áreas de nossas vidas, como se fôssemos a exemplificação do que é o sucesso.

O reflexo do problema

O reflexo de tudo isso é uma autosabotagem infinita. Você simplesmente não consegue ser verdadeiro porque está ocupado demais criando ilusões sobre quem você é. Por isso, precisa encarar a verdade em cada área:

Young beautiful woman smiling to herself in mirror while sitting at bedroom
  • Trabalho: romantismo à parte, seu único rival na vida tem que ser você mesmo. Essa é a única forma de focar no que você pode fazer agora e, consequentemente, melhorar. O tempo que você gasta se comparando com os outros poderia gastar no seu aprimoramento. Se for se comparar com alguém, compare-se ao seu ‘eu’ passado ou com seu exemplo de vida.
  • Amor: é claro que quando gostamos de alguém vira e mexe perdemos a cabeça. Porém, para um relacionamento dar certo, seu parceiro precisa gostar de você como você é, aquele seu ‘eu’ que vive na margem de “pessoa perfeita” – engraçada, divertida, arrumada – com seu ‘eu’ cheio de manias e defeitos. O amor verdadeiro é aquele que nos apaixonamos pela essência de alguém.
  • Economia: o que você realmente precisa? Tudo bem querer comprar certas coisas por gosto, mas a grama do vizinho é sempre mais verde porque ele cuida do que já tem, ao invés de se focar em adquirir mais arbustos.
  • Sociedade: essa frase já está mais do que batida, mas: ninguém é perfeito. Todo mundo tem suas dívidas, seus problemas no trabalho, seus problemas no amor, mas o que tem de errado nisso? A insatisfação é o que nos move para a melhor versão de nós mesmos.

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Então, onde está o seu amor pelo seu ‘eu’ verdadeiro? O que você tem feito por você? O que realmente importa é a sua opinião, os outros apenas verão um reflexo do que você pensa sobre si mesmo. Colecionar as suas máscaras só te fará viver no medo de um dia se ver livre delas. E então? se a máscara cair, o seu espetáculo irá acabar? Espero que você encontre a sua resposta, mas por experiência própria:

Um dia resolvi me olhar no espelho, sem distorcer quem eu realmente era, e foi então que entendi: não é só de aparências que se vive o homem.

Sobre o autor

Amanda Magliaro

Redatora e tradutora, me apaixonei pela vida desde que aprendi a enxergar tudo o que ela tem para oferecer. Existem aquelas pessoas que nunca conseguiram encontrar seu caminho, até o próprio caminho decidir ir ao seu encontro, eu fui uma delas.

Num mundo cheio de possibilidades, escolhi acolher todas quando comecei a escrever. A busca por ser alguém melhor e mais feliz, e a chance de poder auxiliar uma pessoa que seja através da magia das palavras é o que significa para mim ter meu sonho se realizando todos os dias.