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O poder de um livro: memória, afeto e transformação

Imagem de um livro aberto sobre outro fechado. Ao fundo, uma parede azul com brilho.
Purple_queue / Getty Images Pro / Canva
Escrito por Luis Lemos

O livro é mais que páginas; é memória, inspiração e resistência. Ensina, conecta e transforma. No Dia Nacional do Livro, celebramos a leitura como refúgio, afeto e esperança, lembrando que democratizar o acesso é garantir cidadãos conscientes e capazes de sonhar e agir.

O livro é um dos maiores milagres da humanidade. Dentro de suas páginas, guardam-se sonhos, ideias, vozes e memórias que atravessam séculos. Um livro é mais do que papel impresso: é a possibilidade de alguém, em algum lugar, encontrar sentido para a sua própria vida nas palavras que o autor escreveu. É, ao mesmo tempo, espelho e janela, reflete quem somos e abre horizontes para o que ainda podemos ser.

Celebrar o Dia Nacional do Livro, em 29 de outubro, é recordar que o Brasil nasceu literário. Foi nesse dia, em 1810, que se criou a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, herdeira do precioso acervo trazido pela Coroa portuguesa. Desde então, nossa história tem se entrelaçado com os livros, ora como espaço de resistência e crítica, ora como fonte de inspiração e esperança.

Em Manaus, o livro tem um perfume especial. Quem passeia pelas ruas do Centro Histórico e visita sebos e livrarias sente que cada volume guarda algo da alma da cidade. Do ciclo da borracha às histórias dos povos originários, passando pela poesia amazônica que canta a floresta e o rio, tudo se encontra registrado em páginas que resistem ao tempo. Ler, aqui, é também um ato de pertencimento.

O livro ensina que não existe vida plena sem leitura. Ele nos ajuda a pensar melhor, a falar com mais clareza, a compreender o outro. Em tempos de excesso de informação instantânea, o livro permanece como um refúgio contra a pressa e a dispersão. Ao abri-lo, o mundo desacelera. Ao segui-lo, o pensamento se aprofunda.

Mas ainda precisamos lutar para que todos tenham acesso a esse tesouro. No Brasil, milhões de pessoas não têm livros em casa, e muitas escolas sobrevivem com acervos reduzidos. Democratizar o livro é democratizar a esperança. Afinal, cada leitor que nasce é um cidadão mais consciente, mais livre e mais capaz de transformar sua realidade.

Imagem de um pai lendo um livro de história para o seu filho deitado em sua cama.
Pavel Danilyuk / Pexels / Canva

Ler também é um gesto de afeto. Um pai que lê para o filho, um professor que leva poesia à sala de aula, um amigo que empresta um romance querido, cada um desses gestos prolonga a vida do livro e multiplica sua força. Ao circular de mão em mão, ele não perde nada: ao contrário, se renova a cada leitura.

Neste Dia Nacional do Livro, deixo um convite: escolha um livro, qualquer um, e permita-se mergulhar em suas páginas.

Se você não sabe por onde começar, deixo aqui algumas sugestões entre minhas obras:

  • O Primeiro Olhar – A Filosofia em Contos amazônicos;
  • O homem religioso – A jornada do ser humano em busca de Deus;
  • Jesus e Ajuricaba na terra das Amazonas – Estórias do universo amazônico;
  • Filhos da Quarentena – A esperança de viver novamente;
  • Amores que Transformam;
  • Noite Santa – Contos natalinos de amor e esperança.

Por fim, leia, leia sozinho, leia em voz alta, leia para uma criança. Leia para o passado encontrar o futuro. Porque enquanto houver leitores, haverá sempre histórias que nos salvam, e é na força do livro que encontramos, muitas vezes, a força para continuar vivendo, lutando, sonhando…

Sobre o autor

Luis Lemos

É professor, filósofo, escritor, autor, entre outras obras de, “O primeiro olhar A filosofia em contos amazônicos" (2011), “O homem religioso A jornada do ser humano em busca de Deus” (2016), “Jesus e Ajuricaba na terra das amazonas Histórias do universo amazônico” (2019), “Filhos da quarentena” (2021) e “Amores que transformam” (2024).

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