Comportamento Convivendo

O que é a razão nos tempos em que muitos pensam ter razão

Homem com post it na testa com ponto de interrogação
Escrito por Fabiano de Abreu

Quero falar sobre a razão. Mas por que especificamente sobre ela? Estamos na era em que todos acreditam tê-la.

Atribuo esse fenômeno a diversos fatores, mas o maior e mais nocivo de todos é, sem sombra de dúvida, a explosão da mídia social. Esse tipo de plataforma trouxe autonomia, espaço de fala e coragem (devido à sensação de falsa proteção por nos posicionamos atrás da tela), para que as pessoas falem o que pensam baseadas numa razão que acreditam ter. E mais que isso, as pessoas sem conhecimento passaram a ter um meio de propagar as suas presunções errôneas.

Homem pensativo com paisagem de montanha ao fundo
Foto de Segopotso Makhutja no Pexels

Mas o que de fato é a razão? Ela é o denominador comum, o final do conceito, a pós exploração para se chegar a solução. É uma lógica baseada no conhecimento amplo da história, da experiência e da estatística.

A razão é o que determina o final da discussão, já que nenhum outro ponto vai sobrepor a afirmativa proposta. E só faz sentido quando o raciocínio debatido termina na falta de argumentos da oposição.

Porém, vivemos na era da falta de razão: a era da santa ignorância.

A razão tornou-se individualizada e ela é uma estupidez quando baseada no próprio interesse. As pessoas não têm medo de assinar um atestado de burrice, não temem ser julgadas, mesmo vivendo simultaneamente na era dos julgadores.

Mulher estudando sentada em cadeira com notebook e caderno na mesa e caneta na boca
Foto de Ivan Samkov no Pexels

Quando existe consciência de que não há embasamento suficiente para uma afirmação, o subconsciente entende que é necessário procurá-lo. Mas, na mente do ignorante, o que acontece é o efeito contrário: começa a afirmar conceitos como se tivesse absoluta certeza do que profere, como uma forma de defesa da própria falha.

Esse é justamente o maior problema do ignorante: achar que sabe tudo, adotando, em muitos casos, estratégias para encobrir as próprias falhas, de modo que sua insegurança seja encoberta por um manto de verdade que ele criou baseado numa mentira.

O ignorante, em vez de procurar adquirir conhecimento sobre o que diz, para ser julgado de forma positiva pelos demais, tem preguiça e teimosia de confirmar o que pensa e acha ser certo e, na verdade só comprova e atesta a sua burrice. A pior parte de todo esse processo é quando o receptor acredita nesse embasamento e se propagam falsas informações e falsas verdades pela população.

Quando o ser humano é desprovido de intelecto, a mente começa a traçar circunstâncias para que ele trabalhe em cima do que subconscientemente não tem: conhecimento.

A razão, porém, tem um denominador comum que é a relação com o conhecimento e a experiência. Dessa forma, a própria razão se assume como indiscutível: não se pode discutir aquilo que pode ser comprovado.

O raciocínio lógico e coeso é a chave para a razão.

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O estudo é o antídoto para sobreviver à era da desinformação e falta de razão. Procurar sites e fontes confiáveis, pessoas que por anos disseram palavras plausíveis e que são importantes fontes de conhecimento para se auto abastecer de lógicas confiáveis e verídicas.

Você pode parecer esperto aos burros, mas sempre vai se deparar com alguém inteligente e/ou com conhecimento que mostrará o quão volúvel é a sua lógica.

Sobre o autor

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista, psicanalista, neuropsicanalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e especialista em neurociência cognitiva e comportamental, neuroplasticidade, psicopedagogia e psicologia positiva.

Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN - Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prêmios Nobel e a RSB - Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido.

É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP - Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários.

Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional.

Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo, criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil.

Lançou os livros “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, “Como Se Tornar Uma Celebridade”, “7 Pecados Capitais Que a Filosofia Explica” no Brasil, Angola, Paraguai e Portugal. Membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo, Fabiano foi constatado com o QI percentil 99, sendo considerado um dos maiores do mundo.

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